#hoje é o dia do “se me permite”
sexta-feira, 27 de abril de 2018
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Abra o peito,
escancare portas e janelas e,
com gestos firmes e passos largos,
atravesse tardes,
continentes e parágrafos.
Abandone a espera.
Transmute o fundo do poço
em fonte inesgotável,
reaja, almeje o céu,
alcance o horizonte,
rasgue a noite feito estrela
em cadência luminosa.
Busca.
Supere o cansaço,
desabilite o desânimo,
exonere o medo,
desenterre a esperança,
desembrulhe o fôlego
e transponha incertezas
mesmo que oceânicas.
Vá ao encontro.
Abrace a melodia,
bagunce o poema,
ignore a distância.
Chegue a tempo.
Então, descansa:
esteja e deixa
que o amor te encontre.
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Marla de Queiroz
Tenho sobrenome, suor e
lágrimas.
Respeite a minha
história.
#daSilva
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Cláudia Dornelles
“Os bastidores de nossa
vida só nós conhecemos. As cortinas abrimos em partes, e mostramos o que
julgamos necessário. Mas a peça completa, cada ato, só nós temos escrito em um
caderno particular que não precisamos mostrar a ninguém.
Só nós sabemos - só nós -
a coragem que temos para continuarmos sendo o que somos.”
- Rachel Carvalho
terça-feira, 24 de abril de 2018
Mulher mais valente que homem,
Homem mais sensível que criança,
Criança mais sofrida que velho,
Velho mais rápido que jovem,
E jovem mais sábio que velho.
Já vi graduados darem aula de ignorância,
E analfabetos ensinando a vida!
E assim segue a estrada,
Ler o rótulo de um vinho, nunca será igual a sentir seu gosto.
E, nem sempre a primeira impressão é a que fica... ❞
| Stella Petra
relações curtas
Ao anunciar para uma
amiga o fim de um namoro, a primeira pergunta que ela me fez (aliás, a única)
foi: “quanto tempo vocês ficaram juntos?”. Percebi que, dependendo da minha
resposta, ela decidiria se eu merecia um abraço apertado ou um simples “ah,
amanhã você nem lembra mais” e pularia para outro assunto.
“Seis meses”, respondi.
Adivinhe. Ela nem perdeu
tempo com a sequência da frase, disse apenas “ah” e então começou a falar de si
mesmo, seu tema favorito. Não mereci nem um “que pena, miga”.
Meu histórico romântico é
modesto em quantidade. Vivi um longo amor na adolescência, depois um casamento
que durou 21 anos e então um turbulento affair que durou oito. Não se pode
dizer que é o perfil de uma aventureira. Ao término dessa tripla jornada eu já
havia chegado aos 50, não era mais uma garotinha. Mas foi justamente depois
disso que alguns romances começaram a ser realmente passageiros se comparados à
minha média anterior. Seis meses pode, de fato, parecer um rolo sem
consequências que, quando chega ao fim, não estimula sua turma a alcançar um
lenço.
Mas, como diz meu amigo
Carpinejar, relações curtas nem por isso são pequenas. São curtas porque a
maturidade nos dá outra dimensão do tempo: já não fazemos investimentos a fundo
perdido. Conhecemos nossas capacidades e limitações, sabemos o que podemos
suportar e o que não, e até desenvolvemos a proeza de prever o futuro: isso
funcionará, isso nem com a bênção do santo. Mas tentamos. E de tentativa em
tentativa a gente vai escrevendo capítulos curtos tão significativos quanto
relações longevas consideradas “sérias”.
Sério, sério mesmo, nada
é, já que morreremos amanhã ou logo ali. Mas vale dar alguma gravidade aos
amores, não grave no sentido de sisudo, mas no sentido de importante. Sendo
assim, relações que duraram 100 dias, ou que duraram 72 horas, ou que nem
chegaram às vias de fato, habitando apenas o universo da fantasia, podem ser
tão impactantes quanto uma história arrastada com alguém que, como diz a piada,
você chama de “meu amor” porque esqueceu o nome da pessoa.
