“Sempre achei que o
melhor professor de português do Brasil foi o Pelé. Quem o viu jogar ou hoje vê
os seus teipes sabe que o Pelé jamais fez uma jogada que não fosse parte de uma
progressão para o gol. O sentido de tudo que o Pelé escrevia com a bola no campo
era o gol. O drible espetacular era apenas circunstancialmente, com perdão do
longo advérbio, espetacular, porque ele existia em função do objetivo final.
A lição para escritores
é: defina o seu gol e tente chegar lá como o Pelé chegaria, com poucos, mas
definitivos toques, sem nunca deixar que os meios o desviem do fim. E se, no
caminho para o gol, você fizer alguma coisa espetacular, esforce-se para dar a
impressão de que foi apenas por obrigação.”
O rei do futebol, Pelé, foi o oitentão mais falado da semana.