É sim. Tem dia que bate
uma tristeza grandona, uma vontade de ficar bem quietinho onde os ruídos do
mundo não possam encontrar a gente.
É sim. Tem dia que dor
antiga dá as caras, que lágrima desliza volumosa, que tudo nos parece mais
difícil do que realmente é e as saudades parecem ocupar todo o território do
peito.
É sim. Tem dia que a
respiração é áspera. Que o sorriso míngua. Que chove à beça por dentro. Que o
coração fica todo apertado. Que a coragem cochila um pouco.
É sim.
Tem dia que a alma
precisa de colinho.