“E eu tenho esta vida que
é toda minha, absolutamente sob minha responsabilidade. E quando eu erro, às
vezes, acabo acertando, às vezes termino arrependida, mas eu tento, sempre
tento. E avanço mesmo quando isto significa dar uma pausa e esperar, pois o tempo
certo é o tempo do tempo mesmo e o que é melhor nem sempre é o que se anseia
avidamente.
Felicidade é uma bestagem
dessas: matar saudade, matar a fome com aquilo que se tem vontade, perder o
medo, conquistar um amigo, encontrar um amor, mas estar totalmente inteiro no
lugar que se escolheu. E querer bem: a si, ao Outro, ao Mundo. Um bem-querer
que inunda tudo. E sossegar nossas paixões para, quando tivermos de lançar mão
delas, nos mover com voracidade em direção àquilo que se quer, porque é justo e
merecido.
Felicidade é receber uma
boa notícia: um bocado de alegria inusitada que só poderia ser minha porque eu
tenho esta vida onde eu vivo inteira. Esta é minha riqueza e quem cuida dela
sou eu: me decepciono, me iludo, me machuco, erro, acerto, amo demasiado, tenho
ímpetos de fúria, fomes de solitude, vontades insaciáveis de mato, água doce e
salgada, sol e chuva. Eu tenho apetite de sonhos novos...
Eu vivo em pleno estado
de Gratidão.”