"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



quinta-feira, 23 de julho de 2020

sobre esse tal de autoamor



Ame-se! Ame-se como ninguém te amou ainda! 
Não é egoísmo. É autoamor! 

Ame-se do jeito que você é! Sem máscaras, sem retoque, sem Photoshop. 
Ame a pessoa que você sempre foi. 
Ame-se na perda, na derrota, na feiúra, na doença, na pobreza, nos dias comuns que não tem nenhum glamour. 
Esse é o desafio do autoamor! 

Amar-se quando ninguém mais te amar! 
Ame-se depois de ter levado um fora, depois de ter perdido o emprego, depois de ter levado um tombo da vida. 
Ame-se depois do porre, depois da dívida, depois da separação, porque é nessas horas que todos os falsos amores se vão e você vai sobrar apenas com você mesma. 
Ame-se com dor de cabeça e compreenda o fato de que você é um no meio de muitos. Ame-se sabendo ser um grão de areia. Um único grão de areia no meio da areia toda!

Ame suas tentativas, ame suas iniciativas e todas as suas formas de lutar.
Ame o que você conquistou mas não faça disso o único motivo para se amar. 
Junte seu lado sombra com seu lado luz e ame-os com a mesma intensidade. Pois que somos a soma dos nossos lados e  não há nada mais saudável que isso!

Autoamor é a intimidade consigo. É se colocar frente-a-frente com a única pessoa na qual você pode ter alguma expectativa, você mesma!
Autoamor não é egoísmo. É fortalecimento! É saber-se filho do universo, portanto herdeiro e lutador.
Autoamor não é vaidade. Vaidade é preocupação com o externo e o externo é raso. É cuidado. Cuidado com o corpo, cuidado com o físico, cuidado com a alma, cuidado consigo. Cuidado com o templo que carregamos conosco e chamamos de corpo. É confortar-se ao vestir, ao despir, ao ingerir, ao permitir o que deve ou não fazer parte de nós.
Autoamor é o afeto que você se dá! Consciente que, só depois dele, outros afetos virão.