"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



segunda-feira, 30 de maio de 2011


“Não te assuste a escuridão,
nem te deslumbres com a claridade.”

Assim como protegemos nossa felicidade, temos também que proteger nossa infelicidade.
Não há nada mais desgastante do que uma alegria forçada.
Se você está infeliz, recolha-se, não suba ao palco.
Disfarçar a dor é dor ainda maior.

Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar
de ser boa com os outros e ser boa - primeiramente - com a gente.

Fiquei amarga? Não mesmo.
Agora eu sou prática.
Vacilou? A porta está aberta, meu bem.
Sem dó nem piedade.

De vez em quando a gente tem que reconhecer que o mundo fica chato.
Que as coisas ficam sem graça.
Que fica tudo um saco mesmo.

Porque a gente cresce o tempo inteiro com essa história de que os melhores estão sempre alegres e não se abalam com as adversidades da vida.
Resignam-se, suportam tudo.
Que as pessoas admiráveis não choram e não sofrem de melancolia.
“Você é forte!” eles dizem. “Mas olha, como ela é guerreira!”.
Todos querem ser de rocha, mas até os guerreiros surtam um dia.
E que se foda.
Que a gente se permita surtar, para então não enlouquecer.

(Pitty)

“Há em você alguma coisa de mim.
Alguma coisa que eu vejo e me acalma.
Como se eu pudesse deitar de novo no lugar de onde vim, pois só você sabe que lugar é esse.
Então você me entende…
E eu não me entendo tanto quanto entendo de ti.
Talvez isso seja amor.
Talvez não.
Seja lá o que for, é incondicional.”


''Há no coração de cada um de nós, por essência, uma música que é somente nossa, inigualável, intransferível.
Por várias razões, conhecidas ou não, às vezes aprendemos desde muito cedo a diminuir, gradativamente, o seu volume e inventar ruídos que nada tem a ver com ela para nos relacionarmos com nós mesmos e com os outros.
Até que chega um tempo em que desaprendemos a entrar no nosso próprio coração para ouvi-la e, porque não passeamos mais nele, porque não a ouvimos mais, não é raro esquecermos completamente que ela existe.
Mas, como toda ignorância, toda indiferença, toda confusão, não são capazes de apagar a beleza original dessa partitura impressa na alma, ela continua tocando, ainda que de forma imperceptível. Continua tocando, à espera do dia em que, de novo ou pela primeira vez, possamos aumentar o seu volume, trazê-la à tona, compartilhá-la.
Continua tocando, e alguns são capazes de escutá-la mesmo quando não conseguimos.

Todo encontro genuíno de amor é também o encontro de duas pessoas que conseguem ouvir a música uma da outra e sentir alegria e descanso com aquilo que ouvem.
Conseguem ouvir, não importa quantos ruídos tenham inventado pelo caminho para se proteger da dor afastando a vida.''

Eu, porém, olharei para o SENHOR;
esperarei no Deus da minha salvação;
o meu Deus me ouvirá.
Miquéias: 7-7

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Eu te amo" não é "bom dia"


Fico pasma com a fugacidade que as pessoas deram ao amor.
É impressionante como que com poucas semanas de relacionamento, os amantes já se declaram apaixonados, fazem juras de amor eterno, declarações pra quem quiser ver e ouvir.
Ainda mais nos meios digitais, flogs e orkuts.
Efêmeros “eu te amo”.

Tudo bem que quando se tem 15, 16, 17 anos, você realmente acha que é completamente apaixonada por aquele garoto e que nunca, jamais, em hipótese nenhuma vai deixar de ser.
Mas quando você ultrapassa duas décadas,
as coisas mudam de perspectiva.
Falar “eu te amo” toma uma dimensão muito maior.
Quando você diz que ama alguém, quer dizer que admira absolutamente tudo naquela pessoa.
Você ama as qualidades positivas, mas, principalmente, conhece as negativas e mesmo assim continua apaixonado.
Sabe aquelas coisinhas irritantes em qualquer pessoa do mundo?
Pois é, na pessoa amada elas são coisinhas irritantemente lindas.

Amar não é ser cego, mas é saber que ninguém é perfeito pra ninguém, que todo mundo é passível (e como!) de erros, e que mesmo amando de verdade alguém você não está livre de magoá-lo.
E acho que no fundo, tudo se baseia nisso: magoar e ser perdoado.
Porque perdoar alguém que te machucou de verdade, ah, isso sim é amor.

