"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



domingo, 28 de março de 2010


“Eu te amei muito.
Nunca disse, como você também não disse, mas
acho que você soube.

Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar.
Pena também que a gente se envergonhe de dizer,
a gente não devia ter vergonha
do que é bonito.

Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo,
e que então tudo vai ser mais claro,
que não vai mais haver medo nem coisas falsas.

Há uma porção de coisas minhas que você não sabe,
e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi
de você e voltei e tornei a fugir.

São coisas difíceis de serem contadas,
mais difíceis talvez de serem compreendidas
- se um dia a gente se encontrar de novo, em amor,
eu direi delas, caso contrário não será preciso.

Essas coisas não pedem resposta nem ressonância
alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor
e ternura que eu tinha — e tenho — pra você.

Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém,
como você existe em mim.”