Não há maior manifestação
de lealdade do que deixar o celular carregando na tomada e sair para passear.
Não levar o aparelho, nem
se importar com a esposa ou o marido zanzando dentro de casa.
Pode tocar, pode vir
mensagens, pode entrar avisos, que você não deve nada, não tem coisa alguma a
esconder.
Não correrá,
enlouquecido, para ver se alguém o chamou. Não terá taquicardia com uma
conversa visualizada. Não sofrerá crises de posse e de individualidade. Não
ficará transtornado porque ela mexeu em seus aplicativos. Não terminará a
relação por falta de confiança.
É uma tranquilidade de
sobra para amadurecer o amor. Porque unicamente a fidelidade traz a mansidão.
E ainda quando regressar,
nenhum medo destrói o contentamento de perguntar se houve um telefonema,
fazendo com que a sua companhia entenda que a intimidade é virtude dos dois,
que a privacidade não é um problema do relacionamento, que a vida de casal será
sempre de ambos. Só de ambos.
do livro “Minha esposa
tem a senha do meu celular”