"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Fico pensando como mulher se preocupa com besteira. Usa roupa preta pra afinar, veste bermudas compressoras pra chapar a barriga, manga pra esconder os braços roliços, e mais isso, e aquilo, quando o maior segredo de beleza consta do seguinte: sinta-se num palco, mesmo que nunca tenha chegado perto de um. 

Conscientize-se de que sua inteligência é superior às suas medidas, que ser magrinha não atrai amor instantâneo, que sua personalidade é um cartão de visitas, que a felicidade é a melhor maquiagem, que ser leve é que emagrece.


E dá-se a mágica.


Quem de nós pode vestir um macacão branco decotado na frente e nas costas, colado ao corpo, sem antes passar por uma lipoescultura, uma sessão de bronzeamento e ficar duas semanas sem comer? Qualquer uma de nós, ora.

realidade e percepção


Quando se diz que uma imagem vale mais do que mil palavras, logo pensamos em cenas e fotografias que não carecem de explicação: a força de sua mensagem dispensa legendas. Mas imagem não é apenas algo que se enxerga concretamente.

Quando vi a foto do caixão de Ronald Biggs coberto pela nossa bandeira, sabia que aquilo significava apenas uma homenagem do filho brasileiro que o ladrão inglês teve, mas, subliminarmente, a imagem também fazia uma associação indigesta entre o banditismo e as cores verde e amarelo. Essa imagem negativa que temos do nosso país não é gratuita. Por maior que seja a quantidade de brasileiros honestos, incluindo até alguns políticos, não adianta: o Brasil tem um histórico de corrupção e violência que induz a essa percepção. 

Percepção é algo que se constrói dia após dia, fato após fato, e que uma vez consagrada, é difícil mudar. Mesmo que todos os trens da Inglaterra partam e cheguem com atraso nos próximos meses, será preciso anos para desfazer a imagem que aquele país tem de pontual. O contrário também acontece. Ronald Biggs, depois que fugiu para o Brasil, não roubava mais nem no troco, era apenas um aventureiro que se transformou em uma folclórica subcelebridade. O episódio do assalto ao trem pagador, cinco décadas antes, foi deixado de lado em prol da construção de uma imagem de anti-herói, e ele acabou sendo enterrado com cobertura da imprensa. 

Poucas coisas são tão fortes quanto a imagem que a gente cria. E como todos gostam de saber com quem estão lidando para evitar surpresas, essa imagem vira referência e pode agir a nosso favor e também contra - preconceitos vêm daí. 

Nem todo alemão é sisudo, nem todo baiano é preguiçoso, nem todo gaúcho é machista, mas essa é a “foto” que guardamos deles em nossos porta-retratos mentais. Estereótipos de grupo. Individualmente acontece a mesma coisa. A sua vida passa como se estivesse numa esteira de linha de produção, até que um dia você ganha um rótulo – que não veio do nada, você de certa forma colaborou para ser etiquetado como um fofoqueiro, um bebum, um mulherengo. 

E também colaborou para ser reconhecido como um cara focado, um homem responsável, um sujeito que cumpre o que promete. Você pode mudar? Pode. Para melhor e para pior. A vida é longa. Angelina Jolie passou de bad girl a cidadã ativista e de família - adotou crianças, visitou países assolados pela fome, a nossos olhos virou outra pessoa. 

Mas, para comuns mortais, é bem mais penoso reverter a própria imagem. A imprensa não cobre. 

Rótulos, mesmo os bons, são limitadores. O ideal seria que pudessem esperar qualquer coisa de nós, já que somos mesmo capazes de surpreender. Mas o mundo se apega às certezas, não às dúvidas. Então, tenha em mente que tudo o que você faz (e principalmente o que você repete) ficará arquivado na memória daqueles com quem convive, e será um trabalhão desfazer essa imagem. Não que seja impossível, mas vai exigir mais do que mil palavras.



Assim seja!!!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014


Não xingue o pai de seu filho usando o que ele foi como marido. Não xingue a mãe de seu filho usando o que ela foi como esposa.
Ele pode ser um excelente pai e um péssimo marido. Ela pode ser uma excelente mãe e uma péssima esposa.

