"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



sexta-feira, 29 de junho de 2018

8 anos juntos


Se você está lendo este post no sábado, então amanhã é o dia. 
Se está me visitando no domingo, é hoje! 
Se for em outro dia... bem, você entendeu! Dia 01 de julho é o nosso aniversário!
Neste dia, Neckyr e eu comemoramos 8 anos de relacionamento! 

Tudo começou lá no já distante ano de 2010, mas parece que foi ontem.

Contrariando o Tom Jobim: não é impossível ser feliz sozinho, mas acompanhado é bem melhor! 
Você pode muito bem ser feliz com sua própria companhia, se divertir levando a vida de solteiro, mas vai chegar o dia em que a fase passa e é muito bom ter alguém com quem partilhar sua vida, seus sonhos e, até mesmo, seus momentos ruins.

Pesquisando o Google, vi que namoro e casamento têm bodas diferentes. Oito anos de namoro são “bodas de flor de jade”. Já as bodas de 8 anos de casados, não sei ao certo. Encontrei vários nomes: bodas de cobre, bronze, papoula, barro. 
Até a internet se perdeu nessa!

Quem namora com fé, casado é. Como as bodas são minhas, escolho o cobre! Independente do que os sites dizem.

O cobre é um metal resistente ao tempo e mesmo envelhecido não deixa de ser belo e charmoso. Sua possibilidade de sempre retornar a cor natural nos traz esperança de que sempre é possível restaurar aquilo que o tempo, às vezes, apaga ou deixa passar despercebido no relacionamento.
O cobre apresenta alta durabilidade, boa resistência à corrosão e boa maleabilidade. Essas duas últimas propriedades fazem dele um metal diferenciado, pois, normalmente, os metais resistentes não são maleáveis.
A maleabilidade é item essencial em um relacionamento. É importante que a flexibilidade (saber quando ceder) exista em ambas as partes.

Chegar aos 8 anos de namoro é só para os fortes e o cobre, com certeza, representa bem esse tempo.

Pode ser que não celebremos as “bodas de cerâmica”, daqui 1 ano, ou que iremos comemorar as “bodas de safira”, de 16 anos.

Não vamos ficar apenas nos tolerando, se nossa companhia deixar de nos trazer prazer. 

O que eu quero, e desejo para nós, é que permaneçamos juntos enquanto houver cumplicidade, amizade, respeito, confiança, companheirismo, tesão e amor.  
É, tudo isso junto – e que seja infinito enquanto convivermos felizes, um com o outro. 

quarta-feira, 27 de junho de 2018

poema de aniversário


Procurei no dicionário,
Com paciência e cuidado,
O real significado
Da palavra aniversário.

Aquele livro pesado,
Mestre dos visionários,
“Pai dos burros” batizado,
Pareceu-me sectário,
Ao responder meu chamado.

Deveras decepcionado,
Joguei o meu dicionário
Na estante, empoeirado,
Para pregar, solitário,
O meu significado
Da palavra aniversário.

Diz assim, o verbete lendário,
Ontem, por mim criado:
“Aniversário: Espécie de relicário,
Muitíssimo bem guardado
Nas folhas do meu diário,
Dos versos que eu escrevi,
Com todo amor e não li,
Durante o ano passado.”


Hoje é dia de comemorar a vida de quem divide a vida comigo.
Parabéns pra você, meubem!

Palmas pelo seu caráter, pela sua generosidade, pela sua grandeza
e por ser “bonzinho que dói.

Pra você luz, paz, saúde e muitas alegrias.
Que seu dia seja tão especial, como você é especial em minha vida.



Existem pessoas inteligentes,
Existem pessoas cultas,
Existem pessoas prendadas e...
Existe o Neckyr!

Além de inteligente e culto, ele é cheio de habilidades.

Queimou o chuveiro, a torneira tá vazando, o quadro tá fora de nível, quer mais uma tomada?
É com ele, o Polivalente, o Versátil, o Multifuncional, o Troglodita.

Mas não são apenas essas, as suas qualidades. Além de cozinhar muito bem, ele é, acima de tudo, um gentleman.
Ele abre a porta para a mulher, puxa a cadeira, paga a conta, não deixa andar pelo lado externo da calçada e, aposto, que faz questão de acender o cigarro, caso ela fume.

O Brasil que eu quero, é um Brasil com mais Neckyres!
A nação brasileira agradece. 


#que ódiooo!


Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.

Tenho os anos em que os sonhos começam trocar carinhos com os dedos e as ilusões se transformam em esperança.

Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama louca, ansiosa para se consumir no fogo de uma paixão desejada. E em outras, uma corrente de paz, como um entardecer na praia.

Quantos anos eu tenho? Não preciso de números para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho, ao ver meus sonhos destruídos valem muito mais que isso.

Não importa se faço vinte, quarenta ou sessenta!
O que importa é a idade que eu sinto.

Tenho os anos de que preciso para viver livre e sem medos.
Para seguir sem medo pelo caminho, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.

Quantos anos tenho? Isso não importa a ninguém!

Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e sinto.



A noite está quase terminando e o dia logo vem. Portanto, deixemos as más obras das trevas e revistamo-nos da armadura da luz, como devem fazer os que vivem na luz do dia!

Romanos 13:12 / NTLH

domingo, 24 de junho de 2018


#dia de são João


Tempo e distância
 São remédio e veneno

| Lorena Rodrigues

o poder do silêncio


Pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais.

Nos primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros de nossas vidas, falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar

Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados pelas zonas de conflitos, impedindo o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio crítico.

Um médico pode ser muito paciente com as queixas de seus pacientes, mas muitíssimo impaciente com as reclamações de seus filhos.

Pensa antes de reagir diante de estranhos, mas não diante de quem ama.

Não sabe fazer a oração dos sábios, nos focos de tensão, o silêncio.

Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves.

Só o silêncio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados.

Cada vez as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar.

O dito popular de contar até dez antes de reagir é imaturo, não funciona.

O silêncio não é se aguentar para não explodir, o silêncio é o respeito pela própria inteligência.

Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou.

Quem bate no peito e diz que não leva desaforo pra casa, não pensa nas consequências de seus atos.

Quem se orgulha de vomitar para fora tudo que pensa, machuca quem mais deveria ser amado, não conhece a linguagem do auto controle.

Decepções fazem parte do cardápio das melhores relações.

Nesse cardápio precisamos do tempero do silêncio para preparar o molho da tolerância.

Para conviver com máquinas não precisamos de silêncio nem da tolerância, mas com seres humanos elas são fundamentais.

Ambos são frutos nobres da arte de pensar antes de reagir. Preserva a saúde psíquica, a consciência, a tranquilidade.

O silêncio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriaguez dos fracos.

O silêncio e a tolerância são as armas de quem pensa, a reação instintiva é a arma de quem não pensa.

É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar, é preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura acadêmica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo.

Sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência.

Ninguém é digno de maturidade se não usar suas incoerências para produzi-la.

Todo ser humano passa por turbulências na vida. Para alguns falta o pão na mesa; a outros a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver, outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranquilidade e da felicidade.

Os milionários quiseram comprar a felicidade com seu dinheiro, os políticos quiseram conquistá-la com seu poder, as celebridades quiseram seduzi-la com sua fama, mas ela não se deixou achar.

Balbuciando aos ouvidos de todos, disse: “…Eu me escondo nas coisas simples e anônimas…”.

Todos fecham os seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.

em “Código da Inteligência”



Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. 

2 Coríntios 5:17 / NTLH

sábado, 23 de junho de 2018



Tenho observado esse pessoal faz um tempo. 
Eles me provocam reações diversas: sinto repulsa, sinto medo, sinto desânimo, mas acho que a sensação que prevalece é mesmo a compaixão. Porque eles são tão recalcados que não conseguem se manifestar no mundo de outra forma. A única coisa que possuem para exibir é isso: seu espírito de porco.

Não é um defeito novo, mas ganhou um espaço de divulgação inimaginável na internet. Se antes eles exerciam seu espírito de porco em pequenos grupos, em comentários ferinos para meia-dúzia de ouvidos, agora eles abusam da sua tolice em rede internacional para um público tão amplo que os deixa embriagados com o alcance atingido. Eles são os neo-retardados, os pusilâmines de grande escala.

(...)
A tacanhice é uma epidemia bem mais assustadora do que qualquer gripe. Porque não é temporária e tampouco tem cura. 
É o retrato do isolamento e da deseducação de uma geração que, ao ter um teclado à disposição e o anonimato garantido, expõe toda sua miséria intelectual e afetiva. 
É a turma do “dããã” ganhando voz e propagando a mediocridade universal.