Eu sempre fui uma pessoa muito romântica, dessas à moda antiga, que sonham com serenatas na janela, buquês de rosa em dias comum, declarações ao pé do ouvido, luz de velas
e tudo o mais que os filmes românticos propagam.
Mas eu não acredito no amor à primeira vista.
Paixão sim, mas amor é muito maior.

Amor não aparece do nada, e nem vai embora do nada.
Amor é aquele estágio pós-paixão, quando você começa a conhecer todos os defeitos da pessoa e mesmo assim quer continuar junto.
É quando você começa a pensar no plural, o singular não existe mais.
É quando você para de sonhar e começa a realizar.
Amor se conquista. Amor se aprende, é um exercício constante.

Porque dizer que ama é fácil; difícil mesmo é provar.
E eu não falo de declarações explícitas,
presentes caros e beijos apaixonados.
Tudo isso tem de ser conseqüência.
Amar é cuidar quando a pessoa fica doente, assistir aquele filme chato com cara de feliz, é trazer aquele doce gostoso na tpm, é olhar nos olhos e já saber o que a outra pessoa está sentindo, é sorrir só de vê-lo sorrindo, é abraçar e dar o ombro pra chorar sem perguntar absolutamente nada, é brigar feio e mesmo assim ainda querer ficar com ela, é se sentir preenchido.

E acho que você nunca deixa de amar uma pessoa.
Quando um relacionamento termina, não é porque você nunca a amou (entenda aqui que estou me referindo a relacionamentos e amor de verdade).
Mas é porque o amor se tranformou em algo diferente, como amizade.
Amor de verdade não desaparece.
E não apenas o amor romântico, mas todos os tipos de amor,
especialmente a amizade.

Proponho agora um movimento.
Vamos lutar contra a banalização do “eu te amo”.
Porque “eu te amo” não é “bom dia”!

~ Ana Bürger ~

Tentei não fazer nada na vida
que envergonhasse
a criança que fui.


Eu juro que também tentei e tento.
Hoje, a criança prevalece (apesar dos 'dodóis'), mas procuro ser o melhor exemplo para o meu filho... com isso eu já seria feliz.

"Da criança que chorava à toa, tornei-me a mulher que ri de si mesma.
Sou uma mulher que sorri."

Preocupe-se mais com a sua consciência
do que com sua reputação,
porque sua consciência é o que você é
e sua reputação é o que os outros pensam de você
e o que os outros pensam, é problema deles.

(? Bob Marley ?)

para o Pequeno Príncipe


Nossa, há quanto tempo... Como vão as coisas no seu pequeno planeta? Aqui, no meu, andam imensamente estranhas – muito baobá para pouca flor, se é que você entende meus simbolismos.

Quem sempre fala de você é aquela ex-miss que vivia chorando por sua causa, lembra? Ela me contou da sua amizade com a Raposa.

Príncipe, como você é meu amigo de infância, não posso deixar de alertá-lo. Cuidado com a Raposa. Ela parece uma coisa, mas é outra. Faz-se de fofa e é uma cobra, uma chantagista.

Quando a conheci, ela disse que não podia conversar comigo, pois não sabia quem eu era. “A gente só conhece bem as coisas que cativou”, ela falou, toda insinuante.

Respondi que, se nós duas nos cativássemos, ela ficaria triste quando eu fosse embora. Foi quando saquei que ela queria ter um cacho comigo, pois a Raposa pegou no meu cabelo – eu estava loira na época – e disse que tudo bem, porque ela olharia os campos de trigo e se lembraria de mim.

Marcamos um encontro para o dia seguinte, às 4. E ela me pediu para chegar às 4 em ponto, dessa forma ela ficaria feliz desde as 3 somente por esperar o momento do nosso encontro. Achei estranho, mas pensei que fosse charme. Não era.

Cheguei 15 minutos atrasada e a Raposa surtou. Falou que nós somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. E perguntou para mim, olhando diretamente nos meus olhos, se eu tinha consciência de que “perder tempo” com o outro é o que faz essa história importante.

