"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



sexta-feira, 1 de dezembro de 2017


Chegou dezembro.

E, mais uma vez, passou voando sem dar a chance de olhar para trás com um gosto ácido de saudade. Com ele, vem o congestionamento nas ruas e nas lojas, as filas que não param de crescer, as pessoas que aproveitam esse período para mostrar exatamente quem são. É na hora do cansaço de uma fila sem fim, do calor que embola o estômago e da falta de ar que não dá trégua que a gente percebe que nem todo mundo tem educação.

Chegou dezembro.
Um mês esperado por muitos e detestado por outros tantos. Uma época de comemorações, de uma mistura de solidariedade com exibicionismo, um período voltado para o consumismo e para as extravagâncias e orgias gastronômicas.

Chegou dezembro.
Este mês traz dentro do saco do Papai Noel um universo de pedidos, promessas, reflexões e anseios. É o momento das listas, do balanço, da verdade, da conversa séria, da decisão, da vontade de melhorar, da decepção em constatar que nem tudo saiu conforme o planejado naquele outro dezembro que já deu adeus há muito tempo.

Chegou dezembro.
Ele traz na mala aquela saudade de quem já partiu, das amizades desfeitas, dos amores que se foram, da família que mora longe, de quem mudou de estado, país ou cidade.


Dezembro traz a certeza de que a esperança ainda existe, sim. E sempre existirá. Esperança que renasce e se torna mais forte com a chegada de um novo ano. Esperança que traz a oportunidade de fazer coisas novas, de um jeito novo, com um novo olhar e uma nova forma de sentir e viver tudo que ainda há para viver.