Resgatando trechos de um texto já publicado
Voltou a ser oportuno.

mulher escrevendo enquanto toma chá


Sempre fico insegura na hora de intitular o que escrevo. Meus poemas nunca tiveram título. Nos livros, é a última coisa que escolho (em meio a dúvidas infinitas). E os das colunas refletem a minha preguiça: deveria me esforçar mais para atrair a atenção do leitor, mas depois de já ter me dedicado o suficiente na elaboração do texto, o título é praticamente um resumo do assunto tratado, sem nenhuma acrobacia literária ou jornalística.

Isso explica o fato de eu admirar a simplicidade do título de inúmeras telas expostas nos museus do mundo. São praticamente legendas: Vista de Paris do Apartamento de Theo é o nome do quadro em que Van Gogh mostra os telhados que seu irmão, Theo, vislumbrava todos os dias, ou Campo de Trigo com Cotovia, onde o mesmo Van Gogh, com suas pinceladas geniais, mostra o quê? Um campo de trigo sendo sobrevoado por uma cotovia. Nenhuma charada, nenhuma metáfora, nenhuma gracinha. Van Gogh pintou a si mesmo usando um chapéu de feltro: qual o nome da tela? Autorretrato com chapéu de Feltro. Para que inventar?

É como se a obra dissesse: acredite no que você está vendo. Jovem Camponesa com uma Enxada (Jules Breton), Casa ao Lado da Ferrovia (Edward Hopper), Criança Brincando com um Caminhão (Picasso). Não há dúvida, você está vendo uma camponesa, uma casa, uma criança. E a partir daí, está liberado para descobrir que aquela camponesa é especial, com seu dedo apoiado na face, pensativa em meio ao descanso da lida. E que aquela casa não é uma casa qualquer, mas um ícone da solidão rural diante do crescente progresso. E que aquela criança brincando com um caminhão não é um menino, e sim uma menina, e que os traços decorativos atrás dela não fazem parte de um papel de parede: representam um jardim.

O nome que damos às coisas é apenas um identificador sem maior importância. O que importa é nosso olhar e nosso foco: tudo é único. Cada coisa, cada pessoa, cada gesto, cada segundo é rico de significados e irreproduzível.

Mulher Deitada Lendo. Pelo menos uns 279 artistas poderão pintar um quadro com esse título e veremos 279 representações individuais sobre o mesmo tema. Até mesmo um traço horizontal com um asterisco na ponta pode significar uma mulher deitada lendo.

O título está ali apenas para nos pegar pela mão e nos levar para dentro – de um quadro, de um texto ou até da vida de alguém. Não por acaso, é a primeira coisa que perguntamos diante de um desconhecido: qual o seu nome? E a partir dali aquela Maria Fernanda ou aquele João Paulo terão nos dado a senha para criarmos uma história da qual faremos parte também.

Você pode me ver agora? Uma mulher escrevendo enquanto toma chá de maçã. Sim, é de maçã. Como não é uma tela, e sim uma página de jornal, não pude me alongar. Mas a partir desse título simplório você pulou para o lado de cá.




— As Escrituras Sagradas afirmam:
“O ser humano não vive só de pão,
mas vive de tudo o que Deus diz.”

Mateus 4:4 / NTLH

sexta-feira, 22 de junho de 2018

esferas de luz



Existe uma praia na Califórnia, chamada Glass Beach.
Por cima da areia ela tem um tapete de pedrinhas de vidro multicoloridas que brilham sob a luz do sol. O lugar é lindo. Mas, mais do que isso, aquela praia é um convite à reflexão.
Durante anos os moradores da região jogaram lixo doméstico naquele lugar, sobretudo garrafas de vidro. Faltava-lhes consciência, é claro, e as autoridades proibiram que se jogasse qualquer vidro no local. Glass Beach tornou-se área de proteção ambiental, deslumbrante, e, embora hoje seja proibido recolher os pedaços de vidro que lá estão, tem gente que ainda o faz. Ironicamente, em uma região onde se tornou proibido jogar pedaços de vidro, agora é proibido retirá-los. Mas não é sobre isso que escrevo. É sobre o mar.

O mar e seu infinito mistério. O mar e suas ondas que foram quebrando, sem pressa, cada uma das garrafas abandonadas em suas profundezas. Que foram lapidando aquele lixo. Cada caco, com o passar do tempo, foi se transformando numa pequena obra, lisa e esférica. Até que os lindos pedaços de garrafa descartados no mar se misturassem à areia da praia formando um dos mais fantásticos caleidoscópios de luz, um presente da ação do tempo. Um mosaico de cores para o nosso deleite. A natureza simplificando, solucionando um “erro” sem se focar nele.

