Falando nisso,
ainda não é Natal, mas é tempo de agradecer.
Todo dia não é dia
de Natal, mas posso cuidar muito bem de inventar uma festa, reunir amigos e
celebrar a vida.
Hoje é um dia
comum. Amanhã um dia normal, mesmo assim vou pensar em um novo projeto, vou
andar por aí e fazer uma boa ação. Vou arrumar meu guarda roupa, retirar aquilo
que não serve e doar para quem precisa.
Não é Natal, mas
tempo de gentilezas infinitas, perdão inusitado, abraço inesperado.
Hoje é dia comum.
Não é Natal.
Não comprei
presentes. Não decorei a casa. Não fiz ceia.
Não é Natal, mas
comemoro a vida. Refiz os planos, ajeitei a roupa, comecei de novo porque não é
Natal.
Não fiz amigo
secreto, não celebrei com todos, não convidei a família, não fiz as pazes com
os inimigos, não dei abraços fraternos, não planejei as férias porque não é
Natal.
Fiz o meu melhor.
Acolhi, abracei, escutei quem nunca eu tinha escutado, mesmo não sendo Natal.
Não cometi pecados
para depois pedir perdão. Não fiquei irada para depois repensar e me
acalmar.
Agi naturalmente,
pois ainda não é Natal. E nunca será, porque eu não posso esperar apenas no
Natal, para ser melhor. Nunca será um tempo específico, marcado para comemorar,
celebrar, mudar, aparentar.
Todo dia é dia de
vida nova. Eu não posso esperar uma data para tornar-me aquilo que é minha
obrigação.
Então, não é
Natal.
O ano todo é tempo
de ser. Tempo de comemorar. Tempo de celebrar.
Se não for festa,
celebrar o ato de viver.