"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



quarta-feira, 28 de agosto de 2013


Admiro muito quem tem bom humor o dia inteirinho.
Não consigo, não é de mim.
Uma pequena coisa se transforma em catástrofe no meu dia.
Deve ser porque eu tenho expectativas demais, espero demais de mim e dos outros.
E me frustro, te frustro, nos frustro.

Meu humor é ácido.
Sou irônica, perco a paciência e o interesse em gente que não entende ironias, afinal, não entender ironias é a coisa mais broxante que existe.
Tem gente que não gosta desse meu lado.
Na verdade, tem gente que não gosta de nenhum lado meu.
E agora eu estou entendendo que não tenho obrigação de ser quem todo mundo espera que eu seja.
Já dá trabalho ser eu mesma, imagina ser a pessoa que você quer?

Não tenho muito saco para puxadores de saco.
Por favor, não puxe meu saco.
Por favor, não puxe o saco de ninguém na minha frente.
Acho irritante e chato.
Não tenho o menor problema em emprestar coisas, sou aquele tipo de gente que sai dando tudo.
Por favor, não pense besteira.
Gostou da minha bolsa? Pega, leva.
Gostou da minha pulseira? Tô tirando, toma aqui.
Sou assim.
Por isso, muita gente interesseira já se aproximou de mim - o que me deixou rebelde e mais ácida.

Só tenho apego ao que é “meu” emocionalmente.
Pode levar minhas coisas materiais.
Mas não encosta na minha família, meus amores e amigos.
Viro bicho. Protejo. Defendo. Amo.
E sinto muito, muito ciúme. Sou ciumenta assumida.
Tenho até carteira do Clube das Ciumentas Reunidas.
E não acho que isso seja sinal de insegurança ou infantilidade.
Como diz minha avó “quem ama cuida”.