"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 31 de agosto de 2010

Multicolorida...


Não é só rosa meu mundo cor-de-rosa.
Tinta carmim sobre mim.
Azul estrelado... ao teu lado: cor da sua pele.
Vermelho sangue, paixão, alaranjado ao seu fogo.
Negro que me esconde, e depois me descobre.
Em delicada claridade me revela: amarela, a luz da vela.
Em fusão de cores me faço em tela,
pra que me sinta tom sobre tom.

Encontro


No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo delicioso de se sentir que escorregava de dentro da gente e se esparramava no sorriso. Escapulia no olhar. Cantava no silêncio. Fazia florescer pés de sol no tempo encantado em que estávamos juntos. Dispensava nomes e entendimentos. Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria. De vida abraçada. De chuva quando beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu diz estrelas. Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom.

No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo maravilhoso para ser dado e recebido, daqueles presentes que a vida embrulha com os seus papéis mais bonitos e entrega, toda contente, a duas pessoas. Havia algo para ser trocado, e troca é quando duas vidas se sentem olhadas ao mesmo tempo. Havia algo que fazia um coração falar com o outro, ouvir o que era dito, gostar do que era dito, rir com o que era dito, sentir-se espelhado, sentir-se enternecido, querer brincar, muito além do que qualquer palavra, por qualquer motivo, por qualquer defesa, tentasse, em vão, esclarecer. Uma vontade de parar todos os relógios do mundo para eternizar a dádiva da presença compartilhada, e a impressão de que às vezes até conseguíamos.

No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo que escapava, ileso, dos artifícios todos, todos tolos, que a razão arranjava para não deixar o amor fluir com a beleza dele, o chamado dele, a natureza dele. Amor sempre arruma brecha para escoar entre os dedos temerosos do medo. Pode ser que a gente sinta tanto receio e se proteja tanto, as feridas antigas cicatrizadas coisíssima nenhuma, que nem consiga vivê-lo em sua plenitude. Mas que ele escoa, escoa. Esparrama no sorriso. Escapole no olhar. Canta no silêncio. Diz.

No meio das defesas todas, havia algo que não se defendia, não sabia como se defender, não conseguiria, ainda que tentasse. Havia algo que delatava o desejo, os quarteirões da gente todos iluminados com o fogo feliz da sensualidade, iluminadas as ruas todas que dão acesso ao lugar onde o corpo e a alma costumam se encontrar e dançar numa única canção. Havia algo que não podia ser negado, preterido, amordaçado. Algo que inaugura primavera, tanto faz se é inverno. Algo raro e precioso. Que é perfeito, ao mesmo tempo que consegue incluir todas as imperfeições. Que é lindo, ao mesmo tempo que consegue integrar as esquisitices todas que gente também tem. Havia amor e, de um jeito ou de outro, sabíamos sem nos dizer, havia chegado pra ficar.

O amor quando é amor é amor.

Deus mudou o teu caminho até juntar com o meu
e guardou a tua vida separando-a para mim.
Para onde fores, irei; onde tu repousares, repousarei.
Teu Deus será o meu Deus.
Teu caminho o meu será.
                                                                                     - Rute 1:16,17 -

