E aqui estamos nós, às
vésperas da chegada de mais um ano, depois de tudo que vivemos. Nós, os
sobreviventes, os escolhidos para continuar a caminhada, aqui estamos com a
difícil, mas não impossível, missão de dar continuidade ao ciclo da vida.
E ainda que as
estatísticas apontem um caminho e a moçada “sem medo de ser feliz” nos aponte
outro, estamos todos receosos, escaldados como gatos e cheios de dúvidas.
O que pedir para o
próximo ano? O que esperar? O que prometer? Em quem confiar? Onde ancorar nossas
angústias ainda latentes?
Ah como eu gostaria de
ter respostas para todas essas perguntas! Como eu gostaria de mais garantias
para planejar meu amanhã! Eu não as tenho! Hoje sei que nunca as tive e nunca
terei!
Mas nem por isso
desanimo. Embora eu saiba o meu real tamanho nessa imensidão toda, sei que
posso dar os meus passos. Hoje espero mais de mim do que de qualquer outra
pessoa. E ainda que juntos não cheguemos mais longe, eu sei que juntos temos
mais chances.
Ainda sonho com uma
consciência coletiva, onde cada um reconheça o outro como alguém tão sagrado
quanto si mesmo e que juntos, criemos espaços e condições para todos nós
vivermos em harmonia.
Neste exato momento
confesso que não tem relevância se vou passar o réveillon de branco, de amarelo,
de estampado ou do que seja. Nem tampouco se terá champanhe, ondas do mar ou
coisas do tipo. Depois de tudo que vivemos, espero que 2022 chegue sereno e não
arraste a humanidade com ele.
Só vem 2022! O resto a
gente constrói junto!
bye, 2021!
LUTO foi a palavra e o
sentimento do ano.
A despedida foi o meu
marco.
Eu morri um pouco...
❤
#plagiando Fabrício Carpinejar