"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



segunda-feira, 31 de outubro de 2011


"... aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer não.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer não.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero."
"Não tenho me preocupado muito em saber para onde vou,
como durante tanto tempo eu me preocupei.
Não há grandes acontecimentos que sinalizem isso.
Apenas sinto.
Apenas confio.''
Domingo é o meu inferno astral.
Duvido que haja algo mais entediante.
É dia de descansar, de almoço em família, de ir ao parque: o domingo é benevolente demais. Não tem a malícia do sábado nem a determinação da segunda.
É um dia em cima do muro, não é dia de festa nem de trabalho.
Nem lá, nem cá. Nem mais, nem menos.
Suporto tudo nessa vida, menos as fases transitórias, aquelas onde já abandonamos o lugar em que estávamos mas ainda não chegamos aonde queremos.
Viajar de avião, por exemplo. Tem coisa que nos deixe mais sem chão, literalmente?
Estrada tem ao menos a paisagem para distrair, e quem quiser sair do carro, sai.
Mas você não pode sair de um avião.
Nem de um domingo.

"E se o que tanto buscas só existe
em tua límpida loucura?

- que importa? - isso exatamente isso
é o teu diamante mais puro!"

I Corintios 10:13 ~> Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.

sábado, 29 de outubro de 2011

você é o que você come


Os nutricionistas dizem que 'somos aquilo que comemos'.

Eu como pizza, churrasco, sanduíche, batata frita, torresmo, chocolate, tomo sorvete, cerveja, vinho, coca cola...

- Caraca!!! Eu sou muito gostosa!!!

Tenho treze mil novecentos e sessenta e seis razões para gostar de você,
e apenas uma para não gostar.
Porém, minha memória enfraquecida só me permite lembrar as primeiras.

Only you pra me fazer feliz


Porque você prometeu amar minhas 'dobrinhas',
minhas rugas e os meus cabelos brancos.



Acho sim, que, às vezes, dou trabalho.
Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat.



Mulheres tarja-preta, contra-indicadas,
que causam dependência física e psíquica.
Com elas, não há de vez em quando;
toma-se uma dose já se desejando outra.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


"O que a memória ama, fica eterno.

Te amo com a memória, imperecível."

"Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio.
Por uma fração de segundo a gente se vê como a um objeto a ser olhado.
A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser.
Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo."
"Quem procura as melhores palavras, ainda não está certo.
Devemos procurar o melhor silêncio.
O silêncio exato.
Não me esqueço o dia em que não fizemos nada, nada mesmo,
parados, nos olhando como cúmplices, rindo a esmo,
abraçados, olhando a janela como um vinho aberto.
O futuro passeava pela janela.
Talvez tenha me visto de mãos dadas com ela na velhice ou na infância.
Não importa em que tempo estávamos.
No nosso idioma, as pequenas gentilezas,
como empurrar a cadeira para sentar ou amarrar os cadarços um do outro,
já são suficientes para nunca esquecer os dias."

“Traze-me um pouco das sombras serenas que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas, - vê que nem te peço alegria.”



Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor,
e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.
(Gênesis - 8:22)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


''E mesmo sorrindo por aí,
cada um sabe
a falta que o outro faz.''

"Deus, eu faço parte do teu gado: esse que confinas em sonho e paixão, e às vezes em terrível liberdade.

Sou, como todos, marcada neste flanco pelo susto da beleza, pelo terror da perda e pela funda chaga dessa arte em que pretendo segurar o mundo.

No fundo, Deus, eu faço parte da manada que corre para o impossível, vasto povo desencontrado a quem tanges, ignoras ou contornas com teu olhar absorto.

Deus, eu faço parte do teu gado estranhamente humano, marcado para correr amar morrer querendo colo, explicação e permanência."

Cantigas leva-as o vento...


A lembrança dos teus beijos
inda na minh'alma existe,
como um perfume perdido,
nas folhas dum livro triste.

Perfume tão esquisito
e de tal suavidade,
que mesmo desapar'cido
revive numa saudade!


