"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 10 de setembro de 2013

sobre a eutanásia


Não é fácil receber de um veterinário o diagnóstico de que é necessário sacrificar seu cachorro.

Infelizmente, o tempo não perdoa ninguém. Todos nós envelhecemos e consequentemente, sofremos os problemas da velhice. 
O mesmo acontece com os animais de estimação, porém para eles o tempo passa ainda mais rápido e envelhecem com mais rapidez do que nós, humanos.

Quando o animal fica idoso e doente, em alguns casos o melhor caminho para evitar seu sofrimento é sacrificá-lo, apesar de ser algo dolorido para nós, os donos, sem contar na sensação de crueldade e sentimento de culpa que nos acomete.

Meu filho e eu tivemos que decidir o destino do Pixote.
Apesar do meu discurso que ele merecia uma “morte digna” e de saber que seria para o bem deleconfesso que não foi fácil tomar essa decisão.
Foram 13 anos de amor, amizade e companhia.

Pesquisando, encontrei na net um artigo que fala sobre o assunto:

Alguns proprietários de cães, gatos e outros animais de estimação, já tiveram a dolorosa experiência de ter que optar pelo sacrifício de seus companheiros. Além de sofrida, é uma decisão bastante difícil, pois o vínculo entre o homem e o animal é muito forte para ser quebrado subitamente e, o que é pior, por uma escolha do dono. O profissional veterinário tem o dever de orientar quanto ao curso da doença.

Quando o prognóstico é desfavorável, ou seja, as chances de cura são mínimas ou inexistentes, ele pode sugerir o sacrifício. No entanto, a decisão final é sempre do proprietário e este é o grande dilema... Devo sacrificar meu animal ou não?

A decisão deve, na medida do possível, deixar de lado a “paixão” para que possamos enxergar e analisar a qualidade de vida que o animal terá. Mesmo assim, essa é uma análise bastante subjetiva. Quando um cão perde completamente a mobilidade das patas traseiras, muitos donos crêem que viver se arrastando ou atrelado a um “carrinho de rodas”, não seja uma vida feliz para um animal. Outros consideram um crime o sacrifício e se dispõem a cuidar do cão, movendo-o sempre que preciso, levando-o para defecar e urinar, ou providenciando um “carrinho de rodas”. São visões diferentes e temos que respeitar a opção de cada proprietário.

Devemos tomar cuidado, entretanto, para que o amor pelo animal não se transforme numa obsessão. E a obsessão leve o dono a ser cruel, sem perceber, mantendo o animal ao seu lado mesmo que isso custe a dor e sofrimento do cão...

Se um dia você se encontrar numa situação em que tenha que decidir pela vida do seu animal, converse com o veterinário e se informe sobre todas as possibilidades de tratamento, tempo de sobrevida e, principalmente, a qualidade de vida que o cão terá. Se ainda estiver em dúvida, consulte um outro profissional, até se sentir seguro da sua decisão. Devemos lutar até o fim pela vida, dar todas as chances a ela. Porém, quando isso não for possível, aliviar o sofrimento também é uma forma sublime de amor pelo animal.

Por lei, o sacrifício ou eutanásia não deve causar qualquer dor ou agonia no animal. Ele é anestesiado e, posteriormente, são aplicados medicamentos que provoquem parada cardíaca e/ou respiratória. O cão morre “dormindo”... Realizada por um bom profissional, dentro da ética, não há sofrimento para o animal. Inevitável é o sofrimento do dono, mas esse sentimento logo se transformará num grande alívio por ter livrado seu amigão da dor.

Silvia C. Parisi - médica veterinária - CRMV SP 5532
encontrado aqui: Webanimal