"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


''Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida,
parei de acreditar nisso há algum tempo.
(. . .)
É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente.
Dessa vez, com você, eu queria que desse certo. ''

O casal perfeito

A solidão dos homens tem a medida da solidão de suas mulheres. Isso eu disse e escrevi - e repito - em dezenas de palestras por este país afora.

Aí me pedem para escrever sobre o casal perfeito: bom para quem gosta de desafios.

O casal perfeito seria o que sabe aceitar a solidão inevitável do ser humano, sem se sentir isolado do parceiro - ou sem se isolar dele?!

O casal perfeito seria o que entende, aceita, mas não se conforma, com o desgaste de qualquer convívio e qualquer união?!

Talvez se possa começar por aí: não correr para o casamento, o namoro, o amante (não importa) imaginando que agora serão solucionados ou suavizados todos os problemas - a chatice da casa dos pais, as amigas ou amigos casando e tendo filhos, a mesmice do emprego, chegar sozinho às festas e sexo difícil e sem afeto.

Não cair nos braços do outro como quem cai na armadilha do "enfim nunca mais só!", porque aí é que a coisa começa a ferver.

Conviver é enfrentar o pior dos inimigos, o insidioso, o silencioso, o sempre à espreita, o incansável: o tédio, o desencanto, esse inimigo de dois rostos.

Passada a primeira fase de paixão (desculpem, mas ela passa, o que não significa tédio nem fim de tesão), a gente começa a amar de outro jeito.

Ou a amar melhor; ou, aí é que a gente começa a amar.
A querer bem; a apreciar; a respeitar; a valorizar; a mimar; a sentir falta; a conceder espaço; a querer que o outro cresça e não fique grudado na gente.

O cotidiano baixa sobre qualquer relação e qualquer vida, com a poeira do desencanto e do cansaço, do tédio.

A conta a pagar, a empregada que não veio, alguém na família doente ou complicada(o), a mãe ou o pai deprimido ou simplesmente o emprego sem graça e o patrão de mau humor.

E a gente explode e quer matar e morrer, quando cai aquela última gota - pode ser uma trivialíssima gota - e nos damos conta: nada mais é como era no começo.

Nada foi como eu esperava.
Não sei se quero continuar assim, mas também não sei o que fazer. Como a gente não desiste fácil, porque afinal somos guerreiros ou nem estaríamos mais aqui, e também porque há os compromissos, a casa, a grana e até ainda o afeto, é preciso inventar um jeito de recomeçar, reconstruir.

Na verdade devia-se reconstruir todos os dias.
Usar da criatividade numa relação.
O problema é que, quando se fala em criatividade numa relação, a maioria pensa logo em inovações no sexo, mas transar é o resultado, não o meio.

Um amigo disse no aniversário de sua mulher uma das coisas mais belas que ouvi:
"Todos os dias de nosso casamento (de uns 40 anos), eu te escolhi de novo como minha mulher".

Mas primeiro teríamos de nos escolher a nós mesmos diariamente. Ao menos de vez em quando sentar na cama ao acordar, pensar: como anda a minha vida?
Quero continuar vivendo assim?
Se não quero, o que posso fazer para melhorar?

Quase sempre há coisas a melhorar, e quase sempre podem ser melhoradas. Ainda que seja algo bem simples; ainda que seja mais complicado, como realizar o velho sonho de estudar, de abrir uma loja, de fazer uma viagem, de mudar de profissão.

Nós nos permitimos muito pouco em matéria de felicidade, alegria, realização e sobretudo abertura com o outro.

Velhos casais solitários ou jovens casais solitários dentro de casarão terrivelmente tristes e terrivelmente comuns.

É difícil? É difícil.
É duro? É duro.

Cada dia, levantar e escovar os dentes já é um ato heróico, dizia Hélio Pellegrino.

Viver é um heroísmo, viver bem um amor mais ainda.

O casal perfeito talvez seja aquele que não desiste de correr atrás do sonho e da certeza de que, apesar dos pesares, a gente, a cada dia, se escolheria novamente!!!

Me encante


Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar...
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.
Me acarinhe se quiser...
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos...
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar...
E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar...

Me encante com suas palavras...
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade...
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.
Me encante como você fez com o seu primeiro namorado...
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.
Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva...
Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre...

Mas, me encante de verdade, com vontade...
Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias...
Pelo resto das nossas vidas!

Livrai-nos do mal. Amém! [ Mateus 6:13 ]


Será inútil dizer
"Pai Nosso"
se em minha vida não ajo como filho de Deus,
fechando meu coração ao amor.

Será inútil dizer
"que estais nos céus"
se os meus valores são representados pelos bens da terra.

