Acredito que todos nós, antes mesmo de
conhecermos melhor uma pessoa, fazemos ela passar por um filtro que, no fim,
vai dizer como devemos tratá-la. Um pré-conceito hipócrita que todos temos, mas
não admitimos. É real: todo mundo, de certa forma, acaba rotulando quem aparece
no caminho. E há quem aprenda que isso é ruim e que as pessoas precisam de tempo
para se mostrar como são. Entretanto, há quem prefira estereotipar e pronto.
Nenhuma outra visão será aceita.
O que acontece nesses casos é que deixamos passar muitas pessoas que poderiam contribuir e enriquecer o nosso viver de alguma forma. Gente que poderia se tornar um amigo – ou até um amor -, mas que são repelidas por conta da besteira de pensar que elas se dividem entre “pra casar”, “pra se divertir” ou “pra manter distância”. Sério, ao sermos simplistas não conseguimos entender que ninguém é tão simples assim.
Então por que será, eu fico me perguntando, que a gente insiste em fazer isso? O cara que era galinha quando solteiro nunca vai ser capaz de levar uma mulher à sério? A mulher que saiu e transou na primeira noite nunca será uma mulher para namorar e casar? Ah, quem dera fôssemos nós classificáveis. Seria quase como ir às compras. Cada pessoa com sua etiqueta referente até onde aquela relação poderia ir, o que poderia oferecer, quais erros poderia cometer. Cada qual com seu rótulo. Seria simples.
Mas simplista demais.
Não, obrigado.