"Ando no rastro dos poetas, porém descalça... Quero sentir as sensações que eles deixam por ai"



segunda-feira, 31 de maio de 2010

sou do tempo que...


orkut não existia;
tv colosso passava na globo,
e a gente só ia almoçar quando
aquele cachorro gritava “Tá na mesa pessoaaaaal..”
colecionar álbuns de figurinhas era top,
bater tapão então, nem se fala… o máximo
tênis de luzinha, era essencial
meninos de 13 anos assistiam cavaleiros-do-zodiaco e dragon-ball-z;
existia carrosel.. depois, chiquititas;
meninas de 11 anos brincavam de boneca,
e não saíam pra ‘pegar geral’, aliás, nem saíam;
plutão ainda era um planeta;
mc donalds, custava 4,00
kinder ovo era 1 real
salgado + refri = 1,00;
podia-se brincar na rua e voltar pra casa,
onde o maior perigo era se machucar…
e pra isso ainda tinha a solução:
o merthiolate que, naquela época, ainda ardia;
pessoas realmente se conheciam,
e não tão somente pela “descrição” e álbum do orkut;
fotos não eram tiradas para serem colocadas no orkut
e sim para recordarem um momento.. chamávamos até de “retrato”,
pois realmente tinha a função de retratar um momento/emoção
e não valia ver como ficou, apagar e repetir;
maquiagem era coisa de gente grande,
usar quando era criança, só pra brincar de gente grande;
pra saber da vida de alguém,
só lendo os “cadernos de respostas” que faziamos — nada de “fuçar”;
crianças tinham (no auge da tecnologia) tamagotchi
e não super-telefones-celulares
com câmeras que tiram fotos (pro orkut) e filmam;
emos não existiam,
usar all-star, franja ou ter um estilinho diferente era legal;
beijos não eram mandados, nem escritos;
as crianças ainda gostavam de parques de diversão
(com tromba-tromba, twister, casa-dos-espelhos, etc)
e não tinham problemas de visão nem obesidade
dados pelos videogames e computadores;
(embora jogar super-mário, zelda, top-gear, f-zero,
super-star-soccer e street-fighter no super nintendo era o máximo)
biscoitos “do fofão” e “mirabel” existiam
festas de 15 anos eram baile de debutantes
e não eram mega-eventos-pop e nem se trocavam vendiam por viagens;
a intenção num show era ver o show,
e não brigar ou disputar por números de beijos.
as músicas (quando) tinham coreografias eram decentes;
bonde significava no máximo um meio de transporte
e bala era juquinha, 7 bello ou chita, e não drogas ou balas perdidas.
Se mandava cartinhas, pra dizer que amava
e não scraps e/ou depoimentos;
dizer que amava, o termo “te amo”.. era algo especial
e não banalizado, não se dizia para qualquer-”super-amigo”-temporário;
ser ‘pitboy’ não fazia a mínima diferença,
academias tinham poucas, era coisa de gente-grande
e dava-se valor a coisas mais duradouras e menos paupáveis;
os casamentos duravam mais,
ou pelo menos duravam alguma coisa;
para se ter um amigo era necessário adquirir confiança,
credibilidade entre ambos, e não apenas 2 cliques.
e o tempo passou, a modernidade/informática chegou… pra
resolver problemas que, definitivamente, não existiam.

Ah, quanta saudade… eu era mais feliz naquele tempo.

..............

Como a gente era feliz e não sabia.
Pois é...
segura o tempo que ele voa!