Essa época de Páscoa nos remete a uma viagem interior e ao desejo de renovação. São os ciclos da vida.
Perdeu um amor, ganhou uns quilinhos, o trabalho vai mal... e vem o desespero ao pensar que para o resto de nossas vidas poderemos viver nessa via crucis onde o fardo parece ser infinitamente mais pesado do que podemos suportar.
Já se permitiu morrer uma vez? Nesses momentos onde a dor parece arrancar aos poucos pedacinho por pedacinho do nosso coração?
Quando o sofrimento torna-se insuportável a ponto de não querer viver mais... morra uma vez. Desfaleça. Ignore o mundo e jogue-se na sua escuridão. Recluse-se para pensar, pra chorar... chore. Até se cansar e perceber que as lágrimas às vezes funcionam como morfina para o martírio. Durma um pouco e respire... devagar... Morra um pouco.
Ninguém é forte o tempo todo e nem precisa ser. Entregue os pontos quando não der mais. Morra. Vá. Mas depois volte, ressurja.
Volte com o espírito novo. Brilhante. Volte com sua luz e ilumine o seu próprio caminho.
Mesmo que não tenha resolvido nada, mesmo que os problemas ainda estejam lá, regresse forte. Altivo. Você é dono das suas escolhas e completamente responsável por suas decisões. Decida. Aceite. Busque.
Não podemos viver por ninguém além de nós mesmos,
então façamos bem feito.
Pedras surgirão, a escuridão talvez volte... por isso morra.
Morra e ressurja quantas vezes forem necessárias,
em todos os ciclos que precisarem ser renovados.
Renove-se. A revolução é constante. Evolua.
Morra e transforme.
Morra e progrida.
Morra... e viva!