"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dos re-começos


O ano está no final - mais uma vez - e nem chegamos perto de entender o que tínhamos p'ra entender.
Ou chegamos talvez.
Na verdade tanta coisa cuspida na minha cara não serviu de muito proveito.
Na verdade, fiz o que eu tinha que fazer, você também, todos nós fizemos e ainda estamos fazendo.
Sabemos que fizemos.
Ego por ego, tempos dois dentro da mesma briga, entre tantas e tantas e tantas coisas iguais das quais só dependemos das diferenças o tempo inteiro.
Nós brigamos, discutimos, magoamos e fomos magoados.
Mas é fácil assim, os "meus" erros, as minhas crenças.
Não fui eu quem desistiu primeiro e nem por último.
Não lavei as mãos.
E os erros dos outros sempre são fáceis de perceber, e os nossos?
Eu tive a minha chance de sonhar com você, de acreditar, mas não.
Agora é a sua vez de sonhar e acreditar.
Fácil de quem joga romances pela janela e os esquece completamente, difícil de quem joga e não os esquece.
E depois são as cobranças de culpas passadas, arrependimentos passados, de quem deitou, deitou, e quem não deitou, não deita mais.
Não sou canalha, não joguei a tua (in)certeza fora, só deduzi.
Deixar p'ra trás sem movimento, sem orgulho de si, nunca vai mudar os fatos tão fatos, como uma história contada por muitos e vivida por poucos.
A gente continua por aí se lamentando entre os bueiros e calçadas da vida, mais não sei lá por quanto tempo.
Não sei os motivos de silêncio, nem os motivos de pedradas.
Só sei que incomoda, como "Tell me that I'm special even when I know I'm not".

365 dias depois, dessa vez não sou eu quem vai sonhar com você, ou que talvez te ligue, ou que talvez te ame.