É preciso separar as duas condições.
Para evitar represálias, para evitar que a criança não fique traumatizada.

O que costuma acontecer: os pais desabafam para o filho tudo o que deu errado no casamento.
Expõem o ódio. Criticam o ex abertamente. Lavam a roupa em público.

A criança fica em pânico, não entende qual lado defender.
Jura que o pai e o marido são uma única pessoa.
Contaminamos a paternidade e a maternidade com ressentimentos do relacionamento.
Os filhos assistem as crises, as brigas e os motivos do divórcio. Mas ninguém diz para eles como foi o início feliz da história.

Por que os pais, mesmo separados, não contam como se conheceram, como ficaram juntos?
Por que omitem de seus filhos o começo de tudo? Por que não provam que seus filhos são frutos do desejo, não erros, não descuidos?
Não mostram que seus filhos foram queridos, planejados.
Como estão em outros casamentos e para não gerar ciúme nas atuais companhias, sonegam o princípio do romance. Não descrevem como um dia se amaram.

Se você não conta o melhor da história, como seus filhos vão acreditar no amor ao crescer. Como?
Eles não vão querer se relacionar, mas pensar que casamento é apenas ódio e rancor, disputa e confusão.

das resoluções de ano novo: dieta


Finalmente comecei minha dieta:
Cortei refrigerante, álcool, gorduras e açúcar.
Em duas semanas, perdi 14 dias.

(Tim Maia, em 1973, quando tentou perder peso num tratamento revolucionário’)


salvem as vogais


O que pode ser mais miserável do que uma pessoa faminta, sem teto, sem futuro, sem saúde? Sabemos que não são poucos os miseráveis do país, mas às vezes esquecemos da quantidade também imensa de miseráveis que está em nossa órbita, cuja barriga não está vazia, mas a cabeça, totalmente.

Acompanhei a transcrição dos chats que foram divulgados pela imprensa, para que se saiba mais sobre o que aconteceu com aquele rapaz que morreu num posto de gasolina, depois de uma briga. Lula nem precisava levar os ministros para o Nordeste para que eles conhecessem a pobreza extrema, bastaria que entrassem numa sala de bate-papo virtual. Miséria psicológica também atola um país.

Dependendo da escolha do assunto, é possível encontrar na internet conversas que fazem sentido, com frases que têm começo, meio e fim, mas na maioria das salas o que costuma rolar é um papo furado da pior qualidade, com altos teores de vulgaridade e agressividade. Um bando de seres abreviados, tal como escrevem. Um miserê de dar medo.

A fome de pão e leite tem que ser saciada com urgência, mas nossa miséria é mais ampla e se manifesta de várias maneiras, não só através da perda de peso e dos ossos aparecendo sob a pele. Miséria é perda de discernimento. Perda de amor-próprio. Perda de limites. Até perda de vogais: vc q tc cmg? Normal: códigos de internautas. Mas me diz se não é o retrato da penúria.

Eu vejo miséria por todos os lados, em todos os andares dos edifícios, dentro dos carros, fora deles, em portas de escolas e dentro delas, do lado de fora da nossa casa ae também ali comodamente instalada, miséria espiritual, miséria afetiva, miséria intelectual, indigências que tornam o ser humano cada dia mais tosco e bruto. Eu sei que a vida é assim mesmo, que os tempos são outros, que não adianta vir com moralismo e com este papo de que a família tem que participar mais da vida dos filhos, nada adianta, o rio vai seguir correndo para a mesma direção. Eu sei. Mas não me conformo.

O alfabeto tem 21 consoantes, se contarmos o K, o Y e o W. E apenas cinco vogais. Perdê-las é uma metáfora da miséria humana. Cada dia abandonamos as poucas coisas em nós que são abertas e pronunciáveis. Daqui a pouco vamos apenas rugir. Grrrrrrr. E voltar para a caverna de onde todos viemos.


O texto é antigo, 
mas na linguagem informal as mensagens continuam abreviadas...


Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar, e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’”. 
(Jeremias 29:11)

Muitas pessoas permitem que seu passado dite seu futuro.
Todos nós temos um passado, mas todos também temos futuro. 
Deus faz planos para cada um de nós termos um novo começo, mas precisamos estar dispostos a deixar o passado para trás e seguir em frente. 
Abrimos caminho para o novo quando acreditamos no que Deus diz sobre o futuro, por isso, não deixe seus fracassos passados deixarem você sem esperança para o seu futuro sucesso.
Seu futuro não tem espaço para os fracassos do passado.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014


De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: 
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; 
Cuidado com o que anda desabafando; 
Conte até três; 
Antes só do que muito acompanhado; 
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; 
Renunciar não quer dizer que não ame; 
Abrir mão não quer dizer que não queira.

O tempo ensina, mas não cura...

11º mandamento: não desapareça no passado



Eu nunca errei em amar, posso ter errado o destino de meu amor.

Não darei ao passado minha personalidade, minha paixão, meu temperamento, minha esperança.

Não desisto de minha alegria porque alguém não entendeu antes.
Não desisto de minha ingenuidade porque alguém não me cuidou antes.
Não desisto de minha coragem porque alguém se acovardou antes.
Não desisto de mim porque já sofri antes.

Amar é continuar sendo até acertar a companhia.

melô do “pega-todas”


Eu te falei, eu sou um cara descolado
Eu sou um rei, eu tô na pista, eu tô ligado
Namorador, eu tenho todas do meu lado
Quem me conhece diz que eu sou homem safado

Mas estiloso igual a mim, só tem eu
Safadinho e pegador, só tem eu!
O playboy que tira onda, só tem eu
Os doidinhos tudo me invejam, tudo querendo ser eu

(Só tem eu - Gusttavo Lima)

“Felicidade pra mim é pouco. Eu preciso de euforia.” Essa máxima tem mais adeptos do que se pode imaginar. 
Em um mundo de baladas alucinantes e sexo fácil, não é de se estranhar que as verdadeiras parcerias sejam cada vez mais raras. Isso porque o conforto da conchinha em dias frios e do filminho a dois no domingo não tem sido suficiente para satisfazer enérgicos caçadores de êxtase.

A verdade é que algumas pessoas precisam estar em estado permanente de paixão. Só dançar não basta – é preciso ultrapassar todos os limites do seu corpo; só amar não basta – tem que ter orgasmos múltiplos todo dia; se identificar com a profissão não basta – é preciso gostar tanto do trabalho a ponto de ficar ansioso pela segunda-feira.
E os relacionamentos têm obedecido – lamentavelmente – esse vírus moderno da insaciabilidade aguda. 

Arrisco dizer que é por isso que as verdadeiras parcerias caíram de moda. Não se troca mais a liberdade da solteirice pelo tédio que um relacionamento estável supõe. Mas quem se recusa a essa troca certamente desconhece a sensação surreal de uma conchinha. De gargalhadas épicas assistindo a um programa de humor sem graça no sábado à noite. Do tesão inigualável de um sexo com amor (sexo com amor, não necessariamente sexo amorzinho).

As parcerias ainda estariam “em alta” se as pessoas parassem de esperar delas essa tal euforia. Espera-se sexo avassalador diariamente quando, às vezes, se pode querer simplesmente pegar no sono depois do jantar. Espera-se conversa e tagarelices sem fim enquanto se pode, vez ou outra, querer simplesmente permanecer em silêncio – e, calma, isso não é um problema.

Achar que todo relacionamento se sustenta na base do sexo três vezes ao dia e ter certeza de que há algo de errado se o outro recusa é uma utopia. 
O amor é poder ser você mesmo. Poder assumir que quer só dormir de conchinha – sem tabus, sem a obrigação da paudurecência permanente. Sentir-se bem com o outro de chinelo e camisa de propaganda, sem maquiagem e descabelada. 
Eu diria que amar é, acima de tudo, sentir-se à vontade. Sem pressa, sem euforia, sem regras estabelecidas. Porque amor é liberdade.
É preciso aceitar o outro em todas as suas versões, inclusive nos dias ruins. 

A rotina é o preço que se paga pra se ter um grande amor sempre ao lado – um preço irrisório quando ela se torna absolutamente deliciosa. E isso só é possível ao lado de quem se ama. Apaixonar-se é bom. Mas o amor tem privilégios que só podem ser desfrutáveis na calmaria.