Relacionamentos iniciados
na juventude e que se estenderam por décadas nem sempre são tão dignos: às
vezes, é só a preguiça e o comodismo unidos contra a vontade de cair fora. Já
os amores da fase madura não dão ibope à farsa. Quem ainda tem 20 anos está
desculpado de se iludir, mas quem já tem alguma quilometragem não estica a discussão.
Isso não é desamor, não é
frieza. Ao contrário, é a crença entusiasmada de que é possível encontrar
alguém que equalize e que torne a vida mais completa e prazerosa - oxalá, pra
sempre. Mas sem condescendências insanas. Quem chegou aos 50, aceita a solidão
que lhe cabe e só abre mão dela se valer muito a pena. Se valer, amará com
entrega e verdade, mesmo sem a chancela da eternidade.
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Martha Medeiros
#eu acredito!
Se a posição dos astros influencia as marés, como não nos influenciaria, já que somos compostos por mais de 70% de água?
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Armandinho,
Tirinhas
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Deus ri
A lista de mortos da
gente vai aumentando com o tempo.
Quando eu era pequena não
tinha noção desse morre e nasce. Mesmo porque ninguém meu morria.
Tudo tinha um quê tão
definido de eternidade, tudo durava tanto e a vida não faltava; a vida era
pontual como os quintais e as goiabeiras ali. Todo dia ali. Existindo.
Eu não tinha a mínima
noção desse vai-e-vem. Desse revezamento. Desse rodízio da humanidade: quem vai
pro saque, quem sai do jogo, quem é escalado, quem vai pra reserva.
Nada disso havia na minha
menina. Agora não. Agora morreu Tião Sá, o filho do Joelson, a mãe de Márgara,
Chiquinho Brandão, minha Mãe, minha irmã, Bukowski, Cazuza, Grande Otelo, Mario
Quintana, Senna, Fellini, Sérgio Sampaio e tantas mil gentes engrossando a
fileira da bola fora.
O itinerário das vias de
cada um vai estourando como bolas de aniversário na minha cara e vai ficando
longe o tempo em que os meus não morriam. Nem quando eu queria.
Deus com certeza ri. Não
de sarcasmo. Mas pelo costume de ver passar as boiadas. E de olhar pra elas
despencando na curva final das planícies.
Pra onde, só Deus sabe.
E é por isso que ele ri.
RIP Hosana Cristina Estevão
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Elisa Lucinda
sábado, 21 de abril de 2018
Viver é melhor que sonhar, mas que se dê crédito ao onírico: nenhum ser vivo é páreo para um fantasma. Uma história construída e patrocinada pela mais febril imaginação não tem como ser esquecida.
Ela era uma mulher que
por oito anos recebeu cartas de um homem que nunca se apresentou diante dela,
nunca disse quem era, mas que ofertou as mais arrebatadoras declarações de
amor, aquelas que confirmam que o ponto G fica mesmo no ouvido, como disse
certa vez Isabel Allende. Por oito anos, ela manteve uma relação epistolar que
sobreviveu graças à expectativa, mas que nunca evoluiu para abraços e
convivência. Os outros homens que dela se aproximavam recebiam a atenção da moça
e promessas de enamoramento, mas eram previamente avisados sobre as tais cartas
anônimas. Os pretendentes mais espertos logo intuíam: seria impossível disputar
com um amante idealizado.
Esse é um resumo acanhado
do livro Minotauro, do israelense Benjamim Tammuz, mais um golaço da editora
Rádio Londres, que só publica fera. O livro vai além, vai mais longe, mas aqui
eu me retenho: o que é mais poderoso, um desejo consumado ou um desejo que
jamais se realizou?
Volto algumas dezenas de
anos atrás, quando eu, uma jovem garota inexperiente, vivi uma longa paixão por
um tenista que nunca havia dedicado nem cinco segundos a me olhar. Muitos anos
mais tarde, eu descobri que era correspondida, e, então, adultos, acabamos
tendo um affair que teve a velocidade de um voleio. Iniciou, acabou. E passei o
resto da vida com saudade daquilo que eu havia experimentado antes de termos
nos relacionado: do meu desconhecimento ingênuo e de todas as situações românticas
que passei bons anos da minha adolescência imaginando. Maldita ansiedade que me
fez querer conferir se a vida poderia reproduzir o sonho. Não, ela nunca
consegue.
