"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



quinta-feira, 18 de julho de 2019



Às vezes, uma vontade de conversar, dessas conversas em que se fala sobre todos os medos e todas as fragilidades, nada além do que se esteja, nada que determine quem você é. 

Às vezes é só uma solidão em que se quer compartilhar sem que o outro se sinta na obrigação de entender, mas apenas ouça porque a gente também não entende. 
São momentos em que a gente nem precisa reclamar de nada, porque tá tudo bem, o que há é um leve ou enorme aperto não identificado no peito. E a gente não quer ficar calado demais pra não dar rouquidão à tristeza. 

É mesmo só uma vontade de dizer que a vida é mágica sim, mas que as coisas não são incríveis o tempo todo. E que, às vezes, a gente precisa de um colo do tamanho do que aprendeu a dar e que a gente também não gosta de compreensões exacerbadas do tipo que fazem cafuné na hora em que se quer dar socos na almofada! 
É um pouco de raiva com um certo cansaço. Uma real percepção de que se trabalhou tanto o ser interno para estar sempre inacabado. E esse é um trabalho que não termina. 

Mas aí a gente lembra que precisa ser tão grato sempre e que isso pode ser falta de confiança na vida...

Foda-se! A gente é humano.