Eu procurava respostas
para as minhas tantas perguntas. Procurei nos livros, devorei cada um deles
como se eles fossem um prato suculento de aprendizado. E ainda que eles (os
livros) fossem realmente esse prato de conhecimento, minhas perguntas continuavam
sem respostas.
Viajei, atravessei os
portões do meu país e conheci outras culturas. Povos sábios, povos ricos,
educados e civilizados, bem mais que eu. Eles me pareciam felizes, mas ainda
assim aquela felicidade não respondia às minhas perguntas.
E então recorri à tecnologia,
à psicologia, à terapia e todas as “ias” que surgiram ao meu redor. Confesso
que respondi muitas das minhas perguntas, mas para meu desespero, outras tantas
surgiram. E quanto mais eu procurava respostas, mais encontrava novas
perguntas.
Perguntei aos astros,
perguntei ao céu. Perguntei a Deus, aos anjos e a diversos Santos que eu sequer
sabia quem foram. Debulhei meu terço e aguardei na janela as respostas que
nunca chegaram.
Foi aí que eu percebi que
quem me moveu até aqui, sempre foram minhas perguntas. As respostas estão no
caminho e, mais cedo ou mais tarde, se apresentarão para cada um de nós. Todas
as minhas perguntas haviam sido respondidas no dia certo e do jeito certo. Eu é
que tive dificuldade de aceitar e compreender as respostas que não
correspondiam às minhas expectativas.
Hoje coleciono dúvidas,
digo que “não sei”, acredito que ainda posso aprender e sigo na certeza de que
tudo será respondido a seu modo. Simples assim!