"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Dos que não morrem



Faz, hoje, 35 anos que Elvis Presley morreu, em sua casa, em Memphis, Graceland.
Morreu gordo, deprimido e de overdose de remédios.
Mas o mito continua vivo e o rock mais ainda.

Elvis Presley era uma sensação internacional.
Com um som e estilo que unicamente combinavam suas diversificadas influências e confundiam e desafiavam as barreiras raciais da época, ele conduziu uma nova era da música e cultura pop americana.

Estrelou 33 filmes de sucesso, fez história com suas aparições na televisão e em especiais, e foi muito aclamado por suas apresentações, que frequentemente quebravam recordes, em suas turnês e em Las Vegas.
Chegou a vender mais de 1 bilhão de discos, mais do que qualquer outro artista.

No dia 21 de junho de 1977, Elvis fez o último show, em Los Angeles, tocando piano.

Na noite de 15 de agosto (todo o trecho seguinte é extraído do Google), Elvis foi ao dentista por volta das onze da noite, algo muito comum para ele.
Volta de madrugada, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das quatro ou cinco também da madrugada do dia 16 de agosto.
Por volta das 10 horas Elvis teria se levantado para ler no banheiro, e o que aconteceu daí até por volta das duas da tarde é um mistério.
O desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suíte, na mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee.
Elvis só foi encontrado, morto, às duas da tarde (16 de agosto), por sua namorada na época, Ginger Alden.
O atestado de óbito registra “colapso fulminante associado à disfunção cardíaca”.

Porém, Elvis não morreu.
Elvis, talvez, seja o artista com o maior número de covers em todo o planeta.
E assim como dom Sebastião para os portugueses, há mundo afora inúmeros movimentos – como ocorre no plano místico-secular com relação ao padre Cícero, no Nordeste brasileiro – que simplesmente não aceitam “a morte do rei”, o que traduz, quem sabe, a inconformidade com a falta de ídolos, santos e heróis que sempre povoaram o imaginário dos joões-e-marias, misturados na multidão...

(Jornal do Brasil - Reinaldo Paes Barreto)