(Nathali Macedo)

“Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha.” 

Efésios 4.26

Não leve a raiva para a cama...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014


A felicidade acontece nos detalhes. Nos pequenos detalhes.


admitir o fracasso


Eu estava dentro do carro em frente à escola da minha filha, aguardando a aula dela terminar. A rua é bastante congestionada no final da manhã. Foi então que uma mulher chegou e começou a manobrar para estacionar o seu carro numa vaga ainda livre. Reparei que seu carro era grande para o tamanho da vaga, mas, vá saber, talvez ela fosse craque em baliza.

Tentou entrar de ré, não conseguiu. Tentou de novo, e de novo não conseguiu. E de novo. E de novo. Por pouco não raspou a lataria do carro da frente, e deu umas batidinhas no de trás que eu vi. Não fazia calor, mas ela suava, passava a mão na testa, ou seja, estava entregando a alma para tentar acomodar sua caminhonete numa vaga que, visivelmente, não servia. Ou, se servisse, haveria de deixá-la entalada e com muita dificuldade de sair dali depois. Pensei: como é difícil admitir um fracasso e partir para outra.

Para quem está de fora, é mais fácil perceber quando uma insistência vai dar em nada – e já não estou falando apenas em estacionar carros em vagas minúsculas, mas em situações variadas em que o “de novo, de novo, de novo” só consegue fazer com que a pessoa perca tempo. Tudo conspira contra, mas a criatura teima na perseguição do seu intento, pois não é do seu feitio fracassar.

Ora, seria do feitio de quem?

Todas as nossas iniciativas pressupõem um resultado favorável. Ninguém entra de antemão numa fria: acreditamos que nossas atitudes serão compreendidas, que nosso trabalho trará bom resultado, que nossos esforços serão valorizados. Só que às vezes não são. E nem é por maldade alheia, simplesmente a gente dimensionou mal o tamanho do desafio. Achamos que daríamos conta, e não demos. Tentamos, e não rolou. “De novo!”, ordenamos a nós mesmos – e, ok, até vale insistir um pouquinho.

Só que nada. Outra vez, e nada. Até quando perseverar? No fundo, intuímos rapidinho que algo não vai dar certo, mas é incômodo reconhecer um fracasso, ainda mais hoje em dia, em que o sucesso anda sendo superfaturado por todo mundo. Só eu vou me dar mal? Nada disso. De novo!

De-sis-ta. É a melhor coisa que se pode fazer quando não se consegue encaixar um sonho em um lugar determinado. Se nada de positivo vem desse empenho todo, reconheça: você fez uma escolha errada. Aprender alemão talvez não seja para sua cachola. Entrar naquela saia vai ser impossível. Seu namorado não vai deixar de ser mulherengo, está no genoma dele. Você irá partir para a oitava tentativa de fertilização?

Adote. E em vez de alemão, tente aprender espanhol. Troque a saia apertada por um vestido soltinho. Invista em alguém que enxergue a vida do seu mesmo modo, que tenha afinidades com seu jeito de ser. Admitir um fracasso não é o fim do mundo. É apenas a oportunidade que você se dá de estacionar seu carro numa vaga mais fácil e que está logo ali em frente, disponível.


Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar.
Ap. 3:8 


Obrigada, meu Pai, porque o Senhor é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos.
Ao Senhor toda honra e toda glória,
Amém!!!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


Os loucos às vezes se curam. Os imbecis nunca.


Ter medo de me perder
ainda não é me ganhar

grandes e pequenas mulheres


Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.

Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.

Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.

Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.

Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.

Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.

Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.

Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.

Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulher pequena.


O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.
(Gênesis 9:13)

{Arco-íris visto pela sacada do meu quarto, hoje pela manhã}

Como é lindo, Senhor, ter o privilégio de poder acordar com essa visão.
Obrigada por me dar a certeza de que 
“O Senhor é quem vai adiante de mim; 
o Senhor será comigo, não me deixará, nem me desamparará. 
Deuteronômio 31:8
Obrigada, Pai, por mais este dia!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014



Acordar de manhã, 
olhar pro lado e ver a pessoa que você ama 
é a melhor maneira de começar o dia...


Minha vida ficou mais feliz 
quando eu coloquei um espelho do lado da cama.