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010


A mulher da calcinha de algodão

Ela anda pela casa com o jeito mais despreocupado do mundo.
Cabelo castanho quase ondulado na manhã de uma lembrança.
Pegando a torrada besuntada de geléia diet com a pontinha dos dedos, acha que está mais gorda do que queria estar, como toda mulher.
É linda em sua imperfeição.
O camisão gigantesco é secular e faz questão de não esconder nenhum furinho feito pelo tempo.
Desbotado, é provavelmente uma das coisas que mais guarda o seu cheiro matinal totalmente viciante.
O beijo morto, dado ainda nos lençóis, vem entre um sussurro ainda ininteligível de que a preguiça era maior que ela e os cabelos desgrenhados pela noite.
Nenhuma mulher acorda parecendo que está num anúncio de margarina, mas qualquer propaganda perderia em naturalidade para seus miados.
Ela tem manias e defeitos como todo ser vivo e adora me tascar um beijo mesmo antes de escovar os dentes.
É uma dessas mulheres mágicas em sua simplicidade. À luz da manhã de um domingo qualquer, lendo seu jornalzinho, pergunta algo que sabe que não sei só para poder fazer graça de mim. Fica feliz quando me ensina uma palavra nova, cantarola uma música que nunca tocou no radio, mas que só ela sabe de cor. Tem calcinhas chiques para ocasiões especiais, cheias de rendas como troféus para quem a despe.
Ela sabe onde comprar aquela cinta liga alucinante que faz qualquer homem babar, e certamente tem, pelo menos, uma guardada da forma mais despreocupada possível na gaveta que você nunca abre.
Reclama da minha barba mal feita que, às vezes, roça em sua nuca ou em suas coxas. Adora quando falo do seu umbigo ou quando peço para ela parar de me morder porque marca. Vive falando mal da celulite que imagina estar invadindo seu corpo.
É lasciva o suficiente para conseguir tudo que quer com uma chantagenzinha emocional barata. Me chama por um apelido que só ela usa e fala sarcasticamente mal de qualquer coisa que eu escreva só pra depois pular no meu colo dizendo que era brincadeira. Deixa a gola quase esgarçada do camisão para me mostrar o ombro e, quando salta pra pegar mais café, me diz cinicamente que é para parar de olhar pra sua bunda.
A mulher da calcinha de algodão branco.
Como tantas outras calcinhas que contam histórias secando nas torneiras do chuveiro.
As calcinhas comuns, sem ocasiões especiais, sem desculpas por não serem sempre novas e lindas.
A mulher que reclama quando como algo que ela odeia, a mulher que aperta meu pneuzinho perguntando de quem são aquelas carnes.
Existem poucas cenas mais completas do que assistir ao sono dela em sua calcinha branca de algodão. Acho que a calcinha me fascina justamente pela sua idéia de cumplicidade.
De sempre estar ali. Pendurada no banheiro, dobradinha em cima da cama esperando sumir numa interminável gaveta ou andando pela casa antes de se esconder dentro de uma calça numa terça-feira.
Essa mulher é a que no elevador me puxa com o olhar mais tarado do mundo e, segundos antes da porta abrir, me pergunta como está o decote.
A mulher da calcinha de algodão anda por aí, todos os dias, desapercebida em sua simplicidade, fingindo uma timidez educada que esconde seu senso de humor debochado e sua vontade eterna em me ver bebendo vinho nas curvas de suas costas enquanto compromissos esperam.
Ela é uma mulher, como tantas outras, incomparável. Mesmo quando a gravidade inevitavelmente ganha suas batalhas e o tempo a lembre nas aulas de ginástica que ela não tem mais 17 anos.
E daí se as pernas forem mais finas do que ela sempre quis que fossem?
E daí se seu pé não apareceria em outdoors de sandálias?
Sei que ela sempre vai elogiar as magrelas que trabalham como cabides ambulantes para os grandes nomes
da moda.
Sei que ela sempre vai dizer que eu preferiria ver a Gisele Bundchen de biquíni numa revista do que tê-la ao meu lado. E essa é uma das coisas boas dela.
Eu sei de um monte de coisas e ainda não me cansei disso.
A mulher da calcinha de algodão sempre vai ter algo inteligente ou debochado para dizer, sempre vai reclamar que eu deveria dirigir com mais calma e fazer pouco das outras mulheres que foram menos que ela na minha vida.
Esta mulher fica menstruada e reclama disso, sempre fala que fica inchada e se acha um barangão quando está de mau humor.
Esta mulher é falível e real.
Além de ser apaixonada por mim deve andar por aí olhando discretamente pra outros homens (sem nunca fazer nada), pode certamente comentar de meus defeitinhos para suas amigas ou ainda sonhar em ir a uma praia sem areia, que se amontoa dentro do seu velho biquíni. Ela vive, toma decisões erradas e ostenta outros milhões de defeitos. Todos eles apaixonantes, porque vêm de alguém real e não de uma boneca de cera sem personalidade que muito homem queria ter para mostrar pros amigos".

