"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ama???


Sempre achei que você soubesse.
Para mim é tão claro que parece óbvio ao mundo inteiro.
Então você me surpreende dizendo que “eu te amo” é pouco explicativo.
E pergunta meio brincando, meio de verdade e meio querendo disfarçar uma insegurança quase infantil: como amo, o quanto amo e porque amo.
Sem pensar, piscar, elaborar ou planejar um texto, abro a boca para falar e quando acho que sou eu quem dito as palavras, percebo que elas não saem dos meus lábios… são enviadas pelo coração… e sem respirar, elas saem:

Amo quando chove, quando faz sol, quando acordo e quando vou dormir.
Amo quando está lindo, quando está feio, depois do banho e até suado.
Amo as qualidades, pondero e respeito os defeitos, amo a chegada, amo a partida pois sei que ela tem volta.
Amo ficar perto, conversar por horas e horas, amo o silêncio que diz muito, amo as mãos que me ajudam a levantar, que acariciam os meus cabelos e que mostram a hora de parar, quando me excedo.
Amo o cheiro, a presença, a ausência presente e a alegria que me invade ao te ver.
Amo com pressa, amo devagar, amo pra hoje… agora… e amo para os próximos tempos.
Amo ouvir as conversas bobas, amo os conselhos, os exemplos que me inspiram, amo a admiração que sinto por tudo que você é.
Amo no supermercado, na praia, na padaria, no sofá, dirigindo, me olhando, cantando, assobiando, vendo TV, amo descalço, correndo, no cinema… amo na cama!
Amo o “nós”, amo o “a gente”, amo o “vamos”, amo o “queremos”.
Amo tanto, de tantas formas e todas elas tão simples… amar é simples, mesmo se nem sempre for fácil.
Amo assim… completa e profundamente, pois pela metade ninguém ama.

E se nada disso te convencer, se ainda você precisar de provas, palavras e contextos… fecha os olhos e deixa eu te beijar… e então você vai sentir tudo isso que acabei de dizer.