Percebeu o tom de chantagem? Ela joga na cara tudo o que faz em nome do outro. Ela deseja afeto, mas o quer como uma responsabilidade de mão única. Porém, também somos responsáveis quando nos deixamos cativar – relacionamentos são vias de mão dupla.

A Raposa exige a certeza de um compromisso com hora marcada, impondo regras à troca afetiva. As regras dela, claro, já que ela quer todo o afeto a favor de seu bem-estar. Chega a ponto de dizer que será feliz porque você virá. Como se a felicidade fosse algo condicionado ao outro, à espera do outro, ao encontro com o outro.

Veja que coisa infantil. São as crianças que precisam de horários certinhos e de associar suas emoções às pessoas com quem se relacionam. Sentindo prazer ou desprazer diante da ausência ou presença da mãe ou do pai ou de quem quer que seja. Na criança, ainda não há um universo interior, entendeu? Quando nós crescemos, temos de conseguir ver o mundo através das próprias perspectivas. Enxergar a beleza de um trigal sem nos lembrar de ninguém.

A Raposa, como uma criança assustada, quer que aqueles que a amam estejam com ela na hora em que ela deseja. Achando que eles são “responsáveis” pela felicidade dela. Ou seja, o outro lhe deve algo por tê-la cativado.

Desde esse dia, não falo mais com ela. E aconselho você a fazer o mesmo. Ela não é flor que se cheire.

Saudades distantes,

"Minha alma se gloriará no Senhor, ouçam os oprimidos e se alegrem"
Salmo 34:2-7

terça-feira, 24 de maio de 2011

- Pai...
- Hmmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino...
- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.
- Não devia ser "a sexa"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não! Desculpe, porque não. "Sexo" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- Sexo mesmo. Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É. Quer dizer... Olha aqui: tem sexo masculino e o sexo feminino, certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
- A palavra é masculina.
- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculino seria "o palavra"
- Chega! Vai brincar, vai...

O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
- Temos que ficar de olho nesse guri...
- Por quê?
- Ele só pensa em gramática!

E agora, Maria?
Você veio e me amou
O meu coração encantou
O nosso amor aumentou
Do seu parceiro não se libertou

E agora, Maria?
Eu sem você aqui
Sem a sua doce palavra
Sem seu calor
Sem seu amor
Como eu fico?

E agora, Maria?
Os minutos passam
As horas voam
Os dias acabam
O tempo não volta

E agora, Maria?
Você tem a chave na mão
E não abre a porta
Você não sai
Você não entra
Você não vem
E se você saísse?
E se você não voltasse?
E se você ficasse aqui?
Meu corpo quer seu corpo
Seu corpo quer meu corpo
Uma alma quer a outra
As almas querem tudo!
Maria, e agora?

(pedindo licença ao Drummond - Omar Costa de Umbro)

E agora, José?


A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, pra onde?


A tua misericórdia, Senhor, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens. ~>Salmos 36:5

segunda-feira, 23 de maio de 2011


"Dor não tem nada a ver com amargura.
Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais,
é pra ensinar a gente a viver.
Desdobrável.
Cada dia mais rica de humanidade."

Ficava procurando tesouros em minas perigosas,
em cantos escuros,
esquinas, becos,
 lugares improváveis e absurdos,
e esquecia de procurá-los dentro de mim mesma...
é porque me procurava e também não me achava.

A vida, meus amigos, é uma eterna busca pelo infinito,
pelo que há de mais bonito,
é um que de perfeição onde só o imperfeito vive.
Uma constante procura,
uma eterna magia.

E viver tem sido, a mim, inexplicavelmente mágico.
Vivo e só vivo porque sinto!

Procurar o que me faça sentir,
meus pequenos tesouros,
tem me aberto um mundo de vivências e possibilidades...
a isso eu chamo de intensidade,
porque vida que é vida precisa ser devorada e digerida.
Jamais mastigada pela metade.


Vou colorir meus dias com cores vivas,
mesmo que o meu céu esteja cinzento.
Vou conversar com as minhas roseiras, ainda em botões,
contar para elas histórias doces e felizes.
Vou sorrir para as açucenas e cantarolar com os pardais.
E quando as primeiras chuvas derem sinal, meus jardins já estarão
regados e alimentados pelas águas da fé e esperança.

= Arnalda Rabelo =

Aprendendo a desaprender


“Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros.
Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender… praticamente tudo.

Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes.
Vida é constante aprendizado.
A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito “sabe-tudo”.
Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?

As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância.
Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos.
E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla.
Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.

Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho.
Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado.
Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz.
Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.

A solução é voltar ao marco zero.
Desaprender para aprender.
Deletar para escrever em cima.

Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida.
Basta desaprender o receio de mudar.”

Quanto ao mais, irmãos,
tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é honesto,
tudo o que é justo,
tudo o que é puro,
tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama,
se há alguma virtude,
e se há algum louvor,
nisso pensai.

(Filipenses 4:8)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mania de explicação


"Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa.
Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra.
As pessoas até se irritavam.
Irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito,
com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia.
Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora.
Então ela ficava lá, explicando, sozinha.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco.
Pouco é menos da metade.
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.
Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento.
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Renúncia é um não que não queria ser ele.
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja.
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro.
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo.
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.
Desatino é um desataque de prudência.
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.
Emoção é um tango que ainda não foi feito.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da placa "perigo" o desejo vai e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não.
Amor é um exagero...
Também não.
É um desadoro... Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina."

(Adriana Falcão)

Eu sou uma espécie quase em extinção:
eu acredito nas pessoas.

Textura


De que são feitos os afetos?

São tecidos com fios de sol,
mesmo quando as nuvens,
enganosa-mente,
temporária -mente,
parecem capazes de emudecê-lo.
  

“A vida nunca me tirou além do suportável.
Mas eu só percebi isto quando superei a perda.”

O amor não correspondido capaz de mais nos ferir
é o que a vida nos dedica e nem sempre retribuímos.
Chega uma hora em que ela cansa,
com razão,
de amar sozinha.

"Assim como os perfumes alegram a vida,
a amizade sincera dá ânimo para viver."

(Provérbios 27:9)

quinta-feira, 19 de maio de 2011


Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia
Que insiste em nos rodear

Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão

Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão

Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não

(...)

(Tempos modernos - Lulu Santos)

(des)necessária defesa


A minoria dos "maus" tem nas mãos a arma mais poderosa, o instrumento mais eficaz na hora de combater, paralizar ou minar muitos milhares de pensamentos ou boas intenções...
Incutem com perspicácia ideologias e ajudam a sustentar e a disseminar o mal, enquanto a maioria permanece estática, tomando sua coca cola de todo dia e consumindo ferozmente tudo mais que o capitalismo selvagem propagar através da mídia...
Nos vendem imagens, mas não consciência.
Utilizam-se do belo e do que toca a muitos, para alienar, conformar e movimentar negócios hiper lucrativos para poucos...
Enquanto uma arma é traficada, sei lá quantos mil continuam sorrindo e saboreando seu refrigerante na inércia de sempre...
Mas com um olhar crítico, análise e discernimento tudo é válido, qualquer mensagem é positiva!

. . .


Encontrei esse 'comment' no vídeo da propaganda.
Como esse blog é democrático e existe o direito à liberdade de expressão (e de opinião), resolvi postá-lo, apesar de não ser tão negativista quanto a pessoa que comentou.

Como diz certa música, "eu quero crer no amor, numa boa", e acreditando no amor, podemos também "ver a vida melhor no futuro" e concordarmos que realmente os bons são a maioria.

Estratégia de marketing da Coca-Cola?
Claro que sim, apesar dessa pobre mortal - que não é cocólatra, mas adora o refrigerante - pensar que ela não precisa, pois o produto fala por si.
O comercial não vai mudar o mundo, mas se todas as empresas (mesmo que apenas por fins lucrativos) tentassem convencer as pessoas a acreditarem no bem e praticarem o bem, o mundo seria bem melhor.

É só!

Ainda existem razões para acreditar



Segundo uma pesquisa feita pela Coca-Cola,
no mundo, há mais soluções do que problemas,
as coisas boas acontecem a todo momento,
os bons são a maioria 
e tudo pode mudar para melhor.

Eu prefiro acreditar que sim!!!


Música original: Whatever - Oasis
Outra gravação (imagem e som estão péssimos, mas a orquestra dá um show à parte)

Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada.

~ Edmund Burke ~

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças,
de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens,
o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

(Rui Barbosa)

“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz,
 nisso está pecando”
(Tg 4.17)