- Mas qual é a vantagem de fingir que não há o problema?
- Quando ele é insolúvel, a vantagem é que você não terá que resolver algo que não tem como ser resolvido.
- Tipo o quê?
- Tipo o fim do amor. Para os mais jovens, o fim do amor pode ser resolvido com o término do casamento.
Inclusive, acho isso uma grosseria...
- Isso que não entendo nesse assunto de abismo...
- Desculpa, filha, mas abismo é viver.
Não estamos à beira dele, estamos nele.

E todo mundo age como se fosse um herói por contornar crises, por meio do debate, ou não.
Todo mundo vai fazer análise, justamente para não olhar para a pessoa ao lado e dizer: 'eu tenho vontade de vomitar quando escuto os teus passos.'
E isso não se diz numa conversa.
Você não pode virar para a mãe dos seus filhos e falar: 'olha, eu não te odeio, te desejo tudo de melhor, mas eu não te amo mais', sem que isso venha cheio de acusações.
Quando, no fundo, no fundo o amor não dura.

E nem me venham em falar que o que não dura é paixão.
A idéia do amor está lá, faz parte da nossa cultura, essa tal transformação do amor.
Podemos dizer: 'eu não te amo como te amei, mas esse amor se transformou, e eu amo ver televisão com você, eu amo saber que, se eu tiver um treco e ficar todo cagado, você me limpará.'
Isso é que é indiscutível.

O amor não se transforma, ele se esgota, e a gente vai levando, por vários motivos.
E saibam, muitos desses motivos não são nada nobres.


Qual de vocês que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?

                                                              Lucas 15:4

quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Você se encaixa em mim de um jeito difícil de explicar.
Você vai organizando seu corpo de forma que todas as partes dele, se encostam nas minhas.
O seu braço comprido passa por debaixo da minha nuca, no vão exato da curvinha do meu pescoço.
Acho que às vezes seu braço deve formigar por ser esmagado pela minha cabeça – mas você nunca reclama.
A gente se deita e você, automaticamente, vai passando seu braço grande pelo vãozinho do meu pescoço, enquanto o outro se fecha por cima do meu busto.
É quase uma chave de braço de amor.
E você coloca sua perna pesada sob a minha minha, quase me esmagando.
Se fosse qualquer outra criatura, pediria que ela logo tratasse de tirar tal peso de mim – mas do seu peso, eu gosto.
É um amor masoquista.
Quero suas pernas pesadas esmagando as minhas.
E, se você dá bobeira, tranço logo meus pés nos seus.
A gente se contorce pra achar um jeito da trança não limitar totalmente nossos movimentos.
Passo meu pé, que perto do seu fica tão pequeno, por entre seus calcanhares e o ninho está feito.
Sempre uso a desculpa de querer esquentar seus pés, a única parte do seu corpo que não é quentinha.
A verdade mesmo é que quero grudar em você, centímetro por centímetro.
E você então encaixa seu rosto na minha nuca.
E respira.
E o ar quente vai aquecendo ainda mais o meu corpo, que, a essa altura, já não sabe mais o que é o frio.
E sua respiração alta é quase como um sonífero.
É o extremo do aconchego, me mostrando que você está realmente ali.
Eu amo até o ar que sai de você.
E você puxa meu quadril imponentemente de encontro ao seu, formando o encaixe perfeito.
A sensação da minha bunda no seu membro seria extremamente erótica, se não fosse o conforto proporcionado por essa posição.
Nessas horas, o sexo, que, em alguns momentos, parece latejar nas nossas veias com a urgência de quem precisa de oxigênio para funcionar, de repente não parece mais tão urgente assim.
De fato, ele vira coisa secundária, coadjuvante, diante do aconchego que o seu corpo grudado no meu proporciona.
E nessa vida na qual mata-se um leão por dia, na qual sabe-se de cor em quem se pode confiar, e na qual por tantas vezes nos sentimos fracos e desamparados em meio a um oceano de gente, esse conforto é coisa rara.
Cada centímetro do meu corpo venera cada centímetro do seu.
Dali, friagem nenhuma se aproxima.
E eu me recuso a pensar que aquilo não é amor.
Talvez o amor que as pessoas busquem tanto, esteja nos micro-prazeres escondidos por trás das delicadezas da vida e do encaixe das conchinhas.
E aí tenho certeza que naquele momento, a energia que borbulha dos nossos corpos colados nada mais é do que o amor transbordando.
Me esforço pra continuar acordada, sentindo cada segundo daquilo que me completa, que me faz bem.
É como celular na tomada recarregando a bateria.
Mas, o injusto da conchinha é que ela alcança um nível tão alto de conforto, que já não é mais possível manter os olhos abertos.
Naquele estágio entre a consciência e o sono profundo, penso pela última vez no dia que, com ou sem sexo, gosto profundamente de você.
E ouvindo a sua respiração igualmente profunda, sintonizo a minha com a sua, e adormeço.

