"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



terça-feira, 23 de julho de 2013

simples assim


Não gosto de modinha. Sou convencional, ou antiquada, se preferir. Mas não gosto mesmo de seguir o que todo mundo segue. Sou chata. Gosto do diferente. Sou do contra mesmo. Não visto uma roupa só porque vi fulano usar na TV, não calço um sapato verde limão fluorescente só porque as cores vibrantes estão na moda. Eu não. Visto o que me faz sentir bem. Também não ando ligando pra opinião de ninguém pra saber o que ela acha. Minha personalidade mora nos meus gestos, minhas atitudes falam muito mais de mim do que a roupa que eu visto por fora.

Assim eu sou com as pessoas. Até hoje, quem mais me cativou – de verdade - me ganhou pelos detalhes, pelo jeito de ser e por tudo aquilo de grande que vi caber no seu coração. Não ligo se fulano veste marca tal, usa bolsa chique ou rasga dinheiro. O que me conquista não tem preço. O que eu tenho a oferecer também não tem preço. Odeio homem que se acha O superior, O lindo, O maravilhoso, O senhor de qualquer mulher que quiser. Odeio aquele tipo que chega balançando a chave do carro com olhar de caçador como quem escolhe a presa que quiser. Odeio mulher que se submete a esse tipo. Odeio mulher que não se respeita e depois reclama que homem não presta.

O mundo anda tão torto, sabe. As pessoas se perderam e nem sabem direito pra onde vão. Eu vejo menininhas brincando de ser mulher e garotinhos achando que são homens. Sinto pena. Um corpinho bacana, um estilo “arrumadinho” e uma boa dose de futilidade é o que anda na moda. A sociedade pede e oferece gente de plástico, sem sentimento, sem amor, bonecos que fugiram das caixas, pessoas ocas. Desculpa, não me enquadro nessa moda.

Tenho certa aversão por gente fresca. Tenho pavor a gente metida. Eu gosto de gente simples, gente do bem, que sabe o que quer e respeita o outro. Eu gosto de gente rica de coração. Acho mesmo que ainda sou muito ingênua pra conviver com o cinismo desse mundo.