Eu me amo, eu mereço, eu me aprovo!
Afinal, a identificação entre mim e eu é total!!!
hehehehe


Quero contar para vocês a estória que mais tenho contado - não aconteceu nunca, acontece sempre. 

Um homem muito rico, ao morrer, deixou suas terras para os seus filhos. Todos eles receberam terras férteis e belas, com a exceção do mais novo, para quem sobrou um charco inútil para a agricultura. 
Seus amigos se entristeceram com isso e o visitaram, lamentando a injustiça que lhe havia sido feita. Mas ele só lhes disse uma coisa: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” 

No ano seguinte, uma seca terrível se abateu sobre o país, e as terras dos seus irmãos foram devastadas: as fontes secaram, os pastos ficaram esturricados, o gado morreu. Mas o charco do irmão mais novo se transformou num oásis fértil e belo. 
Ele ficou rico e comprou um lindo cavalo branco por um preço altíssimo. 
Seus amigos organizaram uma festa porque coisa tão maravilhosa lhe tinha acontecido. Mas dele só ouviram uma coisa: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” 
No dia seguinte seu cavalo de raça fugiu e foi grande a tristeza. 
Seus amigos vieram e lamentaram o acontecido. Mas o que o homem lhes disse foi: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” 

Passados sete dias o cavalo voltou trazendo consigo dez lindos cavalos selvagens. 
Vieram os amigos para celebrar esta nova riqueza, mas o que ouviram foram as palavras de sempre: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.” 
No dia seguinte o seu filho, sem juízo, montou um cavalo selvagem. O cavalo corcoveou e o lançou longe. O moço quebrou uma perna. 
Voltaram os amigos para lamentar a desgraça. “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá”, o pai repetiu. 

Passados poucos dias vieram os soldados do rei para levar os jovens para a guerra. Todos os moços tiveram de partir, menos o seu filho de perna quebrada. 
Os amigos se alegraram e vieram festejar. O pai viu tudo e só disse uma coisa: “Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá...”

Assim termina a estória, sem um fim, com reticências... 
Ela poderá ser continuada, indefinidamente. E ao contá-la é como se contasse a estória de minha vida. 
Tanto os meus fracassos quanto as minhas vitórias duraram pouco. 
Não há nenhuma vitória profissional ou amorosa que garanta que a vida finalmente se arranjou e nenhuma derrota que seja uma condenação final. 
As vitórias se desfazem como castelos de areia atingidos pelas ondas, e as derrotas se transformam em momentos que prenunciam um começo novo. 
Enquanto a morte não nos tocar, pois só ela é definitiva, a sabedoria nos diz que vivemos sempre à mercê do imprevisível dos acidentes. 
“Se é bom ou se é mau, só o futuro dirá.”


Guarda-me como a menina dos olhos, 
esconde-me à sombra das tuas asas.

Salmos 17:8

Deus é o nosso abrigo no temporal e nossa cidade refúgio. 
Com Deus ao nosso lado, somos mais do que vencedores. 
Sob o abrigo de suas asas nós estaremos seguros e mal nenhum nos alcançará.


Senhor, Tu és o meu pastor. Ao Teu lado encontro cuidado e amor. 
Contigo tenho força e coragem para andar por onde for. 
Muito obrigada pela Tua presença. 
Em nome de Jesus. 
Amém!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Sou do tempo em que tristeza era curada com uma mala de roupa pra lavar. 
O sabão e sua espuma sugerindo limpeza. Por dentro e por fora. 
A mesma água lavando sujeiras diferentes, alvejando roupas e alma num mesmo movimento.
Tanque cura tristeza.
Hoje em dia, qualquer tristezazinha já tem de ser medicada com comprimidos que entorpecem a alma.
Coisa mais esquisita. Só porque está um pouco ansiosa, fato normalíssimo na vida humana, já é diagnosticada como deprimida.
Tristeza agora tem outro nome?
Isso é falta do que fazer. Se lavasse uma mala de roupa por dia, certamente estaria bem cansada para dormir a noite toda, mas não.