Caio Fernando já dizia – coisa simples é lindo, e existe muito pouco.

- Por Jaque Barbosa -

'O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá,
mas principalmente, o que ele tira de mim:
a carência, a ilusão de autossuficiência,
a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios.
Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um,
para qualquer coisa, a qualquer hora.
Ele apazigua o meu peito
com uma lista breve de prós e contras.
Mas me dá escolhas.
Eu me percebo transformada pelo que o amor
tirou de mim por precisar de espaço amplo
e bem cuidado para se instalar.
O amor tira de mim a armadura,
pois não consigo controlar a vulnerabilidade
que vem com ele; tira também a intransigência.
O amor me ensina a negociar os prazos,
a superar etapas, a confiar nos fatos.
O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade,
de ir embora antes de sentir vontade,
de abandonar sem saber porque.
E é por isso que o amor me assombra
tanto quanto delicia.
Porque não posso virar as costas
pra uma mania quando ela vem
de uma pessoa inteira.
Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha
quando o meu ser transborda companhia.
O amor me tira coisas que eu não gosto,
coisas que eu talvez gostasse,
mas me dá em dobro o que nunca tive:
um namoramento por ele mesmo.
O amor me tira aquilo que não serve mais
e que me compunha antes.
O amor tirou de mim tudo que era falta.'

Eu gosto de quem facilita as coisas.
De quem aponta caminhos ao invés de propor emboscadas.
Eu sou feliz ao lado de pessoas que vivem sem códigos, que estão disponíveis sem exigir que você decifre nada.
O que me faz feliz é leve e, mesmo que o tempo leve, continua dentro de mim.
Eu quero andar de mãos dadas com quem sabe que entrelaçar os dedos é mais do que um simples ato que mantem mãos unidas.
É uma forma de trocar energia, de dizer: você não se enganou, eu estou aqui.
Porque por mais que os obstáculos nos desafiem o que realmente permanece, costuma vir de quem não tem medo de ficar.

"Mora em mim um canto de esperança,
um canto de vitória que jamais se calará..."

                                          Arnalda Rabelo

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ama???


Sempre achei que você soubesse.
Para mim é tão claro que parece óbvio ao mundo inteiro.
Então você me surpreende dizendo que “eu te amo” é pouco explicativo.
E pergunta meio brincando, meio de verdade e meio querendo disfarçar uma insegurança quase infantil: como amo, o quanto amo e porque amo.
Sem pensar, piscar, elaborar ou planejar um texto, abro a boca para falar e quando acho que sou eu quem dito as palavras, percebo que elas não saem dos meus lábios… são enviadas pelo coração… e sem respirar, elas saem:

Amo quando chove, quando faz sol, quando acordo e quando vou dormir.
Amo quando está lindo, quando está feio, depois do banho e até suado.
Amo as qualidades, pondero e respeito os defeitos, amo a chegada, amo a partida pois sei que ela tem volta.
Amo ficar perto, conversar por horas e horas, amo o silêncio que diz muito, amo as mãos que me ajudam a levantar, que acariciam os meus cabelos e que mostram a hora de parar, quando me excedo.
Amo o cheiro, a presença, a ausência presente e a alegria que me invade ao te ver.
Amo com pressa, amo devagar, amo pra hoje… agora… e amo para os próximos tempos.
Amo ouvir as conversas bobas, amo os conselhos, os exemplos que me inspiram, amo a admiração que sinto por tudo que você é.
Amo no supermercado, na praia, na padaria, no sofá, dirigindo, me olhando, cantando, assobiando, vendo TV, amo descalço, correndo, no cinema… amo na cama!
Amo o “nós”, amo o “a gente”, amo o “vamos”, amo o “queremos”.
Amo tanto, de tantas formas e todas elas tão simples… amar é simples, mesmo se nem sempre for fácil.
Amo assim… completa e profundamente, pois pela metade ninguém ama.

