Será que existe mesmo a tão falada crise dos sete anos? Corro
risco? O sete dá mesmo azar para os casamentos?
Li, outro dia, sobre um político alemão que sugeriu uma
mudança na lei dos casamentos: eles só durariam sete anos.
Depois disso, os
casais teriam o direito de renovar – ou não.
Um dos filmes mais famosos de Marilyn Monroe, O pecado mora
ao lado (aquele da famosa cena em que o respiradouro levanta a saia da
estrela), se chama, no original, The seven year itch. Na tradução, “a coceira
dos sete anos”.
Seria aquele momento em que os casais começariam a ter vontade
de separar – ou de trair.
Se é tudo invenção, por que a lenda cresceu tanto?
Na semana passada completei sete anos de casada. É meu
segundo casamento. O primeiro terminou com… sete anos.
Uma sábia amiga– há quinze com seu maridão – disse que já
viu, sim, muitos casamentos irem por água abaixo aos sete anos.
E me aconselhou: faça uma viagem, redecore a casa, tenha um
filho.
Como ainda falta um bom tempo para as minhas férias e já
estou muito bem, obrigada, com dois filhos e uma enteada, convoquei pedreiro e
marceneiro!
Amanhã eles começam a quebrar tudo!
__Martha Mendonça