"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



sábado, 30 de novembro de 2019

encontros e despedidas


Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida...

{ Milton Nascimento e Fernando Brant }



Hoje, como nunca, desejei que meu dia tivesse algumas horas a mais. Tantos afazeres: compromissos - que não serão cumpridos; tarefas que não serão executadas - leituras obrigatórias; coisas indesejadas que me fizeram ansiar por aquelas cujo prazer me foge – leituras deleitosas, família, filhos, sorrisos, criação em verso e prosa.

Costuma-se dizer que o tempo é objeto de luxo. Temos, constantemente, a sensação de que ele, de alguma forma, sempre nos falta. A rotina diária ilude nossa mente, condiciona-a a fazer coisas, automaticamente, roubando-nos a percepção do próprio tempo.

Diz-se que certas atividades podem ludibriar essa propriedade, como, por exemplo: vestir-se olhando para o espelho, usar o relógio no outro braço, que não o de costume, pentear o cabelo com a mão esquerda, se for destro, enfim, mudar a rotina.

O problema é que depois de algum tempo todas essas coisas podem tornar-se rotina. Então, o que fazer? Já não me penteio, parei de usar relógio e me ocorre a possibilidade de não usar mais roupas.

Precisava distrair a mente. Peguei uma poesia, que abordava a questão do tempo, e dediquei alguns minutos, os quais teriam de prestar contas mais tarde, a meditar sobre sua mensagem. Não era a primeira vez que subia ao templo de Chronos para reclamar-lhe a presença. Tenho feito muito isso nos últimos anos.

Lembrei-me de quando eu tinha tempo para não pensar em nada. Minha riqueza era sua complacência e não importava o quanto se tinha a esperar ou perder, o tempo me fazia entender. O que importava era o agora e o caminho a seguir, sem receios do que viria à frente.

Mas o tempo é paciente, mais do que todos nós, que somos tão de repente. Nós crescemos, ele não; às vezes, nos perdemos; não do seu olhar. Permitimos por nossas mãos escapar e tentamos o aprisionar, ingenuamente, numa máquina de registrar. O tempo é paciente, mais do que todos nós, que somos tão de repente. Ele também nos fez reféns da nossa própria máquina de contar. Agora, zomba de nós, dia a dia, sem parar. E nessa batalha inglória, o vemos, sempre para frente andar, enquanto ele observa, paradoxalmente, em nós, o tempo sempre voltar. Como se nos oferecesse uma nova chance de recomeçar.

Talvez, o melhor mesmo seja seguir a velha receita horaciana, que subjugou o poder do tempo, com tamanha maestria, e se eternizou, por meio da célebre expressão: “CARPE DIEM”. Pois é, não há como dominá-lo. Não há como dominarmo-nos. O tempo urge! Urge, ainda mais, nossa vontade de viver.

por André Luis Pullig Viana



“O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.”

Filipenses 4:19

sexta-feira, 29 de novembro de 2019


#bléqui fraider

segunda-feira, 25 de novembro de 2019


A morte não é para amadores. A morte não pede para você guardar os óculos antes de bater em sua cara. A morte não se intimida se é idoso ou uma criança. A morte é implacável e não espera que você prepare um discurso de adeus - os outros terão que se virar com as palavras ditas e as lembranças esparsas. A morte dói duas vezes: para quem parte sem saber e para quem fica sem compreender o sumiço. A morte desidrata a alma. 

A morte não lhe poupa das piores notícias, diz de uma vez, grosseira. A morte vai tirando quem você mais gosta de repente e deve se virar com o luto. A morte é a solidão da memória. A morte não respeita Dia dos Pais ou das Mães e leva o seu pai e sua mãe no meio da comemoração.

A morte não poupa sequer o aniversário de alguém. Não aguarda que soprem as velas, que vire o pêndulo da meia-noite, que se abram os presentes. Ela não ama ninguém para dar desconto, sobrevida, perdoar atrasos.

A morte tem inveja da vida. Parece que ela nos obriga a ser feliz sem pensar muito no futuro, sem se demorar para responder os afetos, sem adiar os sonhos. A morte grita em nossos ouvidos: faça agora antes que seja tarde.

#Gugu Liberato

#dia do doador de sangue

“Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e lhe obedecem.” 

