"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 26 de abril de 2011

O tempo (d)e um casal...


Superlativizar o futuro em detrimento do agora, aparentemente minimiza a irracionalidade da fuga... a diferença do tempo os uniu, os separou, os uniu novamente quando ela incompleta, vulnerável,
assegurou a completude dele...

Quando aparentemente o abismo é abissal, lá está ela - a Arte - como sempre eficaz para aproximá-los, sua linguagem traduz muitas vezes o inefável e possibilita o encontro de almas aparentemente desencontradas pela miopia causada pela beleza exterior.

A arte dá a ele o que na cabeça dele o tempo tirou... para ela, a arte acrescenta o que com os anos ele ganhou... mero detalhe que destrói castelos... a música, o abrir os livros, o mostrar as telas de Goya, o discurso claro, a riqueza do léxico, e claro, o fascínio da fotografia... tudo isso amalgamado, difícil acreditar, mas não lhe permitiu enxergar com clareza seu objeto de desejo... não enxergou por dentro, apenas por fora!

Ela teve que perder uma parte dela, para ele ganhar confiança no todo dele... ela teve que morrer um pouco para rejuvenescer os horizontes dele...
claro que poderia ser diferente fora da perspectiva da sétima arte!
Mas, definitivamente, não foi.

"Fatal" fala de amor, de redescoberta, de permissividade!

(encontrado no blog "Corpocomente")


> A velhice não é para covardes.

> Mulheres bonitas são invisíveis e nunca vemos a pessoa, porque somos bloqueados pela barreira da beleza.

> Ficamos tão deslumbrados pelo exterior que não enxergamos o interior.