Aquela praia, que fez do lixo seu tesouro, me ensina tanto sobre a vida. É que de vez em quando a gente precisa deixar a luta de lado e entender que a dor que nos emudece é a mesma que nos amacia logo adiante. E, se o mundo segue nessa espiral ascendente sem fim, devíamos aprender com ele. Devíamos confiar no tempo, acolher sem medo o que “os moradores da região” jogam em nosso mar, e ter fé. Ninguém faz esferas de luz tão bem quanto pessoas feridas. Alguns chamam isso de pedagogia divina. Eu chamo de renascimento, resiliência.

Porque aprender é sempre um presente, mesmo que, vez ou outra, nosso mestre seja a dor.

Solange Maia


#triste realidade

90 minutos



A primeira Copa que recordo com clareza foi a de 70, eu tinha oito anos. Assisti a todos os jogos do Brasil sentada no chão, lugar de criança. O sofá era reservado aos mais velhos (pai e mãe na casa dos 30, uns fósseis), então a mim restava o parquet, que era bem limpinho. Lembro que eu torcia, vibrava, não parava quieta, e esse “não parar quieta” incluía levantar e ir até o banheiro, depois ao quarto para escrever alguma coisa no diário, passar na cozinha para pegar um suco e uma bolacha Maria, voltar à sala, ver mais um pouco do jogo, e então dar uma escapadinha até ali na rua para ver se tinha alguém com quem brincar, não tinha, voltar, assistir ao jogo mais um pouco, de novo ir ao quarto para ver se havia tema de casa para entregar na segunda-feira, e se houvesse, fazê-lo, e então voltar à sala a tempo de ver o Carlos Alberto fechando a goleada de 4 x 1 contra a Itália e o Brasil levantando a taça Jules Rimet.

Hiperativa? Não, isso nem existia. E também não era por causa do desconforto do chão que eu me levantava de tempos em tempos para me distrair com outras coisas. É que jogo de futebol, naquela época, demorava uma eternidade. Jogo de futebol durava umas quatro horas e meia no tempo regulamentar. Pensando bem, acho que durava cinco horas. Ou seis. Jogo de futebol engolia todo o domingo.

Quando o pai saía para o estádio com meu irmão, eu e minha mãe íamos a uma sessão dupla de cinema, depois dávamos uma passadinha na casa da vó, tomávamos um lanche no Joe´s e quando voltávamos para casa, ligávamos o radinho e o jogo deles ainda estava no primeiro tempo.

Quando o pai dizia “hoje tem jogo”, eu ia para o sítio dos primos em São Sebastião do Caí, brincava, brincava, brincava, e quando voltava para casa o juiz ainda não tinha apitado o fim da partida.

Jogo de futebol era algo tão longo, tão extenso, que parecia iniciar na quarta e terminar na quinta, dava tempo de um edifício em obras ficar pronto, alguém podia se submeter a uma cirurgia no cérebro durante uma semifinal que receberia alta antes da decisão por pênaltis.

Dizem que jogo de futebol sempre teve a duração de 90 minutos. Imagina se caio nessa.
É só comparar com os jogos de hoje. O time dá o pontapé inicial, eu vou rapidinho até o micro-ondas para ver se a pipoca ficou pronta e quando volto para a frente da tevê os jogadores já estão trocando de camiseta com os adversários. O jogo começa às 13h, eu tiro a mesa, vou escovar os dentes e quando retorno para a sala o Galvão Bueno já está dentro da noite escura, mostrando a reprise dos gols.

Tudo passa muito ligeiro, antes nada terminava. 90 minutos durava uma vida. Agora, pelo visto, quem está durando uma vida sou eu.

publicado 06/07/2014

“Não ame os caminhos do mundo, não ame as posses desse mundo. O amor pelo mundo sufoca o amor pelo Pai. 
Praticamente tudo que está no mundo - que quer tudo do seu jeito, tudo para si mesmo, querendo parecer importante - não tem relação nenhuma com o Pai. 
Apenas afasta você d'Ele.”  (1 João 2:15-16)

#adultério espiritual

quinta-feira, 21 de junho de 2018




Minha mulher tem a senha do meu celular e eu tenho a dela. Nunca conversamos a respeito - simplesmente aconteceu. Assim como não conservamos a certeza de quem falou o primeiro “eu te amo”, talvez tenha sido junto.