(Lucas 11:28)

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

#dia da televisão

quarta-feira, 20 de novembro de 2019


“Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados.”  

__Makota Valdina
#dia da consciência negra


#por um mundo com mais pessoas doces, amém!

mulata exportação


“Mas que nega linda
E de olho verde ainda
Olho de veneno e açúcar!

Vem nega, vem ser minha desculpa
Vem que aqui dentro ainda te cabe
Vem ser meu álibi, minha bela conduta
Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
(Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu meu dendê?)

Minha tonteira minha história contundida
Minha memória confundida, meu futebol, entendeu meu gelol?
Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso, seu karaoquê;

Vem nega, sem eu ter que fazer nada. Vem sem ter que me mexer
Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas, nada mais vai doer.
Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem nega, me ama, me colore
Vem ser meu folclore, vem ser minha tese sobre nego malê.
Vem, nega, vem me arrasar, depois te levo pra gente sambar.”

Imaginem: Ouvi tudo isso sem calma e sem dor.
Já preso esse ex-feitor, eu disse: “Seu delegado...”
E o delegado piscou.
Falei com o juiz, o juiz se insinuou e decretou pequena pena
com cela especial por ser esse branco intelectual...
Eu disse: “Seu Juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade, Genocídio
nada disso se cura trepando com uma escura!”

Ó minha máxima lei, deixai de asneira
Não vai ser um branco mal resolvido
que vai libertar uma negra:
 Esse branco ardido está fadado
porque não é com lábia de pseudo-oprimido
que vai aliviar seu passado.

Olha aqui meu senhor:
Eu me lembro da senzala
e tu te lembras da Casa-Grande
e vamos juntos escrever sinceramente outra história

Digo, repito e não minto:
Vamos passar essa verdade a limpo
porque não é dançando samba
que eu te redimo ou te acredito:
Vê se te afasta, não invista, não insista!
Meu nojo!
Meu engodo cultural!
Minha lavagem de lata!

Porque deixar de ser racista, meu amor,
não é comer uma mulata! 



“Sejam sóbrios e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar.” 

(1 Pedro 5:8)

terça-feira, 19 de novembro de 2019



“Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul!”


#dia da Bandeira

amor, ordem e progresso



O Dia da Bandeira no Brasil é comemorado anualmente em 19 de novembro, sendo uma data comemorativa em alusão à adoção da atual bandeira vigente em nosso país. A atual bandeira brasileira foi adotada em 19 de novembro de 1889, e sua criação foi uma consequência direta da Proclamação da República, realizada cinco dias antes.

Com a alteração da forma de governo, de monarquia para República, os símbolos nacionais foram alterados e, uma das mudanças, deu-se na bandeira nacional.

A bandeira que possuímos atualmente foi apresentada apenas quatro dias após a República ser proclamada. Sua adoção deu-se por meio do Decreto nº 04, lei que foi assinada pelo Marechal Deodoro da Fonseca, à época, presidente provisório do Brasil. A lei constava o modelo da nossa nova bandeira.

A nova bandeira do Brasil foi produzida por Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Vilares. As principais alterações que aconteceram, em relação à bandeira utilizada durante o período imperial, foram:

|̲̅<̲̅Θ̲̅>̲̅| o tamanho do losango amarelo foi redimensionado;
|̲̅<̲̅Θ̲̅>̲̅| o símbolo de armas que constava no meio da bandeira foi substituído por uma esfera republicana de cor azul;
|̲̅<̲̅Θ̲̅>̲̅| foram adicionadas letras no meio da esfera. As letras estavam escritas em verde, em uma faixa branca, e registravam o lema positivista “Ordem e Progresso”;
|̲̅<̲̅Θ̲̅>̲̅| na esfera azul, foram adicionadas estrelas que representavam os estados brasileiros. A posição das estrelas foi determinada por meio da observação do céu do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889.

Atualmente, os símbolos nacionais, dos quais a bandeira faz parte, são normatizados pela Lei nº 5.700, que foi decretada no dia 1º de setembro de 1971. A última mudança que aconteceu na bandeira nacional deu-se em 1992, quando foram adicionadas as estrelas que correspondem aos estados do Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins.

A expressão “Ordem e Progresso” é o lema político do positivismo, forma abreviada do lema positivista formulado pelo filósofo francês Auguste Comte: “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim” (em francês L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but), proposta por Benjamin Constant.