(André Debevc)


(Eu acho que o André me conhece ...
Mas de onde, hein?!?)

A procura e a paranóia da mulher perfeita

Sempre namorei mulheres perfeitas. Aliás, sempre só me interessei por mulheres perfeitas. Nada mais, nada menos que isso. De um jeito ou de outro, você vai ver que todo macho vive nessa busca.

Toda mulher com a qual eu tentei me envolver era perfeita de alguma forma. Sua coleção de defeitos (que todos nós temos), fossem eles físicos ou psicológicos, somente somavam ao conjunto. Um dente quebradinho, um riso não exatamente atraente, eventuais celulites, barriguinhas - tudo isso pra mim eram só características. Traços totalmente negligenciáveis se você realmente tem tesão e gosta da pessoa.

Mulher é um bicho paranóico. Não existe uma mulher viva que esteja satisfeita com seu peso. Sempre poderiam emagrecer um ou dois quilos aqui ou ali. Poderiam ter a perna mais grossa, a bunda menor, ou os seios de algum outro tamanho. Tem mulher que, por vergonha do próprio corpo, até prefere transar na total escuridão (ou não transar!!!) a se expor ao macho entre quatro paredes.
No meu dicionário isso se chama: Besteira.

Se você namora, divide ou freqüenta a cama com um macho superficial e que não gosta de você e nem te merece, parabéns, você pode e deve entrar em pânico. Isso mesmo, deixe que suas paranóias de imperfeição queimem todos os fusíveis da casa e da sua cabeça. Só não vale usar velas como pretexto de que assim fica mais romântico, tá?

Eu, macho profundo, nunca tive problemas com as características físicas e nem com uma eventual variação do peso da locatária do meu peito e companheira de alcova. Sempre - como a maioria dos machos que conheço - saí com mulheres que preferiam mudar algo em seus corpos, se pudessem. Vale dizer que nenhuma das características físicas das moças em questão nunca me levou a desistir delas ou da relação. Se você conhece alguém que desistiu, pode procurar direito por que há outro motivo, um motivo real para a tal desistência. Não foi pelo tamanho da sua bunda.

No meu mundinho de macho que realmente gosta de mulher, o conforto de algumas de vocês com seus próprios corpos sempre me encantou. Existem poucas coisas mais lindas no mundo do que uma mulher nua, tranqüila em estar assim. Ela sabe que não é (e nem precisa ser) um modelo de perfeição, ao mesmo tempo que sabe que não estou ali só pelo corpo dela. O corpo é bônus, é valor agregado.

Anos atrás, tive uma namorada que implicava com uma celulite que teimava em aparecer no lado interno de sua coxa esquerda quando ela sentava. Nem eu nem ninguém nunca reparou na celulite, e muito menos eu deixei de amá-la por causa disso. Nunca consegui ver isso como um defeito nela. Séculos depois, penso docemente naquela celulite como uma das coisas que fazia dela única e tão especial.

Essa mesma namorada tinha paranóias com o peso totalmente aceitável e bem distribuído que tinha. Eu juro que nunca sabia se ela tinha ganhado ou perdido uns quilinhos, pelo fato de que isso não fazia a menor diferença. Lembro, aliás, que só mesmo notava se a pseudobarriguinha (não era uma pança, como ela achava) tinha ficado um pouquinho mais ou menos atrevida quando eu tinha minha cabeça presa entre suas pernas. Sempre fui um homem de detalhes, mas o detalhe que a superficialidade de muitos nunca notaria é que acima de tudo - acima da admiração, respeito, cumplicidade - eu a amava. O resto sim, era detalhe.

Mais vale um olhar que derrete o homem que não ter exatamente os seios ainda totalmente empinados. Mais vale um ótimo senso de humor, do que a presença de umas celulites. Um amigo meu, casado e feliz, é que diz: "se não tem celulite, não é mulher", e olha que ele dizia isso mesmo quando era um solteiro e guerreiro dos mais ativos. Macho de primeiríssima linha!