E se nada disso te convencer, se ainda você precisar de provas, palavras e contextos… fecha os olhos e deixa eu te beijar… e então você vai sentir tudo isso que acabei de dizer.


“All you need is love, eu tenho tatuado!
O amor é fundamental.
O amor é o principio, é o êxtase, é a eliminação do ego, é quando você enxerga o outro não como um jogador.
É quando você começa a olhar junto pras mesmas coisas, com a mesma delicadeza, e as coisas ficam tão melhores com o amor.
O amor é fundamental.
O amor é a primeira coisa.
É o começo do resto.”


Do que me prende à terra,
desfaço o laço
e me afasto
porque não sou de chão
... só de pássaros

De asas nos pés
acerto o compasso
apresso o passo
e leve sigo
porque sou de plumas
de levitares
e de suspiros
em brisas ou furações

Eu sou de ventos
E sou de vôos
num rasgar de céus azuis

E quando asas me faltarem,
serei de quedas
... ainda que abismais.

Pra desopilar o "figo"


Na minha casa se dizia eu te amo o tempo todo:
- Mãe, me acorda às seis, te amo.
- Saí pra comprar pão, amo vocês.
- Desculpa por ter sido grossa, e obrigada por me amarem mesmo assim.

O amor estava nas brigas, nas cócegas, nas cantorias na cozinha e em todos os outros espaços da casa.

É tão natural que eu saia por aí espalhando amor, dizendo amor, escrevendo e sorrindo amor.
Não sei ser contida e pensar mil vezes antes de dizer que gosto de alguém.
Até consigo, mas o amor fica querendo sair por cada poro do meu corpo, tornando uma luta desagradável, essa de não dizer.
Não era para ser desse jeito.
As pessoas não deviam entrar em pânico e sumir ao ouvir que outras se importam, muito pelo contrário: deviam deixá-las mostrar o que são capazes de fazer pra dividir esse carinho.

Como vim parar neste mundo estranho onde sentimento é uma coisa que se deve evitar, esconder e negar?
Como podem tentar me ensinar que amor é crime quando eu vim ensinar que amor é tudo?
Por que é que fui cair justo aqui, nesse lugar que fede hipocrisia, grita solidão e ecoa vazio, onde ninguém resiste à qualquer sinal de dependência emocional, por mais pura que seja?
Pra que negar, se omitir, calar?
Amar é bonito, é leve.
Todo mundo ama, todo mundo esconde.
Mas se devo esconder, por que sentir?

Eu só queria um pouquinho de carinho, será que é muito difícil?
Uma atenção, um telefonema, uma correpondência, dá pra ser?
Um pouquinho de companhia bastava, qual o problema?
Sentimentos nasceram para serem sentidos, não para serem escondidos debaixo da dor.

Deve ter mais alguém que caiu nesse planeta solidão por acaso e não entende de fingir.
Estou aqui, perambulando sem espaço, sem rumo, sem nexo, mas sei que estou certa.
Você vê?
Isso que foi ensinado de negligenciar carinho, é coisa de gente que não tem carinho pra oferecer.
Todo mundo, bem lá por dentro, quer esse amor de graça que parece só existir em mim.

"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade..." ~> Ec 12:1

domingo, 23 de outubro de 2011

"Tatiando" o domingo...

Super promoção do dia:
Pague minhas contas,
assuma meus problemas
e ganhe o direito de falar da minha vida!

Não adianta nada o cara ter um INMETRO se não for aprovado pelo MEC.

(ou, em outras palavras, de que me adianta um gostoso burro?)

Tô fazendo a dieta dos céus:

entreguei pra Deus!

"Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira.
Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos."

"Quem nunca saiu com o cara errado que atire a primeira pedra!
Mas atire nele, por favor."

Odeio homens que olham para bundas como se admirassem uma carne pendurada no açougue e odeio mais ainda quando fazem bico e aquele sim com a cabeça, tipo “concordo com o mundo que ela é muito gostosa”.
E se ele fizer aquela chupada pra dentro do tipo “hmmmmm delícia” já é algo que ultrapassa os limites do meu ódio.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

The end of the world...

