Tudo isso dói.
Mas
eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro
ciclo, depois.
Para
me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: ‘Tá certo que o sonho acabou,
mas também não precisa virar pesadelo, não é?’
É
o que estou tentando vivenciar.
Certo,
muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu
faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Também
não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis,
becos-sem-saída.
Nada
é muito terrível.
Só
viver, não é?
A
barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito
qualquer de ficar numa boa.
O
meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com
cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora.
Até
que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque
não estou fluindo.