Será inútil dizer
"santificado seja o vosso nome"
se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo.

Será inútil dizer
"venha a nós o vosso reino"
se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidades.

Será inútil dizer
"seja feita a vossa vontade aqui na terra como no céu"
se no fundo desejo mesmo é que todos os meus desejos se realizem.

Será inútil dizer
"o pão nosso de cada dia nos dai hoje"
se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome.

Será inútil dizer
"perdoai as nossas dívidas,
assim como nós perdoamos aos nossos devedores"
se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar
aos que atravessam o meu caminho.

Será inútil dizer
"e não nos deixais cair em tentação"
se escolho sempre o caminho mais fácil,
que nem sempre é o caminho de Deus.

Será inútil dizer
"livrai-nos do mal"
se por minha própria vontade procuro os prazeres materiais,
e se tudo o que é proibido me seduz.

Será inútil dizer
"Amém"
porque sabendo que sou assim, continuo me omitindo
e nada faço para me modificar.

(Edmilson Duarte Rocha)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011


... na leveza e na liberdade deste sentir,
meu bem querer, mesmo sem saber,
tem a senha e acesso livre
às avenidas do meu coração.

Fátima Irene Pinto


"Nem todo velho é bom só por ser velho.
Ao contrário, se não acumularmos bom humor, autocrítica, certa generosidade e cultivo de afetos vários, seremos velhos rabugentos que afastam família e amigos."

A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.
                                                                                                                                            

"Queira Deus que conheças muita
gente errada antes de conheceres
a pessoa adequada, para que
quando por fim a conheças,
possas estar agradecido. "

(Gabriel José Garcia Marquez)


Não amadureça demais, lembre-se: até mesmo a fruta quando muito madura acaba por estragar.
Tenha sempre seu lado criança de viver a vida.

(Michele Tinto)

Os intocáveis


"A ironia atinge apenas a inteligência.
Inútil desperdiçá-la com os que estão longe do seu alcance.
Contra estes ainda não se conseguiu inventar nenhuma arma.
A burrice é invencível."

A essência supera a aparência


A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores,
como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas.
Ao contrário, esteja no seu interior, que não perece,
beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo,
o que é de grande valor para Deus.

                                                        1 Pedro 3:3-4

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Arca da aliança


"(...) Um casal permanecerá unido pelo resto da trajetória no momento em que um perdoar o outro pelo pum na cama.
É perdoar, não tolerar.
É simular que não se ouviu ou não sofreu com o cheiro.
A distração é estratégica, inibe o avanço dos maus modos.

Apenas quem ama se controla. É capaz do mais alto sacrifício respiratório.
No instante do estalo, finge-se de estátua.
Não pensa em nada e espera que o ar do quarto se renove naturalmente.

É evidente que nossa companhia já estará envergonhada.
Não precisamos notificar ou lembrar na manhã seguinte.
Desde a escola não existe culpado pela flatulência.

Suportar o ronco do marido ou da esposa ajuda a chegar
às bodas de cristal (15 anos).
Mas silenciar diante do incômodo ruído é garantir as bodas de prata, de pérola, de coral, de rubi, de platina, de ouro, toda a riqueza interior, é tomar de assalto a joalheria inteira de aniversários.''


"Na sua vida, não tenha medo de ser fraco,
já que a fraqueza representa capacidade de amar.
Quando o outro, pelas mais diversas razões esperar pelo seu ódio,
surpreenda-o com o seu amor".



















"Desejo que nessa vida você tenha tempo para o amor,  
pois o resto nos mata aos poucos,
o amor nos faz viver."

"Me esforço para ser melhor a cada dia.
Pois bondade também se aprende."

Nossa vida é só essa aqui. E ela é única.
Única e curta demais pra tantos grilos e medos...
É passar o tempo que pudermos com as pessoas que gostamos.
É mergulhar sem garantias e sem medos... mesmo que a gente não saiba ao certo o que acontece depois.
Mesmo que erre.
Mesmo que sangre."

                                                          [ Elenita Rodrigues ]

E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas.

1 João 1:5

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


"Não grite tão alto a sua felicidade, pois a inveja tem sono leve"


A velhinha toda elétrica entra na farmácia:

- Vocês têm analgésicos?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm remédio contra reumatismo?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm lubrificante íntimo?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm Viagra?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm remédio para dor na coluna?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm pomada anti-ruga?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm gel para hemorróidas?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm bicarbonato?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm antidepressivos?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm soníferos?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm remédio para a memória?
- Temos sim senhora.
- Vocês têm fraldas para adultos?
- Temos sim senhora. Minha senhora... aqui é uma farmácia, nós temos isso tudo. Qual é seu problema?
- É que vou casar com meu noivo que tem 85 anos, eu vou fazer 80 no fim do mês, e nós gostaríamos de saber se podemos deixar nossa lista de casamento aqui com vocês.