Cada um tem a sua visão do mundo!

outro você


E dizem que rola um texto na internet com minha assinatura baixando o pau no “Big Brother Brasil”.
Não fui eu que escrevi.
Não poderia escrever nada sobre o “Big Brother Brasil”, a favor ou contra, porque sou um dos três ou quatro brasileiros que nunca o acompanharam.
O pouco que vi do programa, de passagem, zapeando entre canais, só me deixou perplexo: o que, afinal, atraía tanto as pessoas — além do voyeurismo natural da espécie — numa jaula de gente em exibição?
Falha minha, sem dúvida. Se prestasse mais atenção talvez descobrisse o valor sociológico que, como já ouvi dizerem, redime o programa e explica seu fascínio. 
Pode ser. Os “Big Brothers” e similares fazem sucesso no mundo todo. Provavelmente eu e os outros três ou quatro resistentes apenas não pegamos o espírito da coisa.

Também me dizem que, além de textos meus que nunca escrevi (como textos igualmente apócrifos do Jabor, da Martha Medeiros e até do Jorge Luís Borges), agora frequento a internet com um Twitter.
Aviso: não tenho tuiter, não recebo tuiter, não sei o que é tuiter.
E desautorizo qualquer frase de tuiter atribuída a mim a não ser que ela seja absolutamente genial. Brincadeira, mas já fui obrigado a aceitar a autoria de mais de um texto apócrifo (e agradecer o elogio) para não causar desgosto, ou até revolta. 
Como a daquela senhora que reagiu com indignação quando eu inventei de dizer que um texto que ela lera não era meu:
— É sim.
— Não, eu acho que...
— É sim senhor!

Concordei que era, para não apanhar. 
O curioso, e o assustador, é que, em textos de outros com sua assinatura e em tuiters falsos, você passa a ter uma vida paralela dentro das fronteiras infinitas da internet.
É outro você, um fantasma eletrônico com opiniões próprias, muitas vezes antagônicas, sobre o qual você não tem nenhum controle,
— Olha, adorei o que você escreveu sobre o “Big Brother”. É isso aí!
— Não fui eu que...
— Foi sim!


Eis que recebi mandado de abençoar, pois Ele tem abençoado, e eu não posso revogar.
(Números 23:20)

O que Deus nos dá, ninguém pode tirar.
O que Deus abençoa e tem abençoado na nossa vida ninguém pode revogar.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


#mandaquempode!

todo o resto


“Existe o certo, o errado e todo o resto”. Esta é uma frase dita pelo ator Daniel Oliveira vivendo Cazuza, em conversa com o pai, numa cena que, a meu ver, resume o espírito do filme dirigido por Sandra Werneck e Walter Carvalho. Aliás, resume a vida.

Certo e errado são convenções que se confirmam com meia dúzia de atitudes. Certo é ser gentil, respeitar os mais velhos, seguir uma dieta balanceada, dormir oito horas por dia, lembrar-se dos aniversários, trabalhar, estudar, casar-se e ter filhos, certo é morrer bem velho e com o dever cumprido. Errado é dar calote, rodar de ano, beber demais, fumar, se drogar, não programar um futuro decente, dar saltos sem rede. Todo mundo de acordo

Todo mundo teoricamente de acordo, porém a vida não é feita de teorias. E o resto? E tudo aquilo que a gente mal consegue verbalizar, de tão intenso? Desejos, impulsos, fantasias, emoções. Ora, meia dúzia de normas preestabelecidas não dão conta do recado. Impossível enquadrar o que lateja, o que arde, o que grita dentro de nós.

Somos maduros e ao mesmo tempo infantis, por trás do nosso autocontrole há um desespero infernal. Possuímos uma criatividade insuspeita: inventamos músicas, amores e problemas, e somos curiosos, queremos espiar pelo buraco da fechadura do mundo para descobrir o que não nos contaram. Todo o resto.

O amor é certo, o ódio é errado e o resto é uma montanha de outros sentimentos, uma solidão gigantesca, muita confusão, desassossego, saudades cortantes, necessidade de afeto e urgências sexuais que não se adaptam às regras do bom comportamento. Há bilhetes guardados no fundo das gavetas que contariam outra versão da nossa história, caso viessem a público.

Todo o resto é o que nos assombra: as escolhas não feitas, os beijos não dados, as decisões não tomadas, os mandamentos a que não obedecemos, ou a que obedecemos bem demais - a troco de que fomos tão bonzinhos?

