Ela quer carregar
o mundo.
Nos braços, nas
costas, no bolso, no coração.
Não importa o
peso, ela aceita o desafio. Tem pressa, tem sede, mil idéias e ideais. Faz
planos, mas, impulsiva, fica na expectativa do “grand finale” e se atrapalha.
Ainda assim, ela continua. Tropeça, aprende e recomeça.
Ela quer conhecimento,
horizontes e motivos pra sorrir. Mais dias no calendário, mais noites e
madrugadas e mais de vinte e quatro horas, só pra variar.
Ela é uma, mil em uma
e não tem sono no fim do dia. Mas às cinco, a tortura, ela tem sono pra
acordar. Arruma e desarruma armários, a vida, o pensamento. Rabisca e
guarda papéis, paga contas, revê fotos, amigos e filmes preferidos. Ouve e
sente boa música, aumenta com prazer o som e quando é injustiçada, ela desaba e
perde o tom. Se mostra mulher, se vê menina e quer pintar o quarto de lilás.
Ela já teve mais pique, mas mesmo cansada persiste. Aposta no que há de vir e
não desiste da correria. E ela corre... contra o tempo. Do tédio e da solidão.
Cozinha quando tem fome, inventa receitas inéditas, tem preguiça aos domingos,
pinta as unhas de vermelho, aprende um novo idioma, compra e lê um velho livro,
sonha e busca um novo rumo, abraça muitos, briga com meio mundo e escreve sobre o amor.
___Yohana SanFer