(Recebi por e-mail)

Palavras apenas



A primeira letra do alfabeto é também a primeira letra da palavra amor e se acha importantíssima por isso!
Com A se escreve "arrependimento" que é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás e com A se dá o tipo de tchau mais triste que existe: "adeus"...
Ah, é com A que se faz "abracadabra", palavra que se diz capaz de transformar sapo em príncipe e vice-versa...

Com B se diz "belo" - que é tudo que faz os olhos pensarem ser coração; e se dá a "bênção", um sim que pretende dar sorte.

Com C, "calendário", que é onde moram os dias e o "carnaval", esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada. "Civilizado" é quem já aprendeu a cantar 'parabéns pra você' e sabe o que é "contrato": 'você isso, eu aquilo, com assinatura embaixo'.

Com D, se chega à "dedução", o caminho entre o 'se' e o 'então'... Com D começa "defeito", que é cada pedacinho que falta para se chegar à perfeição e se pede "desculpa", uma palavra que pretende ser beijo.

E tem o E de "efêmero", quando o eterno passa logo; de "escuridão", que é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas; e "emoção", um tango que ainda não foi feito. E tem também "eba!", uma forma de agradecimento muito utilizada por quem ganhou um pirulito, por exemplo...

F é para "fantasia", qualquer tipo de 'já pensou se fosse assim?'; "fábula", uma história que poderia ter acontecido de verdade, se a verdade fosse um pouco mais maluca; e "fé", que é toda certeza que dispensa provas.

A sétima letra do alfabeto é G, que fica irritadíssima quando a confundem com o J. G, de "grade", que serve para prender todo mundo - uns dentro, outros fora; G de "goleiro", alguém em quem se pode botar a culpa do gol; G de "gente": carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo.

Depois vem o H de "história": quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada.

O I de "idade", aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira.

J de "janela", por onde entra tudo que é lá fora e de "jasmim", que tem a sorte de ser flor e ainda tem a graça de se chamar assim.

L de "lá", onde a gente fica pensando se está melhor ou pior do que aqui; de "lágrima", sumo que sai pelos olhos quando se espreme o coração, e de "loucura", coisa que quem não tem só pode ser completamente louco.

M de "madrugada", quando vivem os sonhos...

N de "noiva", moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro.

O de "óbvio", não precisa explicar...

P de "pecado", algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou.

Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.

E R, de "rebolar", o que se tem que fazer pra chegar lá.

S é de "sagrado", tudo o que combina com uma cantata de Bach; de "segredo", aquilo que você está louco pra contar; de "sexo": quando o beijo é maior que a boca.

T é de "talvez", resposta pior que 'não', uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança... De "tanto", um muito que até ficou tonto... De "testemunha": quem por sorte ou por azar, não estava em outro lugar.

U de "ui", um 'ai' que ainda é arrepio; de "último", que anuncia o começo de outra coisa; e de "único": tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado.

Vem o V, de "vazio", um termo injusto com a palavra nada; de "volúvel", uma pessoa que ora quer o que quer, ora quer o que querem que ela queira.

E chegamos ao X, uma incógnita... X de "xingamento", que é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém; e de "xô", única palavra do dicionário das aves traduzida para o português.

Z é a última letra do alfabeto, que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro... Z de "zaga", algo que serve para o goleiro não se sentir o único culpado; de "zebra", quando você esperava liso e veio listrado; e de "zíper", fecho que precisa de um bom motivo pra ser aberto; e de "zureta", que é como fica a cabeça da gente ao final de um dicionário inteiro.


- Adriana Falcão -

"Mania de esperar que as coisas sejam de um jeito determinado,
por isso a gente se decepciona e sofre!"

Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;

Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;

Se em certa conversa
Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro

Se tudo isso tivesse sido assim
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensívelmente levado a ser outro também.

Uma vida sem sustos. É o que desejo pra mim.
Não estou dizendo uma vida sem decepções,
frustrações ou êxtases: sem sustos apenas.
Quero aceitar a potência dos meus sentimentos
e não ficar embaraçada diante de reações incomuns.
Poder receber uma ventania de pé,
mesmo que ela me desloque de onde eu estava.


                    De pé, mesmo com medo.

Provérbios 15:1


A resposta calma desvia a fúria,
mas a palavra ríspida desperta a ira.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Não basta ser pai... tem que explicar!!!