Há o certo, o errado e aquilo que nos dá medo, que nos atrai, que nos sufoca, que nos entorpece. O certo é ser magro, bonito, rico e educado, o errado é ser gordo, feio, pobre e analfabeto, e o resto nada tem a ver com estes reducionismos: é nossa fome por idéias novas, é nosso rosto que se transforma com o tempo, são nossas cicatrizes de estimação, nossos erros e desilusões.

Todo o resto é muito mais vasto. É nossa porra-louquice, nossa ausência de certezas, nossos silêncios inquisidores, a pureza e a inocência que se mantêm vivas dentro de nós mas que ninguém percebe, só porque crescemos. A maturidade é um álibi frágil. Seguimos com uma alma de criança que finge saber direitinho tudo o que deve ser feito, mas que no fundo entende muito pouco sobre as engrenagens do mundo. Todo o resto é tudo que ninguém aplaude e ninguém vaia, porque ninguém vê.


Aguardo ansiosamente e espero que em nada serei envergonhado. Pelo contrário, com toda a determinação de sempre, também agora Cristo será engrandecido em meu corpo, quer pela vida quer pela morte; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. 
(Filipenses 1:20-21)

Devemos aceitar cada dia como um dom de Deus e vivê-lo em sua plenitude. Devemos viver cada dia como se fosse o nosso último.
Digamos, por exemplo, que este fosse o último de sua vida.
- Se pudesse voltar atrás, você se envergonharia de como o viveu?
Ou diria: - “Acho que o vivi bem. Fiz o que deveria ter feito. Não tenho nenhum constrangimento real para falar. Foi um dia bem vivido.”
É assim que se deve viver cada dia.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014


Emagreci quatro quilos e as pessoas perguntam maravilhadas “detox in box?”, “dukan”?, “atkins?”, “Ravenna?”. 
Daí eu respondo que foi caganeira mesmo e instauro um clima de profunda decepção no ar. 
Hoje em dia não basta emagrecer, tem que emagrecer com grife. 
Ô mundo chato da porra.  


Eu gosto pra caralho de dinheiro. Fala sério, quem não gosta? Gosto, especialmente, do meu. De trabalhar duro pra gastá-lo do jeito que eu quiser. Porque foda-se, é meu.
O capitalismo é selvagem mas eu não fujo não. Eu gosto de viagens e de roupas  novas, e eu gosto, especialmente, de poder dizer isso sem me sentir menos mulher – porque o dinheiro compra muita coisa boa, embora as melhores, verdadeiramente, sejam de graça.
Mas, na ingênua – ou nem tanto –  opinião desta que vos fala, dinheiro não tem nada a ver com conquista. Tô falando da conquista de verdade, aquela que te deixa com o coração acelerado e olhos e ouvidos vidrados no telefone, mesmo que só por uns dias.
Eu sinto uma piedade cruel – não sei se isso existe, mas eu sinto – desses homens que arrotam por aí: “Que nada, mulher gosta é de dinheiro”. Quando ouço esse discurso tão pobre e clichê, tenho certeza que se trata de um coitado punheteiro, querendo se justificar porque não encontra ninguém de verdade. Ou porque vive rodeado de mulheres interesseiras nas noites de sábado, mas passa os domingos de frio sozinho se questionando porque ninguém se interessa pelas suas qualidades. “Eu tenho dinheiro, o que é que tem de errado?”
Homens adeptos dessa teoria são, geralmente, pobres de qualidades. Ou até as tem, mas acabam por suprimi-las, por falta de autoconfiança ou por acreditar de verdade que é o dinheiro que importa. Mulher gosta de dinheiro, meus caros. Até a sua santa mãezinha gosta, mas isso, definitivamente, não é suficiente para ter uma mulher de verdade ao seu lado. Porque mulheres de verdade ganham o próprio dinheiro e esperam um homem que tenha algo mais a oferecer do que a droga de um carro do ano e uma carteira recheada – um homem que possa oferecer o que nós não podemos conquistar sozinhas, o que só a paixão e a emoção de verdadeiros encontros podem proporcionar: frio na barriga e brilho nos olhos.
Portanto, em vez de sair por aí arrotando que a sua carteira é capaz de resolver todos os seus problemas, preocupe-se em ser alguém com quem uma mulher de verdade queira estar. Alguém com um papo bacana e um sexo mais bacana ainda, alguém que mostre menos e seja mais. Um homem que não se subestima e não subestima a mulher que tem ao lado.
Porque carteiras cheias e mentes vazias nós reconhecemos de longe – e, pode acreditar, não nos interessa.
_______Nathalí Macedo