Ninguém vai pra cama com alguém para achar defeitos no corpo do outro. Com o tempo, é inevitável que apareçam certas marcas. Nele, a quantidade de cabelo pode não ser mais a mesma, a cintura pode ter aumentado, os pneuzinhos podem estar se instalando. Nela, as dobras podem ter virado curvas, a cinturinha também já não é mais a mesma, umas estrias ensaiam aparecer. Tudo normal. A maturidade também deveria trazer um conforto maior com o próprio corpo, mas alguns de nós nunca cresce, não é?

Transar no escurinho, à meia-luz, pode ser maravilhoso, só não faça disso uma exigência pelos motivos errados. Se por algum detalhe você se solta mais com pouca luz, acha mais interessante ver seu macho na penumbra, tudo bem. Não achem também que estou fazendo propaganda de holofotes! O escuro pode ser melhor simplesmente porque aguça seus outros sentidos, tirando a visão do seu rotineiro torno, fazendo com que seu corpo todo fique ligado no momento.

Se a força da gravidade (que é mulher e não perdoa) te incomoda, resolva-se com ela. É coisa de mulher contra mulher. Macho que é macho quer uma mulher perfeita. Quero (e ainda procuro) uma mulher assim, cheia de defeitos e detalhes que eu ame ou nunca me incomode em reparar.
Esteja a luz ligada ou não.

(André Debevc)


















... Então ele perguntou:
- E o meu medo... você pode segurar um instante?

E ela respondeu:
- Um instante é muito onde você mora?
- Porque eu pretendo passar a noite... a vida inteira... com você.

- a meu modo -

Dos medos...


Sabe o que me dá medo?
Me dá medo que a gente não seja as tais "almas gêmeas" que se encontraram, e num dia qualquer, a gente deixe de ser "a gente".
Porque eu tenho medo de não saber ser isso que sou contigo,
com outra pessoa.
Eu tenho medo desse meu jeito de não saber ser metade,
desse meu jeito de não saber me dar pela metade.
Tenho medo de ter me dado demais pra você e não saber o caminho de volta.
Tenho medo de não saber como me recolher de volta, caso seja necessário. Porque os meus pedaços já estão tão espalhados e ligados a você, os meus pedaços já são tão teus, que tenho medo que eles não saibam ser de outro alguém.
Tenho medo de não existir um ser que comporte outro ser,
como você comporta minha pequena imensidão.
Tenho medo, sobretudo, desse alguém não ser você.

"E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer.
Destruir antes que cresça.

Com requintes, com sofreguidão,
com textos que me vêm prontos e faces que
se sobrepõem às outras.
Para que não me firam, minto.
E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir,
sem prestar atenção se estou ferindo o outro também.

Não queria fazer mal a você.
Não queria que você chorasse.
Não queria cobrar absolutamente nada.

Por que o Zen de repente escapa e se transforma em Sem?
Sem que se consiga controlar".


É, Caio...
Isto pode acontecer com todos nós.
Às vezes conseguimos destruir um relacionamento promissor,
antes mesmo dele realmente iniciar.
A gente se sabota...


Existe um lugar na mulher
que quando um homem toca,
ela perde o controle...









 ... o coração!!!

Oração pra semana


Que jamais nos careça:

O pão de cada dia do corpo, da alma, da mente e do coração.
A estrada dos caminhos incertos.
As notas musicais dos nossos suspiros.
Os versos de um belo poema.
As “pequenas epifanias” diárias.
A nossa antiga inocência infantil.
Os sonhos mais loucos de juventude.
As nervuras do imaginário.
A fé que transpassa incertezas.
A força que nos ergue sempre.
A razão que nos tranquiliza.
A loucura que nos equaliza.
O amor que nos humaniza.
A magia essencial que nos distrai dos relógios.
O sabor na boca do alegre das horas.
A saudade dos dias que murcharão.
A doçura de quadros pintados na mente com nossas cores.
A buscar por jardins secretos.
Os anos perdidos no mistério dos teus olhos.
Os sonhos profundos, daqueles acordados,
que se encontra em tetos de estrelas.
A faísca encantadora que procura seguir nuvens.
A chave qualquer guardada na alma capaz de mudar o mundo.
Os olhos molhados de esperança.
As regiões mais longínquas da nossa liberdade.
As janelas para a fuga de nós mesmos.
A melodia silenciosa a quebrar correntezas.
As pedaladas do meu coração.
Os refúgios imaginários que nos fazem nada a céu aberto.
A capacidade de chorar na emoção de coisas bonitas.
O bálsamos dos nossos amores agridoces.