Aí tem...


As coisas são como são.
Se alguém diz que está calmo, é porque está calmo.
Se alguém diz que te ama, é porque te ama.
Se alguém diz que não vai poder sair à noite porque precisa estudar, está explicado.
Mas a gente não escuta só as palavras: a gente ouve também os sinais.

Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava frio como um iglu.
Você falava, falava, e ele quieto, monossilábico.
Até que você o coloca contra a parede: "O que é que está havendo?".
"Nada, tô na minha, só isso."
Só isso???? Aí tem.

Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava exaltado demais.
Não parava de tagarelar. Um entusiasmo fora do comum.
Você pergunta à queima-roupa: "Que alegria é essa?"
"Ué, tô feliz, só isso".
Só isso????? Aí tem.

Os tais sinais.
Ansiedade fora de hora, mudez estranha, olhar perdido, mudança no jeito de se vestir, olheiras e bocejos de quem dormiu pouco à noite: aí tem.
Somos doutoras em traduzir gestos, silêncios e atitudes incomuns.
Se ele está calado demais, é porque está pensando na melhor maneira de nos dar uma má notícia.
Se está esfuziante demais, é porque andou rolando novidades que você não está sabendo.
Se ele está carinhoso demais, é porque não quer que você perceba que está com a cabeça em outra.
Se manda flores, é porque está querendo que a gente facilite alguma coisa pra ele.
Se vai viajar com os amigos, é porque não nos ama mais.
Se parou de fumar, é uma promessa que ele não contou pra você.
Enfim, o cara não pode respirar diferente que aí tem.

Às vezes não tem.
O cara pode estar calado porque leu um troço que mexeu com ele, ou está falando muito porque o time dele venceu.
Pode estar mais carinhoso porque conversou sobre isso na terapia e pode estar mais produzido porque teve um aumento de salário.
Por que tudo o que eles fazem tem que ser um recado pra gente?

É uma generalização, mas as mulheres costumam ser mais inseguras que os homens no quesito relacionamento.
Qualquer mudança de rota nos deixa em estado de alerta, qualquer outra mulher que cruze o caminho dele pode ser uma concorrente, qualquer rispidez não justificada pode ser um cartão amarelo.
O que ele diz importa menos do que sua conduta.

Pobres homens.
Se não estão babando por nós, se tiram o dia para meditar ou para assistir um jogo de vôlei na tv sem avisar com duas semanas de antecedência, danou-se: aí tem...

É urgente viver...


A vida ensina-nos a esquecer o que não devemos lembrar.
Ensina-nos a calar quando não devemos falar.
Ensina-nos que a calma e paciência é um dom precioso que nos poupa muitas dores de cabeça.
Demonstra-nos que nada é eterno, mas que se pode viver eternamente na memória de alguém.
Ensina-nos a tirar de dentro o que está a mais, e produzir apenas o que é aconselhável, mas que há pedaços de nós, e dos outros, que são inalteráveis.
A ela devemos o agradecimento pelas segundas oportunidades, o pedido de desculpa pelas vezes que tentamos deitar a vida fora.
Devemos à vida, as histórias contadas pelos antepassados, as lições aprendidas, os avisos.
Graças à vida, sabemos o que é cair e levantar, sorrir e chorar,
desistir e persistir.
Encontro-a então nos pedaços mais simples:
No sol de mais uma manhã
No vento que sopra forte no campo
Na água do mar, e no seu cheiro fresco e puro.
Na chuva que bate no vidro.
Na criança que solta uma gargalhada.
No cheiro do verão.
Num olhar intenso, que nos come por dentro.
No som de uma melodia, que entra no coração e o faz bater mais depressa.
A vida é um dom.
Devemos olhá-la de frente, enfrentá-la, ouvi-la.
Devemos tomar partido dela.
É urgente viver…

(Catarina Portela)
Porque as distâncias eram grandes, escreviam-se cartas.
Porque era preciso esperar as cartas, havia tempo.
Porque havia tempo, falava-se de amor.
Porque falava-se de amor, escreviam-se mais cartas.

E porque era preciso fazer as cartas chegarem mais rápido,
construíam-se estradas.
Estradas que nos levaram mais rápido ao futuro:
encurtaram-se as distâncias.

E porque encurtaram-se as distâncias, aumentou o trabalho.
E porque o trabalho aumentou, escasseou o tempo.
E pela escassez de tempo, cessaram as cartas.
E pela falta das cartas, recesso para o amor.

Porque o amor entrou em recesso, o avanço.
E porque veio o avanço, criou-se a tal rede.
E porque a rede se criou, encurtaram-se as distâncias.
Até mesmo entre os amores.
Até mesmo entre os tempos.

