"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



domingo, 20 de outubro de 2019



Domingos, antes de começar a entristecer e, para que isto não aconteça (porque tem sempre alguma coisa meio esquisita nos meus domingos), me dou missões grandiosas. Agora, por exemplo, estava tomando conta da paisagem. No processo, observei se as plantas estavam no lugar adequado para absorver toda esta água celeste que, para elas, pode ser benta. Cumpridas as tarefas mais importantes, planejo mentalmente como será minha semana: e tento me visualizar bem.
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Quando começa a anoitecer e o vento frio desabilita minha vontade de andar por aí, eu fico aqui dentro de mim tomando conta das minhas cobranças emocionais. Porque preciso entender o meu tamanho e meus limites para transcender o que é possível. Cuido também do que é pernicioso: maus pensamentos, fofocas, insultos, críticas muito ríspidas e sem consistência, etc., não alimento. Solidão que não é minha e tenta se aninhar aqui, devolvo. Desilusões amorosas que buscam uma mente vazia para perturbar, afasto. Nada como ter cada coisa no seu lugar. Nada como ser a pessoa que quando você olha para dentro está lá.
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Desejo um amor demasiado dentro de um coração sossegado.