Fiz minha primeira
mamografia aos 39 anos. Cheguei na clínica sem saber direito do que se tratava.
Achei
que o exame era parente das tomografias computadorizadas e que eu ficaria à
disposição dos médicos por muitas horas.
Coragem.
Foi
quase uma decepção. O exame leva poucos minutos.
A
funcionária da clínica tira duas radiografias do seio esquerdo e depois duas do
seio direito. Mais uns minutos aguardando para avaliarem se o procedimento foi
bem realizado ou se será preciso repetir, e, não precisando, pode colocar sua
roupa e adeusinho, passe bem.
Só
isso?
É
rápido e indolor, mas não é só isso.
É tudo
isso.
Tudo o
que uma mamografia significa: a diferença entre a vida e a morte, por mais
dramática que essa frase possa soar.
Em
pouco tempo, o resultado estará em suas mãos e, com sorte, você não terá nada,
saúde perfeita.
Eu fiz
umas quantas mamografias depois da primeira, e o resultado foi sempre positivo.
Com
menos sorte, mas com sorte ainda, você talvez descubra um pequeníssimo nódulo,
e o fato de tê-lo descoberto tão cedo dará a você a chance de extraí-lo sem
maiores traumas e tocar sua vida normalmente.
Mulheres
que têm condições de marcar hora numa clínica particular não o fazem por
preguiça, pois informação temos tido bastante, inclusive existe o Outubro Rosa,
uma iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio a
Saúde da Mama (Femama), que visa conscientizar as mulheres da importância de se
prevenir contra um dos cânceres que mais mata no Brasil.
Mas,
infelizmente, a maioria das mulheres não pode ir a uma clínica, tendo que
recorrer ao SUS.
Por
isso, reivindicamos aos órgãos públicos maior sensibilização quanto à
necessidade de se adquirir novos equipamentos e consertar aqueles que estão
estragados, a fim de que a mamografia seja um exame tão corriqueiro quanto
tirar sangue num laboratório.
Mamografia
não é luxo. É um direito.
São
esses os passos para diminuirmos os índices alarmantes de mulheres que morrem
de um câncer que poderia tranquilamente ser curado.
Primeiro:
que todos os hospitais e postos de saúde tenham o equipamento funcionando para
que possam atender dezenas de pacientes todos os dias, já que é um exame que
não toma muito tempo.
Segundo:
que as próprias mulheres se interessem mais pelo assunto e não entreguem seu
destino nas mãos de Deus.
Há
diversas razões que levam ao óbito, e a pior delas é a morte por ignorância.
Outubro
Rosa é só o nome de uma campanha, mas pode se estender para novembro, dezembro,
janeiro.
E você
nem precisa gostar de cor-de-rosa.
Mais
importante do que ser identificada como uma mulher feminina é ser identificada
como uma mulher inteligente.
Faça
já.
A mamografia é
considerada o melhor exame para rastrear o câncer de mama, a segunda causa de
morte entre as brasileiras. Ela consegue detectar uma lesão tão pequena quanto
uma ervilha.
Trata-se
de um exame feito com um aparelho de raio X chamado mamógrafo, que radiografa a
mama para detectar o câncer no estágio inicial, quando as lesões ainda são
milimétricas.
O
exame também dá um ‘flagra’ em cistos, nódulos e calcificações na mama.
Para
mulheres que não têm histórico de câncer de mama na família, recomenda-se fazer
um exame anual a partir dos 40 anos.
O grau
de desconforto depende da sensibilidade de cada mulher.
A
mama, uma de cada vez, é colocada sobre uma espécie de bandeja e é comprimida,
o que deixa o exame mais dolorido para as mulheres com pouco peito.
Evite
fazer o exame no período pré-menstrual, quando as mamas estão mais sensíveis!
#ficaadica
#mamografia: eu faço!