"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

não é Natal!


Falando nisso, ainda não é Natal, mas é tempo de agradecer. 
Todo dia não é dia de Natal, mas posso cuidar muito bem de inventar uma festa, reunir amigos e celebrar a vida. 
Hoje é um dia comum. Amanhã um dia normal, mesmo assim vou pensar em um novo projeto, vou andar por aí e fazer uma boa ação. Vou arrumar meu guarda roupa, retirar aquilo que não serve e doar para quem precisa.
Não é Natal, mas tempo de gentilezas infinitas, perdão inusitado, abraço inesperado. 
Hoje é dia comum. Não é Natal.
Não comprei presentes. Não decorei a casa. Não fiz ceia. 
Não é Natal, mas comemoro a vida. Refiz os planos, ajeitei a roupa, comecei de novo porque não é Natal.
Não fiz amigo secreto, não celebrei com todos, não convidei a família, não fiz as pazes com os inimigos, não dei abraços fraternos, não planejei as férias porque não é Natal. 
Fiz o meu melhor. Acolhi, abracei, escutei quem nunca eu tinha escutado, mesmo não sendo Natal.
Não cometi pecados para depois pedir perdão. Não fiquei irada para depois repensar e me acalmar. 
Agi naturalmente, pois ainda não é Natal. E nunca será, porque eu não posso esperar apenas no Natal, para ser melhor. Nunca será um tempo específico, marcado para comemorar, celebrar, mudar, aparentar.
Todo dia é dia de vida nova. Eu não posso esperar uma data para tornar-me aquilo que é minha obrigação. 
Então, não é Natal. 
O ano todo é tempo de ser. Tempo de comemorar. Tempo de celebrar. 
Se não for festa, celebrar o ato de viver.