E no mundo contido dentro da rede, nasceram de novo as cartas.
Agora instantâneas.
Que, como aviõezinhos de papel, eram lançadas incessantemente de uma ponta a outra do mapa.
Palavras, dores, saudades e sons percorriam num susto longas distâncias, para chegar aos ouvidos da outra ponta do mapa.

O mundo virou teia de cartas.
Um emaranhado de dores e amores e gentes se vendo e ouvindo e dizendo em todas as línguas.
Um mundo abraçando o mundo carente de cartas, caminhos, estradas e de andar a pé pra relembrar.

Virtuais, as cartas tornaram amores reais.

E a cada nova carta, um mundo de amor.
A teia.
E a cada novo mundo, mais cartas.
E já não era possível desfazer os nós.
E as pessoas deram-se as mãos, como antes não acontecia.
E eram semelhantes as mãos que se davam,
sem que a distância fosse empecilho.
E era de mãos também a grande teia.

Mas, como o virtual brilhasse, o real perdeu sua força.
Não mais se olharam as pessoas.
O amor em recesso mais uma vez.

E como o recesso faz buracos, mais gente da ponta do mapa
procurou gente da outra ponta.
E do meio.
E de um pedacinho ao sul ou ao norte.
E as latitudes as mais diversas passaram a se olhar,
como não mais os olhos se olhavam.
E como as palavras de longe chegavam ao pé do ouvido, falou-se de perto.
E porque de longe acendiam-se almas, encurtaram-se as distâncias.

Mas, um dia, de tanto viajarem as cartas, encurtando distâncias e mais distâncias, alguém olhou para o lado e descobriu a verdade.

O longe estava perto.
O perto estava longe.

E assim a escassez de tempo nos aproximou da gente.
A escassez do tempo nos disse verdades com sua voz rouca.
E nos perguntamos se tudo isso fazia sentido.
E choramos.
E escrevemos novas cartas.
E nos demos as mãos de verdade.
E nos olhamos no olho.
E redescobrimos o tempo.

E amamos.
Não mais a escassez.
Não mais o virtual.
Não mais o longe.

E permanecem as cartas que vão e voltam.
Mas o amor não entra mais em recesso.

Mateus 7:7-9


Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam,
e a porta será aberta para vocês.
Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham;
e a porta será aberta para quem bate.
Por acaso algum de vocês, que é pai, será capaz de dar uma pedra
ao seu filho, quando ele pede pão?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


“Passo metade do dia odiando minha vida
e querendo ser sugada
pela minha própria insignificância.
A outra metade passo rindo
do quanto sou dramática e exagerada.”
“Só na alma é que a lama se não apaga;
aquela com que nos salpicam, sai com água limpa.”

Não continue um relacionamento só porque
tem medo de ficar solteira.
Ter medo de morrer sozinha é coisa de mulher de 70 anos.

(Lucas Dantas)

Sigo à risca. Me descuido e vou…
Quebro a cara. Quebro o coração. Tropeço em mim.
Me atolo nos cinco sentidos.
Viver não é perigoso?
Então, com sua licença.


“Permito a todos serem como quiserem
... e a mim, como devo ser.”



"A mulher boazinha dá demais de si primeiro,
e depois, negocia a reciprocidade.
A mulher poderosa só dá na medida que recebe.
E olhe lá."
                                     - Sherry Argov -

(devidamente anotado na agenda...)


'Oh! Não há nada como um pé depois do outro…'


Quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai que vê o que é feito em segredo, o recompensará.
Mateus 6:3-4

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


"Eu tenho a esperança que nada se perde, tudo alguma coisa gera...

O que parece morto, aduba...

O que parece estático, espera."


O grande segredo da vida é viver o dia.

Amanhã não sei o que vai ser, melhor viver agora.
A vida passa tão depressa, semelhante ao vento!

Não espere para amar depois.
                                             Talvez não dê mais tempo!      

                               

"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
O que Deus quer é ver a gente aprendendo
a ser capaz de ficar alegre a mais,
no meio da alegria, e inda mais alegre no meio da tristeza!
Só assim de repente, na horinha em que se quer,
de propósito - por coragem."

 
 

"Você vive hoje uma vida
que gostaria de viver por toda a eternidade?"



“Viver é desenhar sem borracha”


"... A dor de quem fica é sempre muito maior.
Parece-se com a dor após o sepultamento, quando se volta para a casa, e o espaço se enche com a presença de uma ausência.
Na verdade a dor da partida é maior que a dor da morte.
Pois o morto se foi contra a vontade.
Partiu me amando.
Partiu triste por me deixar..."