Pessoas vão embora de
todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço,
da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos
um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente.
A vida segue: doendo,
rasgando, enchendo de saudade…
Depois nos dá aceitação,
ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase
engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela
peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se
esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido.
E se a gente sente com
estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora.
Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que
pode durar cem anos ou cinco minutos.
E não importa quanto
tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele
tempo. Segundos podem ser eternidades… ou não. Depende da ocasião.