"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014


“Deus é como o vento. Sentimos na pele quando ele passa, ouvimos sua música nas folhas das árvores e o seu assobio nas gretas das portas. 
Na flauta, o vento se transforma em melodia. 
Mas não é possível engarrafá-lo. No entanto as religiões tentam engarrafá-lo em lugares fechados a que elas dão o nome de ‘casa de Deus’. Mas se  Deus mora numa casa, estará Ele ausente do resto do mundo? Vento engarrafado não sopra. 
Deus nos deu asas. Mas a religião inventou gaiolas. 
Há pessoas que se sentem religiosas por acreditar em Deus. 
De que vale isto? Os demônios também acreditam e estremecem ao ouvir seu nome (Tiago 2:19)    
***                        
Tudo o que vive é pulsação do sagrado. As aves do céu, os lírios do campo. Até o mais insignificante grilo, no seu cricri rítmico, é uma música do Grande Mistério.
Não precisamos dizer o nome da rosa para sentir seu perfume. Não precisamos dizer o nome ‘mel’ para sentir sua doçura.”

(do livro “Perguntaram-me se acredito em Deus”)