A idealização é um
acontecimento em si. Mesmo por alguém que nunca vimos, ou especialmente nesse
caso. Sem um rosto e sem uma voz que nos faça cair na real, alimentamos um
sentimento que ignora a atração física, que resiste na mais absoluta e pura
invenção.
Paixão lúdica, anárquica,
espetacular.
A cada manhã, você
conversa em silêncio com alguém que parece ocupar um lugar à mesa da cozinha, à
tarde você passeia ao lado de alguém que pega sua mão mesmo não estando ali, e
à noite os travesseiros testemunham seu corpo solitário ocupar a cama inteira e
torná-la pequena para tanta fantasia.
O fantasma atende suas
súplicas. Ele responde às suas inquietações. Ele sabe o que você pensa e só
aguarda o seu chamado para entrar em cena. Com ele não há mal-entendido, não
tem ausência por motivo de força maior, não tem a passagem do tempo
trivializando suas ilusões cinematográficas.
Ele a quer do jeito que
você sempre quis. Ele não fala sobre política, Lava-Jato, violência – tem coisa
mais empolgante pra tratar. O assunto preferido dele é você, olhar pra você,
adorar você. E ele não atrasa, não mente, não desaparece. O irreal é seu amor
para sempre e você é o amor perfeito que ele não sabe que possui.
Por mais que tente,
nenhum ser humano é capaz de igualar essa proeza.
A não ser os psicopatas,
lógico.
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Martha Medeiros
quinta-feira, 19 de abril de 2018
não é uma tragédia
Essas coisas acontecem.
Um jovem adoece no verão. Um senhor é atropelado por um taxi. A biópsia aponta
que o tumor é maligno. Essas coisas acontecem todo dia. E todos os dias saímos
de casa achando que jamais acontecerá conosco. Uma doença leva embora um pai. O
médico comunica um exame preocupante. Uma moto atravessa um sinal fechado.
Todos os dias isso acontece. E todos os dias nossos planos são os mesmos.
Trabalho, almoço, trabalho, jantar.
Não acho que seja uma
tragédia quando essas coisas acontecem com a gente. Dizemos: “Que tragédia!
Morreu tão cedo!”. Não acho que seja uma tragédia. Acho que a vida é um
amontoado de caos e coincidência. Acho que hoje estamos aqui e amanhã não
estamos mais. Uma tragédia é não agradecer por esse tempinho que estamos aqui.
Uma tragédia é não valorizar a vida em família. Uma tragédia é trocar o sorriso
do nosso filho pelo celular. Um passeio em família pelas preocupações do
trabalho.
Uma tragédia é não
abraçar as pessoas hoje. Uma tragédia é passar a vida em branco. Uma tragédia é
achar que um dia vamos ser felizes, não hoje. Uma tragédia é achar que não vai
acontecer com a gente. E a vida vai ficando pra depois. Um dia eu mudo de
emprego. Um dia eu digo que gosto dela. Um dia eu faço uma viagem. Um dia eu
vou ser voluntário nesse projeto.
Não acho que seja uma
tragédia uma jovem cheia de planos descobrir uma doença grave. Acho uma
tragédia quando aprendemos a valorizar o que temos só depois de perder. Acho
uma tragédia não termos ido ainda para aquela viagem dos nossos sonhos. Acho
uma tragédia viver de aparências. Acho uma tragédia ter comprado coisas achando
que isso seria felicidade. Acho uma tragédia trabalhar em algo que você odeia.
Acho uma tragédia você passar a vida brigado com alguém.
A morte não é uma
tragédia. Tragédia é quando a gente não viveu.
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Marcos Piangers
quarta-feira, 18 de abril de 2018
mulheres inteligentes e caras pra lá de babacas
Toda mulher que se preze
já se apaixonou por um babaca.
A história é quase sempre a mesma, o final
também. A gente conhece um cara, ele se mostra doce, maravilhoso e bem
resolvido. A gente – encantada – guarda a intuição no fundo da gaveta, veste o
melhor decote (e o melhor sorriso) e sai linda, leve e solta para mais um
capítulo cheio de frases mal contadas, celular desligado e eventuais sumiços.
