"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 21 de janeiro de 2020


Não há maior manifestação de lealdade do que deixar o celular carregando na tomada e sair para passear.
Não levar o aparelho, nem se importar com a esposa ou o marido zanzando dentro de casa.

Pode tocar, pode vir mensagens, pode entrar avisos, que você não deve nada, não tem coisa alguma a esconder.
Não correrá, enlouquecido, para ver se alguém o chamou. Não terá taquicardia com uma conversa visualizada. Não sofrerá crises de posse e de individualidade. Não ficará transtornado porque ela mexeu em seus aplicativos. Não terminará a relação por falta de confiança.

É uma tranquilidade de sobra para amadurecer o amor. Porque unicamente a fidelidade traz a mansidão.

E ainda quando regressar, nenhum medo destrói o contentamento de perguntar se houve um telefonema, fazendo com que a sua companhia entenda que a intimidade é virtude dos dois, que a privacidade não é um problema do relacionamento, que a vida de casal será sempre de ambos. Só de ambos.

do livro “Minha esposa tem a senha do meu celular”