Homens e mulheres possuem
maneiras distintas de embarcar em uma relação.
“Para o homem, o sexo é o
princípio do amor”.
“A porta da percepção do
amor para a ala masculina, é o sexo. Ou seja, ele ficará com quem ele realmente
amou se relacionar. Já a mulher pode dar o maior voto de confiança e se
apaixonar, não através do sexo, mas pela gentileza, pelo cuidado, pela amizade,
pelas outras demandas emocionais”.
Em tempos de extrema
pressa e desatenção, “precisamos reaprender a segurar a mãozinha, a olhar nos
olhos, a não atropelar o silêncio, a fazer cafuné. Pouquíssimos realizam bom
cafuné. Tem casais que não sabem fazer massagens nos pés; tem casais que não
sabem coçar as costas um do outro”.
Seja nos biscoitos da
sorte, nas frases de facebook ou nas linhas tortas da palma da mão que a cigana
da esquina traduz com seu braile místico, a fidelidade é assunto em alta.
Mas quase
sempre a lealdade acaba ficando de fora da conversa. Será medo de saber
realmente o que o outro pensa? De exercitar o ato de ouvir o outro,
principalmente quando as notícias e confissões tendem a não ser tão animadoras
quanto esperamos? A impressão que fica é de que a fidelidade é seletiva em seus
parâmetros.
“As pessoas não colocam a
lealdade junto da fidelidade porque a lealdade é muito mais difícil de ser
exercida. A lealdade é dizer o que está pensando, o que está querendo, onde
quer ir, se está feliz ou não”.
“Lealdade é expor nossas
intenções. A fidelidade é apenas proteger as nossas intenções a dois. Ou seja,
de repente alguém não trai, mas passa a relação inteira sendo desleal. Lealdade
é prestar contas diariamente, do que somos, do que queremos ser e nunca abdicar
das confidências, dos segredos, da conversa permanente”.
Gosto de usar a metáfora
fidelidade como jardim, como fachada da casa. Já a lealdade seria como o fundo
dela, algo que não se vê.
“A lealdade é amar quando
o outro não está nos enxergando”.
Em suma, com toda a
problemática que envolve os romances virtuais e práticos, “é preciso ser fiel e
leal na vida real e na vida virtual”.
“Não sou guru do amor. Eu
sou um poeta e o poeta mora na dúvida. A dúvida traz muito mais experiência do
que a certeza”.
FC em entrevista para CONTI
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