Verdade seja dita: a gente sente que tem alguma coisa errada, mas acaba fazendo
vista grossa. E acha que está sensível demais, exigente demais, desconfiada
demais. E deixa rolar. O resultado? O cara te enrola, te pede desculpas. Depois
vacila de novo e te enche de presentes.
Meninas, estou escrevendo este texto
para eu mesma decorar. Imprimir. E nunca mais esquecer. A gente não pode sair
por aí perdendo nosso tempo com esses babacas. Chega de desculpar tanto, de
tampar o sol com a peneira.
Quando um cara realmente está a fim de você, ele vai
até o inferno por você. Essa verdade ninguém me tira. Não tem trabalho,
família, futebol, amigos, crise existencial, nem celular sem bateria que façam
com que ele – caso tenha educação e a mínima consideração – não tenha tempo de
dizer um simples “oi”.
Isso não é pedir muito, concorda? O cara não precisa dar
satisfação a toda hora, te ligar várias vezes por dia, isso é chato e acaba com
qualquer romance. O que eu quero dizer é que mulher precisa de carinho.
Atenção. E uma sacanagem bem-dosada. Se o sujeito vive brincando de
esconde-esconde, não responde lindamente suas mensagens, não te chama pra sair
com os amigos dele e nem tenta te agarrar quando você diz que está com uma
lingerie de matar por debaixo da roupa, minha amiga, o negócio está feio. Muito
feio.
Confesso que não é tarefa fácil colocar um ponto final de uma hora pra
outra nessas histórias. Somos seres românticos, abduzidos pelos finais felizes
dos filmes e livros. A gente sempre acha que alguma coisa vai mudar, que ele
vai perceber TUDO o que está perdendo e vai aparecer com flores na porta da
nossa casa.
Mas a realidade é diferente. Não somos a Julia Roberts, não estamos
numa comédia romântica e, na vida real, homens são simples e previsíveis.
Quando eles querem uma coisa, não há nada – nem ninguém – que os impeça.
Portanto, anotem aí: quando um cara está a fim de você, ele vai te ligar, ele
vai te procurar, ele vai te beijar, ele vai querer estar sempre com as mãos em
cima de você. Não sou radical, apenas cansei de dar desculpas pra erros que não
são meus. Ou são. Afinal um cara babaca sempre dá pistas de que é babaca.
Só
não enxerga, quem não quer.
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Fernanda Mello
terça-feira, 17 de abril de 2018
Estranhamente eu me vi contente quando o meu
pai baixou hospital. É um sentimento feio para se confessar, mas foi o que
aconteceu comigo. Não consigo definir se era felicidade ou alívio.
O meu pai sempre foi rigoroso comigo, de
meias e duras palavras, sério, distante, inacessível. Demonstrava afeto e
importância falando de dinheiro, se eu precisava de alguma coisa, mais nada,
nunca descobri o que pensava e o que desejava, jamais expôs uma outra
preocupação carinhosa.
O máximo de contato que tivemos se resumiu a
seu aceno uma vez na rodoviária quando segui viagem para estudar na capital. O
pássaro de sua mão voando tornou-se nossa recordação mais próxima. Quisera ter
fotografado.
Já no hospital, pela primeira vez, eu poderia
tocar em sua pele, sem medo, sem susto, sem que ele virasse o rosto, sem ser
ofendido. Fiquei perto da cama o observando: uma rocha no mar que recebe a
superfície afofada do líquen.
Ele, indefeso, apresentava uma nova
autoridade. A autoridade do amor. A sabedoria da fragilidade: nem tudo passa, a
amizade dos filhos, surpreendente e incompreensível, grudava-se na pedra.
Fiz questão de cuidá-lo. Ele que nunca me
beijava, nunca segurava a minha mão, nunca me abraçava, nunca pedia um favor. E
eu o beijei, eu o abracei, eu entrelacei os meus dedos em seus dedos enquanto
dormia, eu segurei o copo d’água perto da boca, com a calma sôfrega do canudo.
Recuperei todo o nosso tempo perdido nas três
noites de vigília.
Quando ele se recuperou, voltou a ser o que
era antes, fechado e distante. Mas eu não voltei a ser a mesma pessoa.
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Fabrício Carpinejar
domingo, 15 de abril de 2018
Achei que estava bem na
foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase não havia cabelos
brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a
fotografia de um jovem.