Amém!!!

Confie no SENHOR.
Tenha fé e coragem.
Confie em Deus, o SENHOR.

                                     Salmo 27:14

domingo, 29 de agosto de 2010

Eu - Modo de Usar


Pode chegar com tudo, mas não tão rápido.
Mudanças bruscas me assustam e me travam.
Sou uma mulher de atitude, porém não pense que eu não goste de mimos.
Como mulher, adoro manifestações apaixonadas e me sentir desejada.

Não grite comigo, pois eu grito mais alto.
E se eu gritar antes - fale baixinho - que me deixa sem graça,
ou então, grite muito, que assim colocamos a casa abaixo.

Acordo muito cedo e com ótimo humor, mas...
permita que eu escove os dentes primeiro.

Me abrace por trás, alise meus cabelos,
me faça um cafuné no pescoço e me acomode em seu peito.
Sussurre no meu ouvido e prenda os meus lóbulos com os dentes
e língua e respiração...
sempre me atraio pelo conjunto.

Olhe nos meus olhos... seja cheiroso...

Me leia nas entrelinhas e me beije muito:
olhos, boca, lábios
(todos).

Goste de música e de sexo.
Eu adoro, mas gosto de me sentir amada,
então vou querer fazer sexo com amor.
Aprenda o que o meu beijo quer dizer
e faça de ambas as formas (sexo e amor) com muita vontade e paixão.
E, principalmente, sempre peça mais!

Tenho vida própria, solitária e independente, mas quero sentir saudades.
 Então... tenha sua vida, seus problemas,
seus prazeres, seus amigos, mas peça minha opinião de vez em quando,
isso vai me fazer sentir parte da sua vida,
porém nem sempre siga o que eu digo, pois adoro falar:
“- Viu, num falei que ia dar nisso?!?”

Conte e invente histórias engraçadas que me façam rir.
E deixe que eu lhe chame dos apelidos mais ridículos possíveis...
Acho isso uma forma de carinho
o que sai da minha boca (e é bom) sempre vem do coração.

Se tiver preconceito, vamos discutir sobre isso,
porque não sou perfeita e tenho também os meus.
Aliás, discuta muito comigo.
Não aceite todas as minha idéias e exponha as suas.

Viaje, ame, sofra, faça muito sexo antes de ficar comigo,
para que reconheça em mim, um oásis...
um lugar onde vale a pena e seja muito bom ficar.

Me ouça com o coração.
Entenda os meus sinais e sorrisos.
Geralmente eles falam mais de mim do que eu mesma.

Acredite sempre no que eu falo, sejam verdades ou mentiras.
Mentiras serão raras e sempre por uma boa causa.

Respeite quando eu estiver de mau humor e com TPM.
Pode me deixar sozinha se quiser,
mas venha sempre que me sentir sedenta por um abraço forte e seguro.
Não me obedeça sempre, que eu também gosto de ser contrariada.
Então se eu falar brava que quero ficar sozinha, é mentira.
Me abraça e fica comigo.
Mas se eu falar não, de maneira bem delicada... é sério.
Quero ficar sozinha.
Melhor me deixar por um tempo.
(bem pouco, ok?)

Se vista bem...
porém nunca dispense uma camiseta, uma bermuda e um tênis.

Não espere muitos elogios orais.
Quando eu gosto, eu pego.
Pego e aliso!!!
(mania de mão boba)

Leia e me conte sobre as histórias que você conheceu e viveu.
Tenha seus próprios gostos,
porque eu adoro conhecer coisas novas
e assim vou ter muito que aprender com você.

Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.
Você pode ter muitos papéis na minha vida:
amigo, amante, parceiro, confidente
e até aquele cara que me enche o saco.
O importante é que você se invente e esteja presente de mil formas.

Me tire do sério, me deixe muito brava de vez em quando.
Isso não é uma coisa muito difícil.
Depois me diga pra eu parar de besteira...
 Me beije e diga que está doido pra me amar.
Com certeza, isso vai me quebrar.

Não queira ser perfeito,
mas por favor,
não olhe para outras mulheres quando estiver comigo.

Não fume ou fume (eu ainda prefiro que não), beba, chore...

Me rapte!

Não digo que é fácil estar comigo.
Sou um bichinho complicado e esquisito,
mas se você me achar engraçadinha pelo menos,
podemos fazer algumas coisas bem legais.

E se no fim,
nada disso funcionar...
experimente simplesmente me amar!


(Inspirado em uma crônica homônima da Martha Medeiros)



No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem.
Eu venci o mundo.

João 16:33

sábado, 28 de agosto de 2010




Achei esse texto tão ‘cute’, que resolvi postá-lo, enquanto a mente desanuvia depois de uma semana conturbada e de equívocos.

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci. Porque, no final, vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo".

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos à toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia, que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar). Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como ela foi.

Este é um dos males do mundo de hoje:
NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!

- Carlos Hecktheuer -


Salmo 139:16


Os teus olhos viram a minha substância ainda informe,
e no teu livro foram escritos os dias,
sim, todos os dias que foram ordenados para mim,
quando ainda não havia nem um deles.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010


"Deus!
Obrigada porque é noite e eu tenho o sono...
Que venha um sonho novo, então."


aprendizado do dia

Quando falar, cuide para que suas palavras
sejam melhores que o seu silêncio.

.

Acho que, desde que conheço esse provérbio, ele nunca se aplicou tão bem como no momento.
As palavras (ditas ou escritas) são como armas que podem ferir mais do que gestos, quando mal usadas ou mal interpretadas.


Desculpe o auê
Eu não queria magoar você


"É peixe quando pula e descortina

a clara possibilidade de mudar de opinião

é peixe quando sem ligar a seta muda o rumo

inverte a coisa, embola o pensamento e então...

é peixe quando o germe da loucuras

e transforma em claridade e anda pela contramão

é peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas

sem nenhuma embarcação

é peixe quando salta o precipício da responsabilidade

e tem uma queda pra ilusão

é peixe quando anda contra o vento, desafia o sofrimento

e carrega o mundo com a mão

é peixe quando a luz do misticismo

se transforma na procura do princípio e da razão

é peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas

sem nenhuma embarcação..."


Aos filhos de peixes
(Oswaldo Montenegro)


E quando eu estiver triste

Simplesmente me abrace

Sutilmente
(Skank)

- Quanto tempo demora? ( perguntou ele).

- Não sei. Um pouco.

Sohrab deu de ombros e voltou a sorrir,
desta vez era um sorriso mais largo.

- Não tem importância. Posso esperar. É que nem maçã ácida.

- Maçã ácida?

- Um dia, quando eu era bem pequenininho mesmo,
trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas.
Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor.
Doeu à beça.
A mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem,
não teria ficado doente.

Agora, quando quero alguma coisa de verdade
tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs.

[do livro O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini]

"Cala-te, (...) calemo-nos todos,
há ocasiões em que as palavras não servem de nada,
quem me dera a mim poder também chorar,
dizer tudo com lágrimas,
não ter de falar para ser entendida."


Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora.
Eu queria ser trapezista, minha paixão era o trapézio.
Me atirava do alto na certeza que alguém
segurava-me as mãos não me deixando cair.
Era lindo, mas eu morria de medo, tinha medo de tudo quase:
Cinema, parque de diversão, de circo, ciganos,
aquela gente encantada que chegava e seguia.

Era disso que eu tinha medo.
Do que não ficava para sempre.
                        
                                                                       (Antônio Bivar)
  

"Não me agüentava, mas ia.
Sempre fui quando não me agüentava;
a verdade é que sempre sou quando não me suporto."


