Não é nenhuma operação
complexa definir a origem da infidelidade. Não depende de nenhum truque
adivinhatório e macete psicanalítico.
A traição tem o seu
início quando você passa a apagar as mensagens do WhatsApp. Se está apagando é
que sabe que fez algo errado, que falou o que não devia, que passou do ponto,
que abriu a guarda.
Ao deletar o histórico de
um bate-papo e sumir com as próprias palavras, já tem a consciência do perigo
daquele contato.
Você automaticamente se
condenou, percebeu que existe um farto potencial para a sua companhia concluir
de que se trata de um novo romance.
Conhece muito bem a sua
namorada ou namorado, a sua esposa ou marido, para antecipar o que será dito a
respeito da conversinha mole.
Se avaliou o material
como ameaça à relação ou como gerador de ciúme, era para logo dar um basta ao
mi-mi-mi.
As regras da monogamia
são claras. Não existe meio-termo, atenuantes, desculpas.
Sedução é traição, assim como um beijo é traição, assim como o sexo é traição.
Sedução é traição, assim como um beijo é traição, assim como o sexo é traição.
Eliminar o conteúdo do
celular tampouco trará tranquilidade, apenas lhe deixará com mais pinta de
culpado.
O correto é voltar lá e
desfazer insinuações, esclarecer as entrelinhas e objetivamente mostrar que não
está a fim.
Remover as provas é dar
seguimento para o erro, é proteger o flerte com o anonimato, é guardar a escada
para depois pular a cerca, é assumir o risco de envolvimento, por mais que diga
que não é nada, que só ocultou para não perder tempo explicando e que desejava
evitar brigar por bobagem.
Quem não deve não teme,
não precisa de modo algum adulterar os fatos. Deixa tudo documentado,
registrado, do jeito que aconteceu.
WhatsApp editado é deslealdade.