"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



domingo, 21 de janeiro de 2018


Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres que são símbolos sexuais. 

É isto mesmo!
Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha?

As mulheres não são mais para amar, nem para casar ou comer. São para “ver”.

Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes e silicones?
Prometem-nos um prazer impossível, um orgasmo metafísico, para o qual os homens não estão preparados.

As mulheres dançam frenéticas na TV, com bundas cada vez mais malhadas, com seios imensos, girando em cima de garrafas, enquanto os pênis-espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta gostosura.

Os machos estão com medo das “mulheres-liquidificador”.

Essas fêmeas pós-industriais foram fabricadas pelo desejo dos homens ou melhor, pelo desejo que eles gostariam de ter, ou melhor ainda, pelo poder fálico que as mulheres pensam que os homens possuem.
O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a prostituta transcendental, a mulher-robô, a “Valentina”, a “Barbarela”, a máquina-de-prazer sem alma, turbinas de amor com um hiperatômico tesão.

Antigamente, a prostituta era dócil e te servia. O homem pagava para ela “não” existir. Hoje, a cortesã moderna existe demais. Diante delas, todos se arriscam a broxar, apesar de desejá-las como nunca. A broxura que advém diante dessas deusas não é por moral ou culpa; é por impossibilidade técnica. Quem se atreve a cair nas engrenagens desses “liquidificadores”.

Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há.
Os malhados, os turbinados, geralmente são bofes-gay, filhos do mesmo narcisismo de mercado que as criou.
Ou, então, reprodutores como o Szafir, para o Robô-Xuxa.

A atual revolução da vulgaridade, regada a pagode, parece “libertar” as mulheres.
Ilusão à toa.
A “libertação da mulher” numa sociedade escravista como a nossa deu nisso: Superobjetos se achando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e dinheiro.
São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.

Mas, diante delas, o homem normal tem medo.
Elas são areia demais para qualquer caminhãozinho.

Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens que trabalham mais e ganham menos, têm medo de perder o emprego. Vivem nervosos e fragilizados com seus pintinhos trêmulos, decadentes, a meia-bomba, ejaculando precocemente, puxando sacos, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme jamesbondiano dos anos 60.
Não há mais o grande conquistador.

Temos apenas os “fazendeiros de bundas” como o Huck, enquanto a maioria virou uma multidão de voyeur, babando por deusas impossíveis.

Ah, que saudades dos tempos das bundinhas e peitinhos normais e disponíveis...

Pois bem, com certeza a televisão tem criado sonhos de consumo descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor.
Mas ainda existem mulheres de verdade.

Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem “dentro de casa”, o seu trabalho.
E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela família, sem medo de parecer um chato ou um cara metido a intelectual.
Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas.
Mulheres que adoram receber cartas, bilhetinhos (ou e-mails) românticos.
Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Bee Gees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha), mas é tão bom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas.

Penso que hoje, num encontro de um Turbinado com uma Saradona o papo deve ser do tipo:
-“meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!”
-“Ah, o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nem vou precisar de plástica”.

E a música???
Se não for o último sucesso (?) dos Travessos ou Chama-chuva, com certeza, é o Bonde do Tigrão!

Mulheres do meu Brasil Varonil, não deixem que criem estereótipos!
Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira.
A mulher brasileira é linda por natureza!

Curta seu corpo de acordo com sua idade. 
Silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza.
E se os seus namorados ou maridos pedirem para vocês malharem e ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de TV:

Façam-os sumirem da sua vida!

O texto é bem antigo, mas atual. 
Com exceção das músicas, que hoje, o que bomba é Anitta, Pabllo Vittar e Jojo Todynho, com o Que tiro foi esse.