Não há o que esconder do outro. Às vezes assistimos vídeos lado a lado, ela me mostra o que recebeu no grupo e eu apresento por onde estou navegando e peço a sua opinião sobre as notícias - os aplicativos existem para puxar conversa em vez de agravar o isolamento.

Celular não é para ser um cofre, um segredo, uma conta privada. É apenas mais um recurso para falar com os amigos.

Os aparelhos estão sempre acessíveis. Ou carregando ou virados para cima. Se surge algo na tela, qualquer um pode espiar sem escândalo. Se entra uma ligação, o primeiro que enxergar avisa quem é.

O celular é como um antigo telefone de casa, coletivo, impessoal. Não é maior do que a nossa relação. Não tem nada lá dentro que alguém necessite manter distância.

O respeito físico e virtual são iguais. Ela pode abrir Facebook, Instagram, e-mail e somente vai encontrar a minha decência.

Tem noites que saímos com um único celular. Sorteamos: hoje é o meu ou hoje é o seu?, e rimos com a divertida alternância.

Telefono com o celular dela. Ela telefona com o meu celular. Ninguém fica tenso com alguma mensagem que possa surgir.

E é uma das mais deliciosas sensações do amor: a confiança. Não se proteger, não se ocultar, não usar desculpas, não ser agressivo para omitir conversas incriminadoras, não suar frio pela deslealdade online.

Não devemos nada, não corremos o risco de uma afronta.

Ela não invade a minha privacidade, faço questão de convidá-la.



“Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos. Quem é feliz, satisfaz-se por ser. Simplesmente é. Felicidade não é sobre quem grita mais alto. É sobre quem sorri mais fundo.”


“Mais felizes são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e obedecem a ela.” 

Lucas 11:28 / NTLH

quarta-feira, 20 de junho de 2018



“FLOR-e-SER ❀ 
pra ver-de-novo
ou ver-melho[r].” 




E se o Tite é El Profesor de Casa de Papel? E premeditou os erros da Seleção Brasileira com antecedência maquiavélica? E somente criou pistas falsas? 

Se ele imaginou os desdobramentos da partida com a Suíça? 

Se ele previu que Neymar seria caçado e sofreria dez faltas - e fez questão que ele, o seu comandante na Casa da Moeda, o seu Berlim, monopolizasse a atenção dos seus defensores? 

Se ele pediu para Neymar mudar o corte de cabelo, assim formaria um novo fato, um golpe publicitário, e desviaria o foco do que aconteceria em campo? 

Se ele planejou os erros de arbitragem para denunciar que nada adiantaria a retaguarda do juiz de televisão porque quem manda é o árbitro em campo. 

Se foi uma armação inclemente, enquanto todos só elogiavam a tecnologia, para mostrar que o futebol não é exato? Curioso que o goleiro Alisson (Oslo) não tenha saído na pequena área (será que ele recebia ordens?). 

Se ele treinou o chute indefensável de Philippe Coutinho, o seu Rio, de fora da área para demonstrar o poder bélico?

Se ele mandou Paulinho, o seu Denver, desaparecer para as suas infiltrações não serem mais manjadas? 

Se não foi ansiedade, mas nervosismo calculado de atores? 

Se ele deixou intencionalmente o lado direito capenga do Brasil com Danilo, para que os adversários tentem atacar por lá nas próximas partidas e ele possa articular ciladas? 

Se ele forçou o empate com a Suíça para tirar o favoritismo das costas da seleção e surpreender com mais eficácia no restante dos jogos? Afinal, não pôs nada a perder, era o oponente mais difícil do grupo; ganhando da Costa Rica e da Sérvia ainda obtém a liderança da chave. Melhor do que treino fechado para preservar segredos é o jogo aberto e ensaiado para confundir.

Se ele arquitetou o tropeço para readquirir a liberdade de ação, usou do blefe com o objetivo de diminuir as expectativas e elevar a confiança do plantel? 

Se ele, ciente dos pontos perdidos dos favoritos como Alemanha, Argentina e Espanha, não quis se destacar demais para não aumentar a pressão? 

Se ele fez um país inteiro de refém para ter mais tempo para produzir a réplica da taça de ouro da FIFA?

🏆