Já tive muitas, não nego. Já fui desejado, já fui
conquistado. Já corri atrás, conquistei. Já vivi outros amores, outras
loucuras. Já provei o gosto doce das paixões correspondidas e o amargo das
desilusões. Já fui só da cama, só de amarrotar lençol. Já fui das flores. Já
encontrei com outras que julguei serem caras-metade, com “destinos ambulantes”,
únicas saídas e outros enganos.
Já ouvi mentiras, já não acreditei em verdades. Já vi
estações ao lado de uma mesma pessoa e uma única estação em abraços variados.
Já conheci aquelas de arremessar vasos na parede e outras de submissão. Já fui
até o inferno com uma. E, ainda assim, mesmo já tendo vivido tanto do Amor e da
Paixão, nunca conheci alguém como você. Muitas em uma: a que me deseja e me
conquistou. A que me fez correr atrás.
Entender.
Compreender mais do sentimento que cresce a cada
correspondência num toque ou olhar. Quem coloca na boca o bom sabor dos beijos
e deixa na alma a irrepreensível noção da verdade – nunca um simples afago na
cabeça. Você, a dos lírios, das rosas, das orquídeas. Da figura fácil nos meus
dias, tardes e noites. Do Verão, Outono, Inverno e Primavera de mais encanto a
cada passeio de mãos dadas. Das brigas e conciliações.
Você, por quem eu iria até o inferno.
Você que me deu o céu.