Às vezes,
Somos o nó preso na
garganta, alguma falta de fé, somos uma vaga lembrança daquilo que a gente
quer. Somos a voz embargada contida no choro. Somos o olhar assustado e a
vontade do grito.
Mas também,
Somos uma luz que brilha
e transmuta a agonia. Somos o instinto de vida que guia nossos passos. Somos a
cura contida num abraço. Somos a busca diária pela felicidade. Somos nossos
sonhos crescentes, justos e realizáveis.
Somos o vazio que amplia
o horizonte de possibilidades. Somos o mistério, dádiva divina e nenhuma
certeza. Somos a base que construímos e os alicerces que nos sustentam. Somos a
lembrança acesa de que tudo é transitório, mudança.
Somos a força que impera
quando resgatamos a confiança.