Eu sei, eu sei que bate aquele friozinho na espinha. Mas, o legal é isso: a emoção de não saber. Porque, se a gente soubesse, que graça teria? Eu não gosto de fim de ano, do clima de Natal, não sei, pode até ser esquisitice, sei lá. Mas, não gosto. Acho um saco de nostalgia pesado demais que se estende num mês que se arrasta cheio de devia-ter-feito-isso, não-devia-ter-feito-aquilo. Gosto mesmo é da sensação do começo, a sensação de que a vida é sempre um [re]começo e que as esperanças nunca acabam porque há sempre um dia e mais outro e mais outro... ao mesmo tempo, com a sensação de que só temos o hoje. Na verdade, a vida é um frio na barriga, uma eterna montanha russa de emoções.
De 2012, eu só levo o que for bom. O que não foi, deixa pra lá. Deixa guardado no meio daqueles borrões perdidos que um dia escrevi, mas que hoje já nem sei pra que canto desse mundo de meu Deus o vento levou. Hoje eu sei – de poucas coisas, mas sei – que o ódio só faz mal pra quem o mantém. Coisa ruim a gente só leva se quiser. Além do mais, a vida é uma antítese, tão certa e tão incerta, tão previsível e tão imprevisível que é. Sendo assim, porque carregar tanto peso desnecessário? Pra que tanto ódio, se amar é muito melhor?
E, na virada, quero mais é me vestir de mim. Quero a paz de estar de coração leve e bem acompanhado. Quero a certeza de que Deus estará sempre presente e, pra onde quer que eu vá, seja lá que história escrever, terei sempre a Sua companhia caminhando ao meu lado, embora muitas vezes não O sinta.
Que 2012 vá embora com todas as suas lições dadas e que, sem medo, aceitemos mais um ano que não aguenta mais de ansiedade pra nascer. Agarra aquelas pessoinhas especiais pela camisa e leva junto pra 2013, corre e vai ser feliz! A vida te espera, novinha em folha, cheia de expectativa e muita fé pra doar.