''Rapaz é ofendido e por isso mata duas crianças e um adolescente que passeavam de bicicleta.
Ainda sem solução o caso do calouro de Medicina que foi encontrado morto numa piscina depois de uma sessão de trotes.
Guarda mata por engano um rapaz que foi buscar a namorada no colégio.
Vereador acusado de agiotagem.
Prefeituras desviam verba destinada à educação.
Deslizamento de terra mata 41 pessoas na Colômbia.
48 casas incendiadas numa cidade americana.
Pilotos condenados a pagar 42 milhões de indenização por causa de uma greve ilegal.
Cinco dias antes de ser executado, um teste de DNA prova a inocência de um preso que cumpria pena há 12 anos.
Toneladas de remédios estragam num galpão da Secretaria de Saúde de Minas.
Força de Paz é recusada em Kosovo.
Massacre dos Carajás faz três anos sem nenhum culpado punido.
Os kits de emergência que foram obrigatórios nos carros são doados a hospitais.
Um temporal deixa dois mil desabrigados numa pequena cidade.
Previsão de neve no sul do Brasil.
Mulher viúva há nove meses ainda não conseguiu enterrar o marido, que foi considerado indigente quando deu entrada no hospital.
Policiais fazem treinamento para conter uma manifestação antiaborto nos EUA.
Banco Central gastou um bilhão e meio para socorrer os bancos Marka e Fonte Cindam.
FHC rebate as críticas que sofreu da CNBB.
ACM debocha de FHC.
Fronteira do Suriname é a nova porta de entrada da cocaína no Brasil.
Uma parte do ouro garimpado no Pará serve para pagar traficantes.

Boa-noite!

Esse não é um resumo dos males do século, e sim as notícias que foram ao ar pelo Jornal Nacional na sexta-feira, dia 16 de abril de 1999, uma data que escolhi aleatoriamente. Dei-me o trabalho de anotar absolutamente tudo o que foi noticiado, boquiaberta com tanto descalabro em apenas 45 minutos de uma única edição jornalística. Excetuando-se a doação dos kits aos hospitais e a chegada da neve na serra gaúcha, o resto são exemplos de negligência, ignorância, brutalidade, abusos, desgoverno e, vá lá, fatalidades.

Muita gente acredita que o mundo terminará numa explosão atômica ou na queda de um meteoro gigante, qualquer coisa assim, apocalíptica.
Começo a achar que não.
Talvez o fim do mundo já esteja sendo vivido, só que em doses homeopáticas, um pouco a cada dia, pra gente se acostumar com a dor.''

(Esse texto, embora antigo é totalmente atual.
As mesmas notícias se repetem de formas diferentes.

"The story is old - I know
But it goes on")
Vem,
dilata minhas pupilas,
dilata meu coração
de lata.

“ – Amanhã faço dez anos. Vou aproveitar bem este meu último dia de nove anos.

Pausa, tristeza.

 – Mamãe, minha alma não tem dez anos.

 – Quanto tem?

 – Acho que só uns oito.

 – Não faz mal, é assim mesmo.

 – Mas eu acho que se deviam contar os anos pela alma. A gente dizia: aquele cara morreu com 20 anos de alma. E o cara tinha morrido era com 70 anos de corpo.

Mais tarde começou a cantar, interrompeu-se e disse:

 – Estou cantando em minha homenagem. Mas, mamãe, eu não aproveitei bem meus dez anos de vida.

 – Aproveitou muito bem.

 – Não, não quero dizer aproveitar fazendo coisas, fazendo isso e fazendo aquilo. Quero dizer que não fui contente o suficiente. O que é? Você ficou triste?

 – Não. Vem cá para eu te beijar.

 – Viu? Eu não disse que você ficou triste?! Viu quantas vezes me beijou? Quando uma pessoa beija tanto a outra é porque está triste.”


Tem dias que é melhor assim...

“O vento sopra onde quer.
Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai.
Assim acontece com todos os nascidos do Espírito.”
(João 3:8 - NVI)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


Paixão é passarinho,
amor é ninho”.