Salmo 91


A pessoa que procura segurança no Deus Altíssimo e se abriga na sombra protetora do Todo-Poderoso pode dizer a ele: Ó Senhor Deus, tu és o meu defensor e o meu protetor. Tu és o meu Deus; eu confio em ti.

Deus livrará você de perigos escondidos e de doenças mortais.

Ele o cobrirá com as suas asas, e debaixo delas você estará seguro. A fidelidade de Deus o protegerá como um escudo.

Você não terá medo dos perigos da noite nem de assaltos durante o dia.

Não terá medo da peste que se espalha na escuridão nem dos males que matam ao meio-dia.

Ainda que mil pessoas sejam mortas ao seu lado, e dez mil, ao seu redor, você não sofrerá nada.

Você olhará e verá como os maus são castigados.

Você fez do Senhor Deus o seu protetor e, do Altíssimo, o seu defensor; por isso, nenhum desastre lhe acontecerá, e a violência não chegará perto da sua casa.

Deus mandará que os anjos dele cuidem de você para protegê-lo aonde quer que você for.

Eles vão segurá-lo com as suas mãos, para que nem mesmo os seus pés sejam feridos nas pedras.

Com os pés você esmagará leões e cobras, leões ferozes e serpentes venenosas.

Deus diz: Eu salvarei aqueles que me amam e protegerei os que reconhecem que eu sou Deus, o Senhor.

Quando eles me chamarem, eu responderei e estarei com eles nas horas de aflição. Eu os livrarei e farei com que sejam respeitados.

Como recompensa, eu lhes darei vida longa e mostrarei que sou o seu Salvador.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010


"A verdade é que todos vão te machucar,
você é quem deve decidir
por quem vale a pena sofrer"




"Sim, eu sei.
Pode parecer maluquice,
mas eu vou mesmo desparafusá-las
e arremessá-las no jardim.
Mesmo que elas não possam voar,
ficarão entre as flores,
o devido lugar de borboletas paralíticas.
Não suporto mais essa idéia de abrir a janela,
levantar os vidros e vê-las ali,
disfarçadas de dobradiças."

Pequenas coisas.
Detalhes mínimos.
Gestos inquietos que fazem a diferença.
Nos perdemos nos grandes fatos,
e pouco encontramos naquilo que não percebemos:
No pouco visto, no pouco ouvido, no pouco sentido.
Cada passo dado é um rastro que de nós fica.
E cada rastro que deixamos,
é um mundo nosso que construímos.
Somos um "mapa":
E só quem tem os olhos da alma,
Consegue desvendá-lo.
                                                    

Tenho um histórico de tomar decisões muito rápidas em relação aos homens.

Sempre me apaixonei depressa, sem avaliar os riscos. Tenho tendência não somente a ver apenas o que há de melhor nas pessoas, mas a partir do princípio de que todo mundo é emocionalmente capaz de alcançar seu potencial máximo.

Já me apaixonei pelo potencial máximo de um homem mais vezes do que consigo enumerar, em vez de me apaixonar pelo homem em si, e em seguida agarrei-me ao relacionamento durante muito tempo (algumas vezes, tempo demais), esperando que o homem chegasse à altura de sua própria grandeza.

Muitas vezes, no amor, fui vítima do meu próprio otimismo.


(Elizabeth Gilbert)

Eu me deitei e dormi;
acordei, porque o SENHOR me sustentou.

                                                          Salmo 3:5

quarta-feira, 25 de agosto de 2010


Talvez a gente esteja no mundo para procurar o amor,
encontrá-lo e perdê-lo, muitas e muitas vezes.
Nascemos de novo a cada amor, e a cada amor que termina,
abre-se uma ferida.

Estou cheia de orgulhosas cicatrizes.

[Isabel Allende]
   
"Eu careço de que o bom seja bom e o ruim ruim,
que dum lado esteja o preto e do outro o branco,
que o feio fique bem apartado do bonito
e a alegria longe da tristeza!

Quero todos os pastos demarcados...
Como é que posso com este mundo?
Este mundo é muito misturado.”