Seu significado é:
- O Amor deve sempre ser o princípio de todas as ações individuais e coletivas.
- A Ordem consiste na conservação e manutenção de tudo o que é bom, belo e positivo.
- O Progresso é a consequência do desenvolvimento e aperfeiçoamento da Ordem.
Assim sendo, do desenvolvimento da Ordem resulta o Progresso individual, moral e social.

#fique por dentro


“Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus, enquanto eu tiver existência.”

Salmos 104:33

domingo, 17 de novembro de 2019

pra semana... pra vida!


“E que tudo nos aconteça pela vontade de Deus, que as portas se abram, que o bem prevaleça, que o mal não tenha o poder de nos atingir, que as coisas sejam exatamente como devem ser e que só se aproxime de nós aqueles que realmente tenham a intenção de nos fazer florescer.”

(Cecilia Sfalsin)

a mesa da cozinha


A mesa da cozinha é o local sagrado das conversas durante a madrugada, quando os irmãos chegam da balada com fissura por um gole de Coca-Cola e com histórias saindo pela boca: com quem ficaram ou não ficaram, o trajeto que fizeram para driblar a blitz, o preço da cerveja, e aí as amenidades evoluem para a filosofia, a necessidade de extrair da vida uma essência, a tentativa de escapar da insignificância, até que o dia começa a clarear e o cansaço avisa que é hora de ir para a cama.

Para alguns casais, a mesa da cozinha já serviu de cama, aliás. A mesa da cozinha ouviu confissões de amigas que juraram guardar segredo, mas não conseguiram. O amante, a traição, a culpa, o nunca mais. A mesa escuta e não espalha, reconhece a inocência das fraquezas alheias e se sente honrada por ser confidente de tantas vidas.

A mesa da cozinha escutou o que os convidados não comentaram na sala, viu estranhos abrirem a geladeira atrás de algo mais substancial que canapés, suportou o peso de quem resolveu sentar sobre ela para fumar um cigarro antes de voltar para o burburinho da festa.

A mesa da cozinha já foi cenário de toda espécie de solidão.

Mas também de encontros. Viu o casal de namorados preparar, sem receita, seu primeiro salmão ao molho de manga, viu o menino nervoso abrir sua primeira garrafa de vinho para uma menina não menos nervosa, viu um beijo secreto entre primos, cuja família comemorava o Natal em torno da árvore, viu o marido se declarar para a esposa viciada em grifes ao surpreendê-la com um simples avental amarrado em torno da cintura.

A mesa da cozinha viu a mãe esquentar a primeira mamadeira às três da manhã, com cara de sono e felicidade. E o pai da criança, a caminho da área de serviço, segurando uma fralda suja com expressão de nojo, mas também de orgulho.

A mesa da cozinha viu a funcionária sentar no banquinho e, durante uma trégua entre um suflê e um pavê exigido pela patroa, acariciar sua primeira carteira de trabalho.

A mesa da cozinha viu o cachorro xeretar a lata de lixo e o gato lamber os restos que sobraram na louça do jantar. A mesa da cozinha viu a dona da casa tentar escrever um diário, coisas que ela sente e que não tem com quem dividir, a não ser com a luz amarelada do abajur.

A mesa da cozinha testemunhou lágrimas que foram secadas com o pano de prato. A mesa da cozinha possui manchas que contam histórias. A mesa da cozinha tem um pé frouxo que ninguém se lembra de aparafusar.

A mesa da cozinha já amparou carteados, velas acesas em dia de temporal, cinzeiros abarrotados, a roupa passada e dobrada antes de ir para as gavetas. A mesa da cozinha viu tudo.



Que o sol não queime sua pele
Que a chuva não faça sua alma fria
Que nenhuma pedra toque seus pés
Vá como a água, volte como a água para sua tribo.

Ressurreição (Halime para Ertugrul) 

auto-retrato


Alguém diz que sou bondosa:
está tão enganado que dá pena.

Alguém diz que sou severa,
e acho graça.
Não sou áspera nem amena:
estou na vida como o jardineiro
se entrega em cada rosa:
corte, sangue, dor e aroma,
para que a beleza fique na memória
quando a flor passa.