a rua da palavra


O marido bate na mulher quando não tem mais palavras.
A mãe bate no filho quando não tem mais palavras.
O motorista sai do carro para brigar quando não tem mais palavras.
Manifestantes invadem lojas e depredam a cidade quando não tem mais palavras.

A palavra é o último reduto da sensibilidade. A fronteira derradeira.
Quem perde a palavra perde o respeito.
Quem perde a palavra perde o silêncio.
Quem perde a palavra perde o direito de protestar.
Quem perde a palavra perde a solidão, o lugar para voltar.
Quem perde a palavra perde a causa, perde o fôlego, perde a justiça.
Perde-se definitivamente.

A palavra é contundência. Depois dela, só vem a crueldade, a truculência, a covardia.
A palavra é firmeza. Depois dela, só vem medo e desconfiança.
A palavra é ouvinte. Depois dela, a memória desaparece.
A palavra é o rosto da voz, essa digital do vento. Depois dela, não restam traços, não resta tinta.
A palavra é responsabilidade, é decisão, é destino. Depois dela, o anonimato é inconsequente e criminoso.
A palavra é fé. Depois dela, seja o que Deus quiser.
A palavra é paz de estar com a verdade. Depois dela, vem o exagero, a distorção, a mentira.

Abdicar da palavra é entregá-la para os sinônimos errados, para as pessoas erradas.

A palavra é o quintal derramado na rua. Depois dela, as vitrines são becos.
A palavra é ter espaço para frente e para trás. Já a violência sem palavras é um avião que não recua, que não dá ré, que somente avança ao desastre.
A palavra é tempo oferecido. Tempo de justificar. Tempo de convencer. Tempo de explicar as escolhas.

Sem palavra, o tempo é ruína, o tempo é explosão, o tempo é avareza.

A palavra é confiança da resposta. Depois dela, somos animais. Só quebramos para mostrar força, só destruímos porque não entendemos o mundo.
A palavra é generosidade. Depois dela, só vem a soberba, a arrogância, o preconceito.

Palavra é vidro. Tem que se preservar inteira para não cortar.


Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro.
(Mateus 13:30)

Mas chegará o dia em que Deus, que conhece todos os corações, vai separar o joio do trigo, o verdadeiro do falso. E somente Ele poderá fazer isto.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014


Desde o início do 10º BBB circula na internet um texto atribuído a Luís Fernando Veríssimo que tece duras críticas sobre o reality show global:

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. 
A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. 
O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. 
Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. 
Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. 

O BBB é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. 
Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. 
Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. 
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. 
Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? 

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. 
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. 
São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. 
E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. 
Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por detrá$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. 
Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. 
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana, Gonçalves Dias ou de Neruda, o blog Nuvens de Algodãoou qualquer outra coisa, ir ao cinema, estudar, ouvir boa música, cuidar das flores e jardins, telefonar para um amigo, visitar os avós, pescar, brincar com as crianças, namorar ou simplesmente dormir. 

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade!


#nm:
Nada contra quem assiste e gosta...
Há quem gosta até de “Teste de Fidelidade” .
Na minha modesta opinião, o BBB é um programa qualquer, 
que tem a finalidade de divertir as pessoas, 
sem qualquer pretensão de ser educativo.
Se não faz o estilo, se incomoda, não quer assistir, troca de canal.
Simples assim! 
Tem sbt, record, band, redetv. 
Tem tv a cabo? Melhor ainda... tem dezenas de canais.

Quanto ao texto acima, não é de Veríssimo.
É de autoria de Marcelo Guido, 
que o publicou no portal Usina de Letras
com o título BBB: Bela Bo$ta Bra$ileira

* por minha conta... hehehehe