"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Da alma de papel


Eu no chão,
folha rasgada, rasurada, amassada.
Espero que tu me aches.
Espero que tu me cates.
Desmancha-me.
Reclicla-me.
Renova minha essência em branca cor.
Alisa-me.
Rabisca teu amor em mim,
aumenta meu sorriso com um traço firme,
lê toda a minha alegria nas entrelinhas.
Dobra-me,
desdobra,
redobra,
pinta-me,
escreva,
desenha,
rabisca,
enfeita-me...

Só não me soltes ao vento,
por favor, só não me soltes.