Do que me prende à terra,
desfaço o laço
e me afasto
porque não sou de chão
... só de pássaros
De asas nos pés
acerto o compasso
apresso o passo
apresso o passo
e leve sigo
porque sou de plumas
de levitares
e de suspiros
em brisas ou furações
Eu sou de ventos
Eu sou de ventos
E sou de vôos
num rasgar de céus azuis
E quando asas me faltarem,
serei de quedas
... ainda que abismais.