Quanto tempo a gente
gasta repousando o olhar na saudade e o corpo continua friorento, com
tempestades maiúsculas e sem manifestar boa vontade de levantar do confortável
sofá que enverga os dias?
Quanto tempo a gente perde com as vidraças embaçadas que obstruiu a liberdade de ver o mundo, mesmo em preto e branco?
Quanto tempo será necessário para descascar as urgências e aprender a apadrinhar o recomeço contra toda manipulação do desânimo. Não é fácil encontrar tempo para deixar fazer valer a lista de sobrevivência da alegria. Isso choca, mas vive-se gastando o tempo com artifícios que enganosamente preenchem o vazio entre a luta e a conquista. Vive-se para deixar morrer o belo.
Quanto tempo a gente perde com as vidraças embaçadas que obstruiu a liberdade de ver o mundo, mesmo em preto e branco?
Quanto tempo será necessário para descascar as urgências e aprender a apadrinhar o recomeço contra toda manipulação do desânimo. Não é fácil encontrar tempo para deixar fazer valer a lista de sobrevivência da alegria. Isso choca, mas vive-se gastando o tempo com artifícios que enganosamente preenchem o vazio entre a luta e a conquista. Vive-se para deixar morrer o belo.
Catalogamos os dias com
certezas, olhando o nosso próprio reflexo e acreditamos ser poderosos, de mãos
cheias e corações abarrotados de vazios. Nos ocupamos dos frutos enquanto as
sementes mofam por necessidade de serem plantadas. Sonegamos a verdade,
inventando bonitas mentiras. Aplaudimos por impulso o que nem ainda apreciamos.
O tempo foge e morremos