(Amar é lidar com os espinhos
de quem ama por inteiro:
com força, não com fraqueza.)



Porque, assim como em um só corpo temos muitas partes, e todas elas têm funções diferentes, assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo por estarmos unidos com Cristo. E todos estamos unidos uns com os outros como partes diferentes de um só corpo.

Romanos 12:4-5 / NTLH

sábado, 16 de novembro de 2019


Quem cultiva a semente do amor
Segue em frente e não se apavora
Se na vida encontrar dissabor
Vai saber esperar a sua hora

Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta, não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer

É dia de sol, mas o tempo pode fechar
A chuva só vem quando tem que molhar
Na vida é preciso aprender
Se colhe o bem que plantar
É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar

Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar!

Tá escrito (Xande de Pilares)

amor ou ilusão?




Depois de muitos anos assistindo o Chaves, percebi que Dona Clotilde está aí há décadas nos ensinando a como não persistir em algo que a gente já sabe que não vai acontecer.

Não importaram quantos bolos, frangos assados e águas de colônia foram entregues, não importaram os cuidados, a dedicação exclusiva, o sentimento oferecido e implorado, pois, Dona Clotilde nunca deixou de ser coadjuvante na sua própria história de amor.

A Bruxa do 71 é o retrato de nossas ligações não atendidas, de nossos convites ignorados, de nossas mensagens visualizadas e não respondidas. Somos nós esperando aqueles amores que a gente costura sozinhos rolando a noite na cama, deixando nosso sono sufocado junto a nossa paz de espírito no travesseiro.

Quantos amores deixamos de viver enquanto insistimos em bater cheios de mimos na porta errada, sabendo que o impossível é que vai nos atender?
Talvez ela pudesse ter se casado com o Senhor Barriga, roubado o professor Girafales, ou até aprendido a como é bom viver sozinha, morando em Acapulco.

É muito arriscado o caminho que a gente segue na direção contrária do nosso destino. É muito doloroso insistir em estradas erradas, quando é o coração que caminha descalço no asfalto.

Nem sempre persistir significa insistência, nem sempre amar significa confiar sempre que vai dar certo lá adiante, então, desista do que é preciso.

Recalcule o que não faz questão de entrar na sua rota. Jogue para o alto o que está querendo voar por ai, sozinho. Você não precisa do que te diz “não”, a gente nem sabe muito bem o que fazer com as coisas que não se encaixam.

Ah, meus caros, amor não é uma coisa para viver controlando a porta, amor é liberdade de ir e vir, é tranquilidade de saber que o outro quer entrar e ficar. Não caia nessa de que tem que sofrer para ter, que tem que suar para conquistar.

Ame alguém que você não tenha que puxar pelos braços. Ame alguém que esteja, que saiba se deixar ocupar, que você não precise matar um leão para conseguir um abraço. Não ame o que te cansa para ter, você precisará muito ainda do seu fôlego, vai por mim, não o desperdice no que já está fracassado.

Pesquisando pela internet descobri que há apenas um episódio que exibe cenas de casamento entre a Dona Clotilde e o seu amado. Mas era sonho. Na verdade, Dona Clotilde nunca se casou com o Seu Madruga, só era ilusão.

Portanto, a gente precisa de um amor que corresponda nossos planos, que responda o que plantamos. A gente precisa muito mais do que sonho. A gente precisa viver um amor acordado!


#dia internacional da tolerância


Aos que têm riquezas neste mundo ordene que não sejam orgulhosos e que não ponham a sua esperança nessas riquezas, pois elas não dão segurança nenhuma. Que eles ponham a sua esperança em Deus, que nos dá todas as coisas em grande quantidade, para o nosso prazer!

1 Timóteo 6,17 / NTLH

sexta-feira, 15 de novembro de 2019


#proclamação da República

liberdade, liberdade abre as asas sobre nós


Vem ver, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria, mãe querida
O império decadente, muito rico, incoerente
Era fidalguia
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu de cultura o Brasil
A música encanta e o povo canta assim
Pra Isabel, a heroína
Que assinou a lei divina
Negro, dançou, comemorou o fim da sina
Na noite quinze reluzente
Com a bravura, finalmente
O marechal que proclamou
Foi presidente

Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz
  
(Dudu Nobre)