Tinha cinquenta anos
naquela época, entretanto, idade em que me considerava bem distante da
juventude.
Se me for dado o privilégio de chegar aos noventa em pleno domínio
da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
O envelhecimento é sombra
que nos acompanha desde a concepção: o feto de seis meses é muito mais velho do
que o embrião de cinco dias.
Drauzio Varella
#arte de envelhecer
somos fênix
A estranha ave lendária que se imolava no fogo e dele
renascia é muito usada como metáfora de nosso próprio renascimento de horas ou
fases muito difíceis.
Ninguém, eu acho, olhando sua vida, pode dizer que jamais
teve esta sensação: “Agora, acabou; nada faz sentido”. Ou: “Não vou agüentar”.
Ou: “Isso eu não vou poder suportar”. Coisas desse gênero.
No entanto, me ensinou a vida, mesmo quando estamos numa UTI
emocional, como a perda de alguém muito amado, esperando ou até desejando o fim
e a paz, um dia conseguimos levantar, somos liberados dos aparelhos que nos
mantinham vivos, chegamos até a porta... somos transferidos para um quarto mais
promissor.
Dali, podemos espiar o corredor, andar por ele quem sabe
apoiados em alguém ou de bengala, e finalmente conseguimos respirar. “Estou
respirando livremente. A pedra pesada e escura no meu peito aliviou. Um pouco.
Mais um pouco. Talvez eu nunca me livre dela inteiramente, mas estou aprendendo
a lidar com ela. Tenho para isso o resto da minha vida.”
Tenho agora a força do pensamento de que o ser amado que se
foi está em outra dimensão, outro registro, mas presente, gostaria que eu
saísse da sombra da dor e voltasse a viver: em sua homenagem também, porque a
vida deve ser vivida, merece ser vivida. Pessoas queridas nos ajudaram,
confortaram, ou simplesmente foram uma presença bondosa e quieta. A gente sabia
sem grande escarcéu: ele, ela, está ali para mim.
Estamos vivos. Saímos das próprias cinzas. Existe o mundo com
suas belezas e crueldades, existem as pessoas com seus amores ou maldades,
existem a loucura, a neurose, o rancor inexplicado, a violência e a guerra, mas
também existe vida. Esse primeiro movimento para alguma claridade é como
comprar uma flor e botar no vaso à nossa frente quando pouca coisa parece
sobrar. E depois, a janela aberta sobre a floresta, ou o mar, ou o belo parque,
a porta aberta para algumas pessoas especiais, porque multidão ainda não
aguentamos. Essas que, longe ou perto, estiveram ao nosso lado ao redor da
fogueira sabendo, torcendo para que a gente pudesse renascer do montinho de
cinza em que tínhamos nos transformado.
Descobrimos ou redescobrimos o valor dos afetos, das coisas
simples, daquela voz no telefone, aquele e-mail ou Whats, daquele passo no
corredor, aquele gesto afetuoso ou um simples olhar de cumplicidade - pois nem
todos sabem, ou conseguem, grandes abraços e palavras, mas estão ali conosco. E
tudo isso nos fez de novo viver.
A fênix incansável volta a andar, a abrir as asas, a tentar
seu voo: isso somos, até que um vendaval mais forte nos carregue também. Em
paz.
“Ainda que a figueira não
floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não
produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não
haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”
Habacuque 3:17-18
Senhor Deus,
ainda que as adversidades se levantem contra mim,
ainda que eu não alcance o
resultado que eu espero
e mesmo que as coisas pareçam tão difíceis,
a ponto de
me fazer pensar em jogar tudo para o alto,
ainda assim, eu quero poder me
alegrar e glorificar ao Senhor,
porque em Ti, eu sei que as tribulações são
passageiras
e que logo o Senhor me trará a vitória.
Obrigado pela Sua fidelidade.
Eu oro em nome de Jesus.
Amém!
sexta-feira, 13 de abril de 2018
“Se te contentas com os frutos ainda verdes,
toma-os, leva-os quantos quiseres.
Se o que desejas, no
entanto, são os mais saborosos,
maduros, bonitos e suculentos,
deverás ter
paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer.”
(Prof. Hermógenes)
#paciência
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