"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



sexta-feira, 25 de maio de 2012

entre de peito nessa



Fiz minha primeira mamografia aos 39 anos. Cheguei na clínica sem saber direito do que se tratava.
Achei que o exame era parente das tomografias computadorizadas e que eu ficaria à disposição dos médicos por muitas horas.
Coragem.

Foi quase uma decepção. O exame leva poucos minutos.
A funcionária da clínica tira duas radiografias do seio esquerdo e depois duas do seio direito. Mais uns minutos aguardando para avaliarem se o procedimento foi bem realizado ou se será preciso repetir, e, não precisando, pode colocar sua roupa e adeusinho, passe bem.

Só isso?
É rápido e indolor, mas não é só isso.
É tudo isso.
Tudo o que uma mamografia significa: a diferença entre a vida e a morte, por mais dramática que essa frase possa soar.
Em pouco tempo, o resultado estará em suas mãos e, com sorte, você não terá nada, saúde perfeita.
Eu fiz umas quantas mamografias depois da primeira, e o resultado foi sempre positivo.

Com menos sorte, mas com sorte ainda, você talvez descubra um pequeníssimo nódulo, e o fato de tê-lo descoberto tão cedo dará a você a chance de extraí-lo sem maiores traumas e tocar sua vida normalmente.

Mulheres que têm condições de marcar hora numa clínica particular não o fazem por preguiça, pois informação temos tido bastante, inclusive existe o Outubro Rosa, uma iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio a Saúde da Mama (Femama), que visa conscientizar as mulheres da importância de se prevenir contra um dos cânceres que mais mata no Brasil.

Mas, infelizmente, a maioria das mulheres não pode ir a uma clínica, tendo que recorrer ao SUS.
Por isso, reivindicamos aos órgãos públicos maior sensibilização quanto à necessidade de se adquirir novos equipamentos e consertar aqueles que estão estragados, a fim de que a mamografia seja um exame tão corriqueiro quanto tirar sangue num laboratório.
Mamografia não é luxo. É um direito.

São esses os passos para diminuirmos os índices alarmantes de mulheres que morrem de um câncer que poderia tranquilamente ser curado.
Primeiro: que todos os hospitais e postos de saúde tenham o equipamento funcionando para que possam atender dezenas de pacientes todos os dias, já que é um exame que não toma muito tempo.
Segundo: que as próprias mulheres se interessem mais pelo assunto e não entreguem seu destino nas mãos de Deus.
Há diversas razões que levam ao óbito, e a pior delas é a morte por ignorância.

Outubro Rosa é só o nome de uma campanha, mas pode se estender para novembro, dezembro, janeiro.
E você nem precisa gostar de cor-de-rosa.
Mais importante do que ser identificada como uma mulher feminina é ser identificada como uma mulher inteligente.

Faça já.

A mamografia é considerada o melhor exame para rastrear o câncer de mama, a segunda causa de morte entre as brasileiras. Ela consegue detectar uma lesão tão pequena quanto uma ervilha.
Trata-se de um exame feito com um aparelho de raio X chamado mamógrafo, que radiografa a mama para detectar o câncer no estágio inicial, quando as lesões ainda são milimétricas.
O exame também dá um ‘flagra’ em cistos, nódulos e calcificações na mama.
Para mulheres que não têm histórico de câncer de mama na família, recomenda-se fazer um exame anual a partir dos 40 anos.
O grau de desconforto depende da sensibilidade de cada mulher.
A mama, uma de cada vez, é colocada sobre uma espécie de bandeja e é comprimida, o que deixa o exame mais dolorido para as mulheres com pouco peito.
Evite fazer o exame no período pré-menstrual, quando as mamas estão mais sensíveis! 

